De "A Mecânica da Ficção", de James Wood

Esta educação é dialética. A literatura faz de nós melhores observadores da vida; e permite-nos exercitar o dom na própria vida; que por sua vez nos torna mais atentos ao detalhe na literatura; que por sua vez nos torna mais atentos ao detalhe na vida. E assim sucessivamente.

James Wood,  “A mecânica da ficção”
Quetzal, 2010 (Editora portuguesa)
Trad. Rogério Casanova

Retirado daqui.

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  1. Ótimo, Milton. Superconciso, supercerteiro. A propósito, você conhece as cartas do Tchecov sobre ficção? Tem uma edição espanhola chamada Consejos a un Escritor, muito bacana (cartas a Olga, cartas a Tolstói, a Gorki etc). Fala sobre isso praticamente, para muito além do decálogo do perfeito contista, do meu querido Horácio Quiroga. Esses dias com o Miguel Sanches Neto, baita contista paranaense, falávamos sobre as cartas do Flaubert. Por aí. Procuro uma edição. Caso saiba de algo, me interessa muito. Nessa linha, li faz pouquinho tempo um livrinho do Vargas Llosa, Cartas a um Jovem Escritor. Interessante em muitas passagens. Mas gostei mais de Esse Ofício do Verso, do Borges, e do texto do David Lodge (A Arte da Ficção). Enfim. Tem ótimas coisas nesse campo (ABC da Literatura, do Pound; Princípios de Crítica Literária, do I.A. Richards; a maravilhosa HIstória da Literatura Ocidental, do Carpeaux, sem falar em Ortega y Gasset, a quem me dediquei mais). Enfim, aprender deleitando, diletantemente pra depois retornar ao mundo em seus detalhes etc.
    Abraço,
    J.A.
    Posso te passar um texto sobre a morte de Yuri F. Rodriguez, escritor caído?

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