O Reencontro, de Martin Provost (***)

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Béatrice (Catherine Deneuve) tem aproximadamente 70 anos. É extravagante, expansiva, inconveniente, não possui moradia fixa nem reservas financeiras e amou demais, ao menos numericamente. Um de seus amores foi o pai de Claire (Catherine Frot) de quem foi madrasta quando ela tinha 13 anos de idade e, de repente, fugiu. Por trás da fachada alegre, Béatrice é uma mulher solitária. Agora, trinta e tantos anos depois, Claire tem 49, não bebe, não fuma, não se excede em nada. Rígida, leva uma vida irretocável com seu filho. Na verdade, é uma mulher igualmente solitária. Porém, quando descobre ser portadora de uma doença terminal, Béatrice procura seu antigo amor. Só que o pai de Claire morreu há décadas e ela só obtém contato com a ex-enteada. Claire é obstetra — aliás, que grandes cenas de partos há no filme! –, Béatrice não é nada. Como diz o título, o filme se baseia no reencontro entre ambas. Não é nenhuma maravilha, mas funciona direitinho dentro de uma estrutura nada original. Parece cinema médio americano, mas as duas Catherines são fantásticas.

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