Galeria de Horrores: José Serra, Ariano Suassuna e católicos do Paraguai

Este é o ex-Ministro da Saúde (!?) José Serra tranquilizando o país sobre a gripe suína. Este homem é candidato à Presidência da República…

Se a imagem não aparecer, clique aqui para pasmar-se.

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É sabido por poucos que o Secretário de Cultura do Estado Ariano Suassuna é um fascistóide. Mas é. As pessoas insistem em achá-lo engraçadinho fora do estado de Pernambuco. Talvez ele até seja, desde que distante 3000 Km ou mais. Experimente viver com quem MANDA na cultura e pensa que Antonio Carlos Jobim, por exemplo, é um “compositor sem especial importância” e “José de Alencar é mais importante do que Joyce”. Ontem, Fernando Monteiro publicou o post abaixo na Kriterion:

“DIFERENTEMENTE DA MAIORIA”
Fernando Monteiro

Ariano Suassuna concedeu entrevista ao “Personalidade”, programa da TV Câmara. Participaram da entrevista a antropóloga da Universidade Federal de Pernambuco, Aparecida Nogueira, autora de vários textos sobre a obra do escritor paraibano, e os jornalistas Cláudio Ferreira, da TV Câmara, e Amneres Pereira, diretora do Jornal da Câmara. Entre outras “pérolas” recolhidas das respostas do atual secretário Ariano Vilar Suassuna, pincemos esta aqui, de uma franqueza (reconheçamos) que em nada disfarça – realmente – o pensamento “alinhado” que faz sucesso (?) não só entre os conservadores, como-nunca-antes-por-este-país afora:

“Sou um intelectual que, diferentemente da maioria, nunca falei mal das Forças Armadas. Apoiei, durante um tempo muito difícil, generais patriotas como Euler Bentes Monteiro e Antônio Carlos de Andrada Serpa, porque via neles uma preocupação de defender o País. Acho que nós, intelectuais, temos o dever de começar a relembrar que o Brasil precisa muito de uma aproximação nossa com as Forças Armadas e com o clero neste momento em que vivemos.”

Quem quiser conferir o resto, acesse este endereço.

É a ditabranda Versão Armorial.

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Para finalizar, começou no Paraguai a campanha anti-Lugo, o comedor de criancinhas. E a Justiça? Intervém acusando-o de algo ou o cara será incinerado pela imprensa?

É foda.

43 comments / Add your comment below

  1. Puta que o pariu. Ou melhor, puto que fez várias parirem…

    Tava tudo muito bonitinho na carta da Casa da América Latina, mas daí pra terminarem com “honrado cidadão”, etc…

    Podiam ter simplesmente deixado de fora e dizer:

    “Porra caralho: o cara tá na luta pelos desafortunados. Já arrumou a vida de 6 mulheres e vocês tão achando pouco? Deixa o cara lá que ele vai fazer muito mais, cês vão ver…” O efeito teria sido melhor…

  2. Eu não merecia começar a minha segunda-feira lendo isto, Milton. Este vídeo do Serra é simplesmente inacreditável. Chego a cogitar se ele não estaria sendo irônico, apesar de que isto seria uma burrice tão grande quanto.

    1. Eu não sou simpático ao Serra, mas sempre o tive por um sujeito mediamente esclarecido, etc. Se seu nível é esse, será facilmente engolido pela Dilma num debate.

      O problema é o público notar…

  3. 1) Serra: um cara exemplar, honestíssimo. Quando fala, diz bobagens, quando escreve, também. Um exemplo de coerência;

    2) Ariano: da Academia, de um nacionalismo troncho, mas literato bem cotado, superelogiado por alguns vivos e muitos mortos. Ele mesmo já morreu, mas sua vaidade imensa o impede de se reconhecer mortal, daí seu destino de próximo Austragésilo de Athayde;

    3) Lugo: não sejamos moralistas; nem todas menores de dezoito são crianças, muitas são mulheres. Eu mesmo casei com uma mulher de dezessete anos. Criança, ela? Criança era eu. Existem vários aspectos nessas relações; talvez Lugo tenha partilhado, como ele mesmo declarou, do condenável machismo paraguaio, e ainda (o que ele não declarou) da velha hipocrisia católica. Do outro lado, porém, o velho partido Colorado, ou, digamos, Gremista…

