Porque hoje é sábado, Catherine Zeta-Jones

Tenho certeza de que, quando jovem, …

… jamais Catherine Zeta-Jones imaginaria casar com um ser tão repugnante como este:

Anyway, tudo o que a gente não quer presumir é que ela seja uma débil mental.

OK, ela não chegou ao absurdo de casar com Nicholas Cage, …

… mas sua escolha ficou próxima ao nível mais baixo da evolução humana (Cage).

Ela, que poderia fazer-se acompanhar de qualquer um de nós — todos belos espécimes…

… cheios de inteligência superior –, escolheu logo aquele ser.

Para completar minha incompreensão, acabo de saber que ela aniversaria no mesmo dia de Shostakovich e de minha filha.

A julgar pelos precedentes, é genial!

O País de Gales recebeu seu mais belo rebento em 25 de setembro de 1969, em Swansea.

Ela esteve intoleravelmente linda em Chicago, filme pelo qual ganhou um Oscar. Realizou excelente trabalho.

Fez o bom Traffic, onde teve pequena e inesquecível participação.

Depois, foi a única atração do ridículo O Terminal, ao lado do picolé de chuchu Tom Hanks.

Sempre as más companhias masculinas, Cathy.

Você é lindíssima, você merece muito mais que aquele nojento, querida.

Você merece alguém que esteja lendo 2666 e cuja mulher esteja na Argentina.

É minha opinião.

Porque hoje ainda é sábado, revisitamos Scarlett Johansson

Os leitores sabatinos do blog (dizer leitores talvez seja forçar um pouco) preferem ignorar que Scarlett Johansson já figurou duas vezes no PHES.

E não param de pedir mais.

Ontem, ela aguardou o telefonema de Franciel Cruz em casa.

Insistiu em tentar um contato mesmo no cabeleireiro.

Pô, não enche o saco dela!

Percorreu bares.

Ouviu um forró para entrar no clima.

Testou roupas.

Mais roupas.

Menos roupas.

Decisão difícil.

E acabou por aparecer assim no Parangolé.

Sim, estava divertido.

Tanto que agora as pessoas rolam pela casa.

Um tanto alcoolizados.

Mas logo prontos para a próxima.

Porque hoje é sábado, Eva Mendes

Eva Mendes, essa linda filha de cubanos de Miami, tem dois problemas:

1. Não é muito de tirar a roupa;

2. Fica muito mais bonita quando se mexe. Suas fotos são apenas legais, em minha opinião.

Mas ela parece um furacão quando movimenta-se e fala.

Há mulheres assim. E há aquelas que só funcionam em fotos.

Vocês viram Gisele Bündchen em Táxi? Pois é.

É outro gênero de talento e expressão. Mas perco-me em rodeios.

Acho interessante a crescente lista de hispanos de sucesso nos EUA.

Vi Eva contracenando com Denzel Washington e Will Smith.

Os filmes eram uma bosta, mas vi até o fim …

… na desesperada esperança de que melhorassem. Mas não.

A única coisa boa eram as aparições de Eva e a dança do gordinho de Hitch.

O problema desses filmes é que, além de serem ruins, são masculinos, …

… enquanto nosso único foco de interesse fica em segundo plano.

Porque hoje é sábado, Elisabeth Shue


Há atrizes que nem são tão conhecidas assim, mas de cuja existência…


… o público masculino não dá sinais de ignorar.


Elisabeth Shue está neste caso.


Esta americana nascida em 1963 mede apenas 1,55m e a conheci…


… acompanhando o insuportável Nicholas Cage…


… em Despedida em Las Vegas.


Sem dúvida, ela — e qualquer mulher — é bonitinha demais para o Cage, …


..que fazia o papel de alcoólatra de boa forma física.


Depois, ela reapareceu belíssima no notável Desconstruindo Harry lá da primeira foto, de Woody Allen.


Fez muitos outros filmes, mas nada comparável a sua atuação com Allen.


Estranhamente, o público norte-americano a considera o protótipo mais acabado da girl next door, ….

