O programa:
Concerto em homenagem ao Bicentenário da Imigração Alemã
Programa:
Wagner, Richard | Abertura “O Navio Fantasma”
Strauss, Richard | Quatro Últimas Canções, TrV 296
Wagner, Richard | Prelúdio “Lohengrin”
Wagner, Richard | Prelúdio e Morte de Amor, de “Tristão & Isolda”, WWV 90
Regência: Daniel Geiss (ALE)
Solista: Eiko Senda (Soprano – JAP)
Direção Artística: Manfredo Schmiedt
O pai de Richard Strauss (1864-1949), Franz Joseph, foi um excelente trompista. Richard Wagner (1813-1883) frequentemente pedia-lhe conselhos sobre o instrumento. Mas, apesar disso, e do fato de Franz Strauss ter tocado a primeira trompa na estreia de Parsifal em Bayreuth, no ano de 1882, ele não gostava da música de Wagner. Franz era um adepto da primeira escola de Viena e considerava Mozart o maior compositor que já existiu. Maior que Beethoven e Bach. Em família, ele dizia detestar Wagner, “o Mefistófeles da música”. E foi com algum cuidado que ele trouxe seu filho Richard para Bayreuth em 1882. Naquela ocasião, o pequeno Richard conheceu o grande Richard, caindo de amores por sua música. Papai Franz deve ter ficado contrariado com a conversão do filho à música do futuro. Ele lhe dera uma educação musical no estrito estilo clássico, longe do modernismo.
Deste modo e dentro da enorme tradição do romantismo alemão, o Concerto em homenagem ao Bicentenário da Imigração Alemã é profundamente coerente. Apesar dos 50 anos que separam o nascimento dos compositores, ambos são expoentes do romantismo tardio.
As peças de Wagner são partes de óperas que costumam ser também apresentadas em forma de concerto. Já as Quatro últimas canções de Strauss foram escritas quando o compositor já tinha 84 anos e, logo após sua estreia post mortem, em 1950, tornou-se um dos mais famosos ciclos de canções do repertório lírico. Sem dúvida, este é um programa onde o êxtase e o sublime estarão presentes.