  4. Não concordo com o que disseram sobre o Ariano Suassuna, no post e nos comentários. “É a ditabranda Versão Armorial” esta frase é muito venenosa PARA UM APRECIADOR DE MÚSICA.
    Antônio Nóbrega (que fez parte do movimento Armorial e é, sem sombra de dúvida, um dos maiores artistas desse país) foi uma das crias de Ariano Suassuna.
    Já vi muitas “aulas” de Ariano. Nunca senti nele o capeta do obscurantismo. Das vezes que o vi, me chamou sempre atenção o seu extraordinário bom humor. Outra coisa, para mim Suassuna é possuidor de um refinadíssimo gosto poético.
    O que acontece com Suassuna é o que acontece com todo aquele que ama profundamente a sua língua: uma revolta contra o estado no qual chegamos culturalmente. E aqui não se trata de xenofobia, mas FOBIA DA BURRICE que tentam nos enfiar goela abaixo. Um pequeno-grande exemplo: A DITADURA DO JABÁ DAS GRANDES-PEQUENAS GRAVADORAS NO BRASIL.
    Por que perdemos, historicamente, a capacidade de discordar sem que, ao mesmo tempo, tenhamos a necessidade pândega de destruir intelectualmente aquele de quem discordamos?
    É uma pandemia:
    O MENTECAPTO COMENTARISTA DE FUTEBOL SE TORNOU GENIAL!

    1. Bom, Ramiro. Eu sei bem o que Fernando Monteiro acha de Ariano. E eu concordo visceralmente com ele. Aqui no sul temos coisas semelhantes. Há um tradicionalismo gaúcho inteiramente inventado, na verdade uma mitologia. E há uma enorme intolerância contra quem tenta recolocar uma coisinha que seja no lugar correto. O tradicionalismo gaúcho nasceu dentro do Colégio Júlio de Castilhos lá pelos anos 50, com Paixão Cortes. Há um blog (http://rsinsurgente.blogspot.com/) que dedicava-se a denunciar as farsas de nosso tradicionalismo. Ai de quem faça isso!

      Bom humor, sim? Gosto poético? Pode ser. Mas é obscurantista, sim. Ouço e conheço o Quinteto Armorial, tenho CDs de Nóbrega, já o vi em ação, mas estamos em Suassuna. Não se engane com a simpatia e as aparências, o homem é terrível e tão intolerante quanto seus comparsas gaúchos.

      Eu não procuro destruir quem discorda POUCO de mim, tento é complicar a vida de quem discordo MUITO. É o caso de AS.

      1. Milton, eis algumas perguntas da entrevista do AS . O que está com maiúsculas é grifo meu

        Cláudio Ferreira – O senhor recorre a um artigo escrito por Machado de Assis em 1870 para falar de um Brasil real e de um Brasil oficial. Essas definições ainda valem hoje em dia?
        Ariano Suassuna – Machado de Assis diz que o país real é bom, revela os melhores instintos, mas o oficial é caricato e burlesco. Não sei se fazendo violência ao pensamento de Machado de Assis, identifico o Brasil oficial com as classes privilegiadas e o Brasil real com o Brasil do povo, dessa imensa maioria de despossuídos que, a meu ver, é a fonte da grande esperança que eu tenho no meu povo. Se Machado de Assis fosse vivo, constataria que o país real continua bom, revelando os melhores instintos, e o país oficial ficou ainda mais caricato e burlesco.

        MEU COMENTÁRIO:
        Não vejo nada obscurantista na resposta de Ariano. O livro de Darcy Ribeiro “ O Povo Brasileiro” trata justamente dessa questão, isto é, da grande potencialidade da civilização brasileira que não dá certo apenas por uma razão: as elites sanguinárias brasileiras!