… expressão norte-americana para as mulheres nada fatais, amigas da gente e sem grande glamour, mas que nos atraem.


Sim, eles são otimistas. Afinal, as chances de nos depararmos com uma obesa na próxima porta americana são muito maiores.


Ademais, melhor que na porta é deixá-la na cozinha, fazendo um omelete desses pra gente.

Porque hoje é sábado, Claudia Lynx

No sábado passado, fui espinafrado pelo Eduardo Lunardelli. Ele reclamava do excesso de roupas.

Já tinha preparada uma resposta cheia de peitos e bundas.

Porém, de forma casual, deparei-me com o rosto da iraniana Shaghayegh Claudia Lynx.

E todos os peitos e bundas e púbis ficaram para outra oportunidade.

Nascida em Teerã em 1982, Claudia Lynx emigrou ainda bebê para a Noruega.

Aos três anos de idade fez seus primeiros comerciais: vendia fraldas na televisão européia.

É óbvio que é modelo, que tentou ser atriz e, como não devia ser das melhores, …

… acabou cantora — e modelo. As carreiras, sabemos, são previsíveis.

Na edição anterior do PHES, também fiquei contrariado com o comentário da Caminhante: …

… ela me acusava delicadamente de preferir as loiras.

Trata-se de uma blasfêmia que repudio veementemente.

A pele mais linda que conheço é aquela que os italianos chamam de olivastra.

É a pele que dá vontade de tocar, é aquele amorenado (natural, sem sol) de algumas mulheres …

… e que tende ao dourado. É olivastra. Não tem tradução, acho.

Bem, mas como é bonita esta iraniana, né? Nenhum aiatolá ousaria botar defeito.

Quantas dessas não haverá sob as burcas?

(*) Minha filha achou Claudia Lynx “plastificada” demais. Tudo bem, não interessa; vindo nesta ou naquela embalagem, tô fazendo negócio.

Porque hoje é sábado, Marianne Faithfull

Escolha da modelo e das fotos: Bernardo Ribeiro, filho deste que vos escreve.

Se há algo que Mick Jagger sempre deixou claro para o mundo é que, …

… em sua Pasárgada, pode ter a mulher que quiser, na cama que escolher.

E a primeira beldade com a qual teve longo relacionamento foi Marianne Faithfull.

Misto de cantora — uma voz comum no ano em que tirou estas fotos, o de 1964; incomum depois — …

… e atriz, Marianne foi para mim o rosto da swinging London. Achava-a e ainda a acho …

… maravilhosamente sexy. A transformação que ocorreu na voz de Marianne após …

… seu longo período de viciada, é algo que as campanhas antidrogas não deve mostrar às crianças.

Nossa, os dez anos de tratamento para se livrar das drogas melhoraram muito sua voz!

Seu LP Strange Weather (1989) merece status de obra de arte.

Marianne Faithfull envelheceu com vaidade e dignidade. Não fez grandes plásticas, …

… apresentando hoje rugas, barriguinha e orgulhosos peitos erguidos sabe-se lá como.

Gosto das pessoas que envelhecem mantendo o pique iconoclasta e rebelde.

Vejo mil exemplos de gente que, ao chegar aos 50, parece não preservar a inteligência, …

… curvando-se a vagos ressentimentos e ao politicamente correto, nossa nova ditadura.

Tenho um exemplo claríssimo, mas hoje é sábado… Vejam Marianne Faithfull abaixo, trovejando num vídeo relativamente recente. A canção é a multigravada Working Class Hero, de John Lennon.

Porque hoje é sábado, Gene Tierney

Eu até nem me importava muito quando ela aparecia com seu leopardo, …

… nem quando ela me confundia explicando que as paralelas só se encontram no infinito, …

… nem quando agia estranhamente, rezando para tornar-se uma melhor atriz, …

… o que irritava mesmo é que ela não sabia guardar e muito menos pegar meus discos de vinil.

Não que isso me faça muita falta – afinal, posso pegá-los – mas…

… é melhor deixá-la livre do mundo prático, …

… melhor deixá-la na sala apenas ouvindo música, pois …

Gene Tierney parece ter sido feita para nossos olhos.

