Stravinsky e Pergolesi na OSPA

Tudo certo na Suite Pulcinella. Boa música de Stravinsky sobre temas de Pergolesi, orquestra animada, a pequena plateia feliz, divertindo-se.  Já no Pergolesi não. O efetivo enorme tornava o cravo e, às vezes, o sonolento soprano (sim, é substantivo masculino) inaudíveis. E sono pega, é incrível, apesar do bom desempenho de Angela Diel. Pessoal, quase toda música barroca é de câmara, Pergolesi incluído. A sonoridade pesada impedia que espreitássamos o Stabat Mater. Mais delicadeza, gente, por favor.

Delicadeza e sabor houve no excelente Bóris (esquina da Osvaldo Aranha com Santo Antônio). Idem, na conversa com o chef Pepe Laytano.

Programa de ontem:

I. Stravinsky/G. B. Pergolesi – Suite Pulcinella
II. G. B. Pergolesi – Stabat Mater

Elisa Machado (soprano)
Angela Diel (mezzo-soprano)
Orquestra Sinfônica de Porto Alegre
Guilherme Bernstein, regente

6 comments / Add your comment below

  1. Acho que o melhor de “Pulcinella” – obra que adoro, aliás, principalmente em sua versão completa com vozes – vem dos trechos instrumentais que Stravinsky pegou de Gallo, Parisotti e Monza. Aliás, Stravinsky faz um twist muito curioso: as árias, duos e trios de “Pulcinella” geralmente são baseadas em sonatas e tocatas, na maioria para teclado; e os trechos puramente instrumentais são baseados em árias de ópera de Pergolesi.

  2. Milton,

    aproveito o espaço deste post cultura para perguntar: onde procuro por programação cultural em Porto Alegre? Estou indo para POA no final do mês e queria me programar e não encontro nada…achei um guia, mas só tem coisas que já aconteceram (http://www.guiapoa.com.br/)

    se der para vc me ajudar, agradeço muito!

  3. Fui ontem ao concerto em honra ao balé. Mesmo sem movimento, sem “polichinelo”, a música é boníssima.

    Não sabia dos detalhes que explicitaste.

    Abraço.

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