        Amneres Pereira – Há alguns meses, houve o episódio em que o Exército cercou as favelas do Rio de Janeiro para recuperar armas que estariam na mão dos traficantes, e o senhor diz que quando a polícia cerca uma favela é o povo do Brasil oficial cercando o Brasil real. De que forma o Estado poderia enfrentar o tráfico sem desrespeitar o povo, os direitos humanos, o direito de ir e vir, a liberdade da população?
        Ariano Suassuna – Olhe, eu não idealizo romanticamente o povo do Brasil real, não. Eu comparo episódios como esse à guerra de Canudos. Eu lembro sempre que, quando o Brasil real levanta a cabeça, o Brasil oficial vai lá e corta essa cabeça. No arraial de Canudos estava o povo do Brasil real, com suas QUALIDADES E DEFEITOS, e nos grupos sociais que estavam cercando Canudos se encontravam inclusive pessoas do Brasil real que foram recrutadas pelo Brasil oficial para atirar em seus irmãos. No geral, estou do lado do povo do Brasil real, APESAR DE FORMADO E DEFORMADO PELO BRASIL OFICIAL DESDE QUE NASCI, PORQUE NASCI NA CLASSE PRIVILEGIADA. Estou à vontade para falar nesse assunto porque sou um intelectual que, diferentemente da maioria, nunca falei mal das Forças Armadas. Apoiei, durante um tempo muito difícil, generais patriotas como Euler Bentes Monteiro e Antônio Carlos de Andrada Serpa, porque via neles uma preocupação de defender o País. Acho que nós, intelectuais, temos o dever de começar a relembrar que o Brasil precisa muito de uma aproximação nossa com as Forças Armadas e com o clero neste momento em que vivemos.
        MEU COMENTÁRIO:
        Fui atrás do Euler Bentes Monteiro, no google, eis o que encontrei: Em 1950, defendeu o monopólio estatal do petróleo na eleição para o Clube Militar, integrando a chapa nacionalista. Formou-se na Escola Superior de Guerra, turma de 1961. Em 1964, negou-se a participar do golpe que depôs João Goulart[5]. Mesmo assim, chegou a general-de-brigada, em 1965, e dois anos depois foi nomeado, pelo general Albuquerque Lima, presidente da Sudene, cargo que ocupou até 1968. Com a posse de Ernesto Geisel, em 1974, foi promovido a general-de-exército; no cargo de chefe do Departamento de Material Bélico, criou a estatal Imbel.
        UMA FRENTE DE OPOSIÇÃO À DITADURA MILITAR, ARTICULADA POR SEVERO GOMES, LEVOU-O A SE CANDIDATAR À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, PELO MDB, NA ELEIÇÃO INDIRETA DE 1978, TENDO COMO VICE NA CHAPA O SENADOR PAULO BROSSARD, MAS FOI DERROTADO PELO GENERAL JOÃO FIGUEIREDO, POR 355 VOTOS CONTRA 226.
        SOBRE O GENERAL ANTÔNIO CARLOS DE ANDRADA SERPA ENCONTREI O SEGUINTE DOCUMENTO http://www2.fpa.org.br/portal/modules/news/article.php?storyid=1249. TRANSCREVO A DENÚNCIA HISTÓRICA FEITO PELO REFERIDO GENERAL : Sem qualquer propósito revanchista, é bom lembrar que OS MILITARES TÊM UMA PARCELA ENORME DE RESPONSABILIDADE NA ENTREGA DA AMAZÔNIA A ESSES INTERESSES. A ESSE RESPEITO, O insuspeito general da reserva ANTÔNIO CARLOS DE ANDRADA SERPA, NO PREFÁCIO do livro “ENTREGUISMO DOS MINÉRIOS – A QUINTA COLUNA DO SETOR MINERAL, DE ROBERTO GANIA E SILVA, TCHÊ!, PORTO ALEGRE, 1988, PÁG. 8, AFIRMA:

        “SE HÁ RESPONSABILIDADE DA QUAL AS FORÇAS ARMADAS JAMAIS PODERÃO SE EXIMIR, DURANTE OS GOVERNOS MILITARES, É DE NELES HAVER OCORRIDO A ENTREGA MACIÇA DO SOLO E DO SUBSOLO A PODEROSOS GRUPOS ECONÔMICOS NACIONAIS E ESTRANGEIROS, PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS.

        PORTANTO, PARECE-ME QUE OS DOIS GENERAIS A QUE ARIANO SE REFERE SÃO CRÍTICOS DO GOLPE DE 64 NO BRASIL. São santos? Não sei. Teria que pesquisar mais. Mas parece que eram da oposição aos ditadores Castelo Branco, Costa e Silva, Medici, Geisel e Figueiredo.
        Veja Milton, também nunca morri de amores por Paulo Brossard.