Talvez o cinema nunca tenha visto algo mais próximo…

… da perfeição do que esta pintura nascida em 1920 na cidade de Nova Iorque.

Na minha opinião – talvez influenciada pelo filme Laura -, …

… ela está mais uma aparição do que para alguém deste mundo.

É uma demasia, quase um escândalo uma mulher de rosto tão perfeito.

Ela possui no mais alto grau aquele sopro que atrai nossos olhos para ela, …

… ao mesmo tempo que a reafirma como inatingível.

Era mesmo possível apalpá-la?

Sua imagem é imaterial, como se fosse uma representação.

Mesmo quando menina (abaixo), esta atriz morta em 1991 parece pairar sobre o mundo, rindo dele.

Esforcei-me para encontrar uma imagem comum de Gene.

O mais perto que cheguei foi a foto acima. Porque, na verdade, Gene Tierney nasceu deusa, …

… nasceu assim.

Porque hoje é sábado, o Festival de Cannes 2009

Começou o Festival de Cannes de 2009. Achei belíssimo o cartaz.

As atrizes não deixaram barato.

Monica Bellucci e Sophie Marceau tomaram o mundo com suas fotos na Paris Match.

Bellucci tem 44 anos, Marceau, 42.

Escolher entre as duas seria como optar entre Bach e Beethoven …

… (pois, aqui, estamos no topo da evolução humana).

Mas, como se não bastasse, há mais em Cannes 2009.

Há a cinquentona Isabelle Huppert presidindo o júri.

Há a trintona Penélope Cruz, tornada loira por Almodóvar.

Há Charlotte Gainsboroug — a filha de Jane Birkin é uma feia na qual nosso olhar gruda –, …

… no Anticristo de von Trier.

Há Diane Kruger, …

… no último Tarantino.

Há o sorriso iluminado de Juliette, …

…. abaninhos de Giovanna, …

… glamour de Rachel, …

… carinhas de Audrey e, fundamentalmente, a presença da maior de todas as francesas: …

… Jeanne Moreau, linda aos 81 anos. Monica Bellucci, desculpe, mas és uma baranga perto de Jeanne.

Pffff…

Obs.: Eu sei que é demais pedir que haja três filmes efetivamente BONS abaixo, apesar da nominata impressionante dos concorrentes à Palma de Ouro. Confiram:

A L’ORIGINE, de Xavier Giannoli (FRANÇA) com Gérard Depardieu e Emmanuelle Devos
ANTICHRIST, de Lars Von Trier (DINAMARCA) com Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg
BAK-JWI (THIRST), de Chan-Wook Park (CORÉIA DO SUL) com Eriq Ebouaney
BRIGHT STAR, de Jane Campion (REINO UNIDO) com Abbie Cornish e Ben Whishaw
CHUN FENG CHEN ZUI DE YE WAN, de Lou Ye (CHINA)
DAS WEISSE BAND, de Michael Haneke (ÁUSTRIA) com Susanne Lothar e Ulrich Tukur
ENTER THE VOID, de Gaspar Noé (FRANÇA) com Nathaniel Brown e Paz de la Huerta
FISH TANK, de Andrea Arnold (REINO UNIDO) com Michael Fassbender
INGLOURIOUS BASTERDS, de Quentin Tarantino (ESTADOS UNIDOS) com Brad Pitt e Diane Kruger
KINATAY, de Brillante Mendoza (FILIPINAS)
LES HERBES FOLLES, de Alain Resnais (FRANÇA) com Sabine Azéma
LOOKING FOR ERIC, de Ken Loach (REINO UNIDO) com Steve Evets
LOS ABRAZOS ROTOS, de Pedro Almodóvar (ESPANHA) com Penélope Cruz
MAP OF THE SOUNDS OF TOKYO, de Isabel Coixet (ESPANHA) com Rinko Kikuchi
TAKING WOODSTOCK, de Ang Lee (ESTADOS UNIDOS) com Demetri Martin
THE TIME THAT REMAINS, de Elia Suleiman (PALESTINA) com Elia Suleiman
UN PROPHÈTE, de Jacques Audiard (FRANÇA) com Niels Arestrup
VENGEANCE, de Johnny To (HONG KONG) com Johnny Hallyday e Sylvie Testud
VINCERE, de Marco Bellocchio (ITÁLIA) com Giovanna Mezzogiorno e Filippo Timi
VISAGE, de Tsai Ming-Liang (FRANÇA) com Mathieu Amalric e Jeanne Moreau

