O Tempo e Ignacio Iturria: “Todos siempre corriendo como locos”

É mais ou menos como eu me sinto todos os dias, à exceção dos finais de semana. Um cara correndo como um louco contra um fundo escuro.

Ao meio-dia, almoço rapidamente para subir até a Biblioteca Pública a fim de ler por 30 min. É a salvadora “pausa de mil compassos”, mas sem ver a meninas e com um livro nos braços (Obrigado, Paulinho da Viola!). E sigo vivendo com a impressão de que, de certa forma, sou sempre ultrapassado por minha pressa, e que vou apenas existindo dentro dos dias.

Hoje pela manhã, vi o e-mail da Lu Vilella indicando a compra de “A Montanha Mágica”, relançado pela Companhia das Letras. Lembro vagamente das reflexões sobre o tempo que há no início do romance e de como este se move, estica e contrai-se. Atualmente, ele parece diminuto, mas agora, terça-feira ao meio-dia, parece que já estou há uns quatro dias nesta semana. E faltam horas. E sobra cansaço.

Foto: Milton Ribeiro, em julho de 2015 (Montevidéu).
Foto: Milton Ribeiro, em julho de 2015 (Montevidéu).

1 comment / Add your comment below

  1. Fico imaginando…como será o amanhã ? Assistindo à palestra do Pondé, ele dizia que num encontro com jovens, para falar sobre jovens, o tema central proposto pelos adolescentes era medo. Nada de sexo, puberdade, universidade ou como lidar com os pais…mas, medo.

Deixe uma resposta