        Aparecida Nogueira – Você, já na década de 70, com A Pedra do Reino, falava de uma bela utopia, que é juntar todo o povo latino-americano em um só povo. Você vê um esboço desse sonho no governo Lula?
        Ariano Suassuna – Recentemente eu li um artigo de um jornalista do qual discordei, acho que quase inteiramente. Ele usou a palavra excremento, por ela mesma e por sinônimos, para definir o Brasil e o povo brasileiro. Acho que no meio tinham umas 10 ou 12 referências ao Brasil e ao povo brasileiro como excremento, como povo vicioso. E no meio havia uma frase em que ele dizia que “utopia” é uma palavra ridícula. Eu vou dizer uma coisa: eu acho que não é, não; a razão manda que a gente se acomode em casa, e o sonho é que leva a gente para a frente.
        Existe um poema de Fernando Pessoa que eu não sei se vou citar exatamente, mas, falando sobre D. Sebastião, que era acusado de louco, ele dizia: “Louco, louco, sim, porque quis grandeza como a sorte a não dá. Sem a loucura, o que é o homem? Uma besta sadia, cadáver adiado que procria.” Eu achei isso uma beleza.
        Então, você veja, em 1970 eu tinha já esse sonho da união da América Latina, que agora estou vendo se esboçar. Estou vendo o Brasil se unir à Venezuela, à Argentina, ao Paraguai, à Bolívia – nunca pensei que em vida ainda eu assistisse a isso.

        MEU COMENTÁRIO:
        NÃO VEJO NENHUM OBCURATISMO ACIMA. TALVEZ ATÉ UM CERTO IDEALISMO.

        Bem, Milton a entrevista continua, mas penso que o principal em relação ao post está aí. E por outro lado, sobre a opinião de AS sobre a igreja aí, realmente, discordo, pois trata-se de obscurantismo sem dúvida!

        1. Euler (diz-se Óiler) era da ala dos generais mais mansinhos, mas era homem lá de dentro, do regime. Suas posições e seu nome, segundo Millôr, só poderiam ser explicadas por Freud (diz-se Fróide, como estamos carecas de saber). Sim, perdeu para Figueiredo uma eleição indireta.

          Já o Serpa era muito falado, mas lembro pouco dele.

          Fica nossa diferença. Desprezo mais do que gosto de Ariano. Não lhe nego alguns méritos. Pequenos.

  5. Intelectual brasileiro…vampiro brasileiro…Deixem o inofensivo Suassuna na dele. Quantos exemplos de escritores estrangeiros temos que pisou seriamente na bola, não se calando quando devia. Pound comparando Hitler a um santo, Knut Hamsun defendendo a ocupação nazista da noruega, Gore Vidal referindo-se ao terrorista de Oklahoma como um “jovem superior”, Bellow afirmando a proeminência cultural euronorteamericana sobre as demais. A diferença entre os inúmeros casos de lá com o de cá, é que acaba-se tendo que consertar as coisas, eufemizar a memória, para dar vazão à necessidade de se continuar a ler esses autores que, tão decaídos na fala, são excelentes no que oferecem por escrito. Céline é um escritor muito apreciado entre leitores judeus. Agora, Suassuna? confesso que gostaria de ouvi-lo, sentado na varanda, e acenaria a cabeça concordando com tudo, sendo nostálgico com os bons velhos tempos da tradição matuta, me abrindo em simpatia por uma causa militar e católica. gostaria que houvesse algum intelectual brasileiro que merecesse a seriedade dessa discussão.

    Sobre Lugo, pô, vamos ter um pouco de compaixão: ele é o presidente do Paraguai!

      1. …mas não esqueçamos ainda, Ramiro, do trecho “me abrindo em simpatia por uma causa militar e católica”. Saca Olavo de Carvalho? Há quem o adore. O autor da frase em aspas, ao que parece…

        1. Olavo de Carvalho? Nunca nem ouvi falar…Já que o Marcos não compreendeu a tentativa de sutileza irônica do meu comentário_ talvez por total incompetência minha, aí vai, com todas as palavras:NÃO GOSTO DE MILITARES, CATÓLICOS E NEM SUASSUNA.

      1. Vai aqui mesmo para o Charlles: a sua sutileza irônica está mui mergulhada na ambiguidade típica das desconversas de setores que incensam figuras como Olavo de Carvalho. Talvez você não goste de católicos, militares ou Suassuna, mas talvez também goste de esconderijos, conforme dizes, sutis. É um problema essa coisa de compreensão das ironias; as ditas cujas, quanto mais cerebrais, mas carregadas estão em múltiplas vias interpretativas, podendo, assim, servir a vários intentos.

        Não conheces Olavo de Carvalho? Procure conhecer. talvez gostes dele…

        1. Marcos Nunes que nada, fala a verdade. Acabo de descobrir a sua tramóia, não adianta mais se esconder… Você é a minha sogra disfarçada. Peguei a senhora, D. Maria. Até no virtual a senhora me persegue. Para de cara não gostar de mim assim, só pode ser vc, sua peste.