Porque hoje é sábado, Audrey Hepburn

As muito feias que me perdoem // Mas beleza é fundamental. É preciso

Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso // Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture

Em tudo isso (ou então // Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa).

Não há meio-termo possível. É preciso // Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito

Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto

Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.

É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche

No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso

Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas

Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços

Alguma coisa além da carne: que se os toque // Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos

Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro

Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e

Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem

Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então

Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca // Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.

É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos

Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas

No enlaçar de uma cintura semovente. // Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras

É como um rio sem pontes. Indispensável.

Texto: fragmento inicial do poema Receita de Mulher, de Vinícius de Moraes.

Dedicatória: Porque eu SEMPRE CONCORDO com o Cristóvão Feil, dedico este PHES ao notável blog Diário Gauche — talvez o único que leio TODOS OS DIAS –, que publicou em sua sempre mutante abertura a primeira foto deste post.

Porque hoje é sábado, Kate Beckinsale

A belíssima atriz inglesa Kate Beckinsale cometeu um sério erro…

… ao viver Ava Gardner em O Aviador, equívoco de Martin Scorsese.

Desconsiderando a questão da beleza, Ava tinha aura, mistério, sinatra, fotos em preto e branco, …

… fama e mística invencíveis a uma simples mortal nascida em Londres no ano de 1973.

Quando assisti o esquecível filme de Scorsese, não notei Kate. Vi uma atriz fazendo-se de deusa.

Foi só numa comédia absolutamente idiota – Click, que assisti com meus filhos – …

… que notei como era bela a falsa Ava. Mas — sabe? — Kate Beckinsale, tal como eu, não é apenas mais um rostinho bonito, …

… ela possui um cérebro de respeito, parece. Durante a adolescência, ganhou dois prêmios de Young Writer, …

… uma vez na categoria “Contos” e outra na de “Poemas”, o que a faz muito superior à Luciana Gimenez.

Deve ter sido uma adolescente chatíssima: passou por períodos severos de anorexia, enquanto acendia um cigarro no outro.

Também estudou literatura francesa e russa em Oxford, mas nunca formou-se, pois Kenneth Branagh, …

… ao ver aquele “talento” perdendo-se nas letras, ofereceu-lhe um papel em seu filme shakespeareano …

Much Ado About Nothing e a moça virou atriz. Após estrelar Pearl Harbour, Kate permaneceu nos Estados Unidos …

… a fim de fazer aquela tradicional série de filmes ridículos que enchem os bolsos das mais talentosas beldades estrangeiras.

Intermezzo: Acho que Peter Greenaway aprovaria as fotos acima e abaixo. Não falta a mesa, os pratos e muito menos as frutas. Suponho que haja insetos.

Curiosamente e mesmo vivendo nos Estados Unidos, ela gosta de declarar-se fumante.

Detesto que fumem perto de mim, mas simpatizo com a postura desafiadora da minha homenageada …

… e acho que reveria meus conceitos, suportando seus eflúvios numa boa. Juro.

Porque hoje é sábado, Aishwarya Rai

Se você pesquisar no Google “a mulher mais bela do mundo” …

… em português, inglês, italiano, espanhol e francês, não terá como resposta …

… uma maioria de Ingrid Bergmans ou Marilyn Monroes. A vencedora será …

Aishwarya Rai!!! Com 35 anos e conhecida no ocidente como Ash, esta indiana é a grande campeã.

Ela estudava arquitetura quando foi convidada para fazer um comercial da Pepsi.

Instantaneamente, tornou-se mania nacional indiana.

