Eu, Elena e um celular.
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Ingmar Bergman em Hollywood, dando uma olhadinha no tubarão de Spielberg

O presente que recebi do Prof. Artur Barcelos

Feriadón despenteadón a la Einstein

2022

Dia dos Pais

Obra-prima de Victor Moriyama
Quem não tem cão, caça com (ou como) gato

Alguns segundos antes da maior felicidade do mundo.

Parque da Redenção, ontem pela manhã, 8h30, na chuva

Compositores sendo pais

Shostakovich sendo pai.
Bartók sendo pai.
Bernstein sendo pai e avô.
Mahler sendo pai.
Prokofiev sendo pai.
Messiaen sendo pai.
Stravinsky sendo pai.
Sibelius sendo pai.
Stockhausen sendo pai e recordista.
Schoenberg sendo pai.
Dvořák sendo pai.
Debussy sendo pai.
Rachmaninov sendo pai.
Penderecki sendo pai.
Fernando Pessoa em Lisboa

Uma foto

Dez fotos de Nova Iorque à noite

Dez fotos de Tim Walker

Em torno de uma fotografia clássica

A famosa foto da fotógrafa norte-americana Ruth Orkin (1921-1985) já foi vista em diversas circunstâncias, quase sempre com a mesma óbvia interpretação. Uma grande amiga minha diz sentir medo cada vez que olha a foto. Tirada em agosto de 1951, na cidade de Florença, mostra uma mulher alta, bela e bem vestida passando por um grupo de homens que a olham com ar de desejo. Assédio. Um, bem próximo da moça, leva a mão à própria genitália enquanto assobia. Em resposta, ela caminha com medo — ou pelo menos com receio –, puxando o xale, evitando olhar para eles.
O que pouca gente sabe é que esta foto, hoje clássica, serviu para ilustrar a revista Cosmopolitan dentro de uma matéria chamada Don’t Be Afraid to Travel Alone.
Se era para perder o medo… Bem, as feministas utilizam bastante esta imagem para demonstrar o agressivo assédio das rua. A foto foi cuidadosamente encenada ou ao menos repetida sob diversos ângulos, como comprova o rolo do filme. Isto não lhe tira o mérito.
O curioso é que a modelo Ninalee “Jinx” Allen nega a encenação. Diz que os homens estavam por ali. Eram uns desocupados no alto desemprego do pós-guerra. A fotógrafa Orkin conheceu Jinx, uma pintora também norte-americana, na época com 23 anos, dias antes de retratá-la. Ambas estavam viajando sozinhas pela Europa — algo raro nos anos 50 –, encontraram-se Florença e Orkin convidou Jinx para servir de modelo nas fotos que pretendia vender para a revista..
Após a publicação na Cosmopolitan, a imagem clássica passou a ser parcialmente censurada, cortando-se a metade esquerda da foto ou apagando-se a mão do homem do guarda-chuva. A partir de meados dos anos 1960 a fotografia completa voltou a ser mostrada.
Jinx ainda está viva e diz que a imagem pode ser interpretada e apreciada como cada um quiser. Porém, como muitas vezes acontece com as obras de arte, parece haver enorme distância entre a sensação de quem participou e a interpretação de quem vê. Ela não vê assédio na foto. Jinx achou tudo muito divertido. Gostou tanto que passeou depois com um dos sujeitos, conforme comprova outra foto de Orkin.
A interpretação que faço da belíssima foto é a mesma das feministas. Jinx pode não ter se sentido intimidada, mas a imagem não o demonstra. Há uma matilha prestes a interromper a caminhada dela.
Hoje, Jinx é a bela senhora de 89 anos que, em 2011, tirou a foto abaixo, aos 83, 60 anos depois da foto, com o mesmo xale e colar.
Feliz Dia do Amigo!

Para regozijo de meus sete leitores, estarei no StudioClio a cada duas semanas falando sobre música

Há um bando de loucos que gosta de me ouvir falar ou escrever sobre música. Bem, tem gosto para tudo. Isto foi lentamente se acentuando após o nascimento do PQP Bach, lá no longínquo ano de 2006. Pois agora, a cada duas semanas, estarei no StudioClio na série de palestras Almoço Clio Musical. Abordarei sobre obras fundamentais da música erudita, algo como “o imprescindível em música”, devidamente contextualizadas e com o apoio de vídeos que apresentarão trechos ou obras completas.
Durante cada palestra, haverá a apresentação didática de fundamentos, explicações sobre a terminologia, comentários sobre a estrutura da obra, instrumentação, gênero e estilo. A função começa dia 23 de maio, às 12h20, com os Concertos de Brandenburgo, de J. S. Bach. Acho que vou apresentar 4 dos 6 concertos, com comentários sobre o autor e os concertos, na verdade chamados originalmente de Concertos para Diversos Instrumentos.
O tom será o habitual, bem-humorado e procurando utilizar as curiosidades que cercam cada obra. Afinal minha ideologia é a de que a arte é filha da criatividade, da habilidade, do conhecimento, da inteligência e do artifício. E todos estes itens guardam parentesco maior com a alegria do que com a sisudez.
Na semana passada, fui tirar as fotos para ilustrar as chamadas. A primeira é a mais séria.
Depois o Francisco Marshall, no papel de fotógrafo, começou a dizer bobagens. Mas eu me mantive com a cara mentirosamente professoral.
Então, ele me deixou num canto da foto, se fosse necessário escrever alguma coisa à esquerda da imagem.
Mas a coisa descambou quando ele me pediu para imitar a cara séria de Bach. Não tive tempo para preparar nada melhor.
Mais competente foi o meu Beethoven, cujo mau humor é fácil de imitar.
Tentei fazer uma cara de Mozart que fosse leve e ousada como sua música, mas só fiz cara de Pollyanna.
Meu apaixonado e encantado Chopin saiu com jeitinho de débil mental.
Não soube o que fazer com Tchaikovski.
Já para fazer o gordão Brahms foi só encher as bochechas de ar.
Haydn foi o mais feliz dos homens.
A sífilis de Schubert manifestou-se erradamente através de uma tosse. Deveria ter me coçado.
E então ele deu por finalizada a sessão.
Já tenho o meu book.
O topo da cadeia alimentar (ou da evolução).

A mais bela foto e o mais belo vídeo da Greve Geral de 28 de abril


E Guilherme Santos, meu colega de Sul21, o mais belo e significativo vídeo.