  6. Pois é, Charlles. Eu leio Céline. Eu adoro Céline. Um indiscutíivel fascista.

    Se fosse francês, se estivesse próximo, se tal fato fosse ignorado no país (NÃO É, MAS NÃO É MESMO), talvez eu tivesse outra perspectiva. Mas não tenho.

    Bote na lista Fernando Sabino, adorável autor que manchou sua biografia com “Zélia, uma paixão”. Lembras?

    1. Pois é isto que eu estou dizendo, Milton. Enquanto Céline escreveu alguns panfletos programando massacre a judeus, e sua carreira então ascendente como romancista foi totalmente aplacada em decorrência disso, Suassuna, um octogenário (sei lá quanto anos tem), sustentado pelo funcionarismo do estado (como tem sido o destino do escritor brasileiro), tece comentários que revelam um saudosismo nem um pouco incomum para gente da idade dele, sobre o período militar e diabo a quatro. Falta-nos talento até para sermos nefastos. Saul Bellow e Allan Bloom tinham como geniais os tais panfletos racistas do Céline (dois autores judeus notórios!). Quem, no futuro, elogiará a obra de Suassuna partindo da referência contraposta ao que ele acreditava sobre política? Para mim Suassuna é supérfluo e inofensivo. E Sabino? Qual círculo do inferno é destinado ao pecar-se por explicita mediocridade?
      Acho que no fundo sentimos falta do escritor maldito, que outras nações os tem e os adoram ( os franceses gostam, sim, do Céline_ como ignorar o Viagem ao Fim da Noite?_ se me lembrasse o nome do filósofo contemporâneo francês que escreveu um ensaio sobre o dito…)

      1. Dona Maria também não gosta de Céline e nem conseguiu chegar ao final da leitura de Viagem ao Fim da Noite, uma espécie de livro irmão mais velho das inventivas automáticas beatniks.

        Dona Maria, justamente porque critica, gosta de você. Mas a ironia dela é meio sutil, tipo marteladas na cabeça. Meio dura, cê sabe…

        1. Opa, é o Nunes mesmo. Minha sogra não conhece Céline, e não tem essa desenvoltura gramatical.

          “Oposição é verdadeira amizade”. Sempre acreditei nesta do Blake.

        2. ôpa, é vc mesmo Nunes! Minha sogra nunca leu Céline e nem possui essa desenvoltura gramatical. E é bom intercalar um comentário aqui, pois depois da sua referência a “meio dura”, vem o comentário abaixo, do Pinto, o que pode gerar algum mau entendido…

  7. SONHO ENCANTADO
    by Ramiro Conceição

    Às vezes,
    no escuro,
    me pergunto,
    a olhar-me
    no íntimo
    espelho:

    “Naquela noite,
    quando os cães
    de Hefestos
    escaparam
    do inferno,
    de qual lado
    eu estaria
    na gritaria
    do gueto
    de Varsóvia?”

    E a resposta é
    um terrível silêncio…

    Então eu rezo
    a pedir a Deus
    que me dê
    uma única palavra
    até o fim de meus dias:
    S A B E D O R I A…

    Se Poe está certo
    ao dizer que tudo
    é um sonho dentro de um sonho…
    Então quero o sonho encantado!

  8. Prezado Milton,
    Coloque também vídeos do nosso “bravateiro-mor”, senhor Lula… Esse também é recordista em abrir a boca pra falar besteiras, pra dizer asneiras, bravatas, e por aí vai. Você sempre bem informado, com certeza deve ter conseguir vários vídeos hilários com esse nosso ridículo presidente.
    Abraço,
    Gustavo

  9. JÁ VOTEI NO PSDB, FOI PRA FERNANDO HENRIQUE NO SEU PRIMEIRO MANDATO, MAS ELE PERDEU MUITO SUA QUALIDADE NO SEGUNDO MANDATO DE PRESIDENTE, FOI UM VERDADEIRO DESASTRE, DAIR POR DIANTE JAMAIS VOTARIA NESSES CANDIDATOS DO PSDB, GERALDO UM VERDADEIRO FRACASSO, SERRA, COITADO UM HOMEM SEM PALAVRA, NÃO DAR PRA ACREDITAR EM SERRA SUA PALAVRA NEM ASSINADA EM CARTÓRIO TEM VALOR. A CONFIANÇA NA PALAVRA DE SERRA É IGUAL A FOME DE LULA, É ZERO, DEFINITIVAMENTE NÃO DÁ MESMO, TÔ FORA.

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