Depois foi chamada e chamada e chamada para estrelar filmes em Bollywood, …

mas continuou apenas fazendo comerciais.

Pois queria ser arquiteta. Demorou a parar com esta bobagem.

Ainda estudando, candidatou-se a Miss Índia e ganhou.

Depois ganhou o Miss Mundo e só então abraçou Bollywood.

O grosso da produção bollywoodiana é de matar.

São filmes que misturam dramalhão mexicano com vídeo-clipes românticos.

Está todo mundo chorando desesperadamente. Aí, entra a música e todos cantam e dançam.

Repugnante. Ah, e é aquela coisa pudica.

Mas talvez gostasse daqueles estrelados por ela.

Ai, Aishwarya Rai, Ash, por ti eu cantaria e dançaria, roubaria e mataria.

Porque hoje é sábado, Grace Kelly (retomando aquele assunto)

Havia a janela por onde observávamos muitas formas de amor: …

… a do músico, a do jovem casal, a da mulher solitária, a de Lars Thorwald, etc.

Mas dentro do quarto havia Grace Kelly protagonizando o mais belo beijo…

… que vi até hoje no cinema.

Uma coisa arrepiante. Lembram como o cabelo dela cai sobre o rosto de James Stewart? Inesquecível.

Por um erro que depois foi corrigido, Grace Kelly não nasceu princesa.

Nasceu em Filadélfia em 1929, no seio de uma família rica.

Grace foi imortalizada por Alfred Hitchcock – que a caracterizava como um vulcão sob gelo – …

… em três filmes memoráveis:

Disque M para Matar (1954), Janela Indiscreta (1954) e Ladrão de Casaca (1955).

Hitch perdeu sua musa neste último filme…

…ao rodá-lo em Mônaco. Que mancada, gordinho.

Aliás, todos nós a perdemos para aquele Rainier III, soberano de 200 metros quadrados.

Tá, tá bom, de 2000 metros quadrados, mas onde ela acabou morrendo em 1982, …

… num reles acidente de carro, deixando-nos até hoje assim:

Nossa, que vontade de rever Janela Indiscreta!

Porque hoje é sábado, Natalie Portman

Natalie Portman (do hebreu: נטלי פורטמן) é o nome artístico de Natalie Hershlag, …

… atriz americana nascida em Jerusalém, em 9 de junho de 1981.

Ignoro o que a bela e vegetariana Natalie pensa sobre a carnificina.

Se está triste como a maioria de nós, …

… se está feliz com as mortes ou …

… se, muito antes pelo contrário, não está nem aí.

Se está vendo apenas os noticiários das TVs americanas (já que não entenderia a Globo), …

… ou se, como alguns de nós, pasma-se com a cobertura …

… sensacional e horripilante da Al Jazeera em inglês.

Se quer que todos – seu país de origem, seu país atual , palestinos, árabes, russos, …

… turcos, esquimós, chineses, brasileiros, indianos, sudaneses, franceses e todo o resto do mundo…

… que vê 1,5 milhão de palestinos passarem por fome e bombas em seu estreito campo de concentração – …

… conversem por horas, dias, semanas, meses ou anos, até que seja fechado um acordo …

… que possa ser obedecido por seu “rebelde” país de nascimento, …

… ou se quer que tudo mais vá para o inferno. Ou para Gaza, que é muito pior, pois é aqui e é real.

Eu não sei sua opinião, Natalie. Sinceramente, até receio em perguntar e, …

… antes de ouvir qualquer coisa, fixamente olharei para teu estonteante rosto e me esforçarei para dizer lentamente: …

… Auschwitz I, Auschwitz II, Auschwitz III, Bełżec, Chelmno, Majdanek, Sobibór, Treblinka.

Porque é hoje é sábado, Liv Ullmann

Ontem, vi o último filme do homem que afaga Liv Ullmann e abraça Julia Dufvenius

Queria evitá-lo, como o condenado à morte evita terminar seu derradeiro prato

Mexendo o garfo de um lado para outro, debaixo do olhar indiferente do algoz.

Acho abomináveis os passadistas, saudosistas, decorridos, danificados, apodrecidos senhores

que não prezam a contemporaneidade e o presente, porém…

Porém o ano começava e resolvi finalmente conhecer Sarabanda, de Ingmar Bergman.

Fui à locadora e vim com o ponto final de meu mestre preferido sob o braço

E constatei que o homem de 85 anos, alguém que nascera quando os filmes

Eram em preto e branco

E sem som

Sabia e fazia mais do que o batalhão tecnológico de dólares e entretenimento de hoje.

Será que nossa época — minha geração – só serve para apanhar

a humanidade em vídeo-locadoras?

Será que só serve para vê-la — àquela que Bergman chamava de “meu Stradivarius”

— em antigos filmes?

Pergunto à Liv onde a fórmula das pequenas grandiosidades perdeu-se;

e quando e se voltarão.

Porque hoje é sábado, todas

Nos arquivos

dormem quietas

as mulheres

que nosso olhar

desperta.

A fim de levarem

suspensas

nossas fantasias:

as lúbricas (ou lúdicas) (ou afetuosas) (ou loucas)

mas, sobretudo

as do sublime (e justo) (e perpétuo) (e sempiterno)

desejo

de uma vida

inexcedível.

-=-=-=-=-=-

Pela ordem, as deusas de mais um divertimento de sábado: Sophie Marceau, Sadie Frost, Brigitte Bardot, Gisele Bündchen, Ingrid Bergman, Charlize Theron, Kate Winslet, Marilyn Monroe, Monica Bellucci, Grace Kelly, Marlene Dietrich, Aishwarya Rai, Irene Jacob e Claire Forlani.

Porque hoje é sábado, Emmanuelle Béart

A L.C.R.

Lembro da história que um grande amigo me contou há pouco tempo. Era a primeira metade de 1994 e seu casamento já estava na crise em que se manteve por mais sete anos quando, finalmente, para gáudio dos amigos, esboroou-se. Sua mulher reclamava da falta de dinheiro em casa e queria abortar o segundo filho do casal, o que não aconteceu. Ele, desesperado e irritado, resolveu vingar-se dela saindo com aquele back-up que alguns homens têm no escritório. Ao final de uma sexta-feira, saiu caminhando pela rua com a colega; viu um cartaz onde estava escrito Jacques Rivette, Michel Piccoli, Jane Birkin e Emmanuelle Béart. Interessou-se. Não podia ser um mau filme. Convidou-a, depois iriam a um bar. OK. Só faltou ler uma coisinha no cartaz além dos atraentes nomes dos artistas: 240 minutos.

O filme tinha aquele ritmo francês que causa engulho e sono aos americanizados espectadores atuais…

… mas meu amigo estava antes colonizado pela tristeza que pelo mau gosto.

Pouco a pouco deixou-se levar pelas belas imagens que narravam…

… a história do pintor em crise criativa que recebia uma nova modelo.

Passou a achar que a crise do personagem de Piccoli tinha tudo a ver com a sua e…

… que alguém como Béart poderia solucionar rapidamente quaisquer problemas. Imagina se não.

Lá pelas tantas, a colega perguntou:

— Que horas são que esta coisa não acaba nunca?

Ele viu que já tinham transcorrido três horas… Porém o filme não parecia estar perto do fim.

Ela queria retirar-se, mas ele desejava ver a modelo até o final do filme.

A colega irritou-se e disse que então ia embora. Foi.

Meu amigo ficou até o final. Sentia, enquanto ia sozinho para casa — a sua casa dos horrores –, aquele tremendo amor ao cinema… Hoje ele freqüenta outra praia, de águas mais calmas e quentes.

E a serenidade retornou àquele amigo que hoje vive com quem, desde o primeiro indício (em ambos os casos), sempre quis.

O filme é La Belle Noiseuse na França, A Bela Intrigante no Brasil, A Bela Impertinente em Portugal e The Beautiful Troblemaker nos EUA. Direção de Jacques Rivette. Asseguro-lhes, é uma obra-prima, não obstante o que diz nosso intrépido navegador.