29 comments / Add your comment below

  1. Rapaz, eu tô vendo pinto pra tudo quanto é lado nesse quadro. Serão mesmo falos subliminares ou eu estou com certas tendências boiolísticas? Uma cruz rodeada de flores, arcos de janela em forma de coração, e aquela planta central no jardim se abrindo como lábios vaginais. Será que o Cialis da semana passada que ainda tá fazendo efeito?

  2. Charlles, Charlles, eu TAMBÉM vejo formas fálicas por todos os lados! Achei que a Caminhante ia notar pelo simples fato de ser uma autêntica artista (precisas ver a escultura que ganhei). Fiquei meio chocado quando vi a imagem, mas só notei o motivo depois. Nem imagino quem seja o autor da “heresia”.

  3. E tem gente que detesta futebol. Temos aí um belo GreNal, Milton! Ou seria um fantástico gre-gre?! Só não digo que “mataste a pau”, por que não é o caso…

  4. Por educação, respeito à diferença, cálculo (nada a ganhar) e amizade com o anfitrião, nunca disse aqui o que penso daqueles “poemas”. Diante do comentário acima, quase abri as comportas.

    Mas não abrirei.

    Volto à cena do claustro, acima, muito inspiradora…

  5. Ok, sou obrigado a revelar a sem-vergonhice acima, para salvaguardar a minha re-“putação”: a freira de hábito marrom, a grandona, é a irmã Campos e, consequentemente, a de hábito azul é a irmã Ribeiro. A outra, a bisbilhotar a cena amorosa, é a madre superiora do convento, a irmã Nunes.

  6. JARDIM DOS CASTANHOS
    by Ramiro Conceição

    Não tenho casa
    porque a tenho
    sob os cabelos.

    Meu jardim dos castanhos
    será o que verei, vejo e vi:
    uma celebração ao existir.

    Assim, quando vier o medo
    em que o senhor é o escuro
    da certeza de que – se é só,

    uma alegria terei de dizer, ao olhar ao lado:
    obrigado por te amar até o dia que findará
    pela falta de sorte, que será a nossa morte.

  7. Esquerda ou direita (ó espelho!), isso é o inverso da poesia.

    Uns versinhos cafonas, sem espírito, pretensiosos e intrometidos; afinal, por que não abres um blog de poesia em vez de contrabandear na página do Milton? Não tens casa? Se tiveres, podes pendurar muitos espelhos e saciar teu furor narcísico.

    Pense poetica e seriamente em nos poupar de tua cafonice e deste conservadorismo chulo que os leitores deste blog queremos considerar mortos e sepultos no passado trevoso, presente dos miolo-moles. Vai.

    #prontofalei, por encomenda.
    Desculpe a navalha, Milton.

  8. FM, não sou policia do blog do Milton, mas devo expressar a minha opinião. Discordo por completo de você. Meu blog, ainda que muito menor que esse, sempre estará aberto aos poemas do Ramiro. Sempre que vejo um poema do Ramiro por lá, eu me sinto como numa hipotética aldeiazinha italiana de alguma memória intimamente conservada, em que, sobre o batente da minha porta, foi depositado uma flor. E quem esparrama flores por todos os cantos, cheias de ternura e música, como são as flores do Ramiro, está longe de ser intrometido.

    O Ramiro não precisa ser defendido. O tom de seu comentário distoa das brincadeiras descomprometidas feitas nessa caixa de comentários.

  9. Tá bom, Charlles Campos, desculpa. Eu costumo tratar a poesia desse modo aldeão – bela a imagem da flor oferecida. Mas tem que ser poesia, não? Ou ser flor, ao menos. Mas quando o poeta usa linguagem que uns broncos de 30 anos atrás usavam pra falar de “viados”, não há nem magia nem poesia possíveis. As simple as that. A emenda, então… sem comentários.

    Anotou Aristóteles: a poesia não é feita pelos versos metrificados, pois se alguém colocasse Heródoto em versos, ainda assim não seria poesia.

    Esconjuro, preconceitos.
    Bem vinda, sempre, toda a poesia.

  10. FM,

    numa boa, creio que você não entendeu nada, por ter uma participação relativamente recente nesse blog. Dos atuais comentaristas que se apresentam aqui, lhe asseguro que sou o mais antigo, não o mais digno. Muitos apareceram e desapareceram ao longo desses, creio, sete anos, que comento no blog do Milton.
    Sua atitude não é nenhuma novidade por aqui. Argumentando, rapidamente: aqui já apareceram pessoas que sugeriram um abaixo assinado para que sumisse. Dá pra acreditar? Pois é. Já fui chamado de louco, de narcisista, de usurpador de blogs (quais blogs? Do Milton, do Idelber, do “Varal de idéias”, do “Ao Mirante, Nelson”, do Carpinejar, do blog da poeta Silvia Chueri, do Bardobardo, e por aí vai…). A questão fundamental é a seguinte: MINHA INTERLUCÇÃO SÓ SE DÁ COM QUEM CONSIDERO, DENTRO DA MINHA ÓTICA CULTURAL, COMPROMETIDO COM A MUDANÇA DO STATUS QUO. SACOU? SOU UM POETA-CIENTISTA COM PRÊMIOS NACIONAIS NA ÁREA DE ENGENHARIA METALÚRGICA (CONSULTE MEU CURRICULUM LATTES, no site do Cnpq). Ou seja, sou uma pessoa pública e tenho muito a perder ao dizer ou escrever disparates pela internet. Por isso nunca me utilizei do ardil dum pseudônimo. Falo, escrevo e amo às claras e na cara!!!!!
    Quanto a sua opinião sobre a minha poesia? Ora, respeito. Vou fazer o quê? Não posso ter outra atitude.
    Quanto a brincadeira que fiz sobre os “viados”, que você faz questão de ressaltar como chula, um pequeno esclarecimento:

    O VIADO DO CHARLLES CAMPOS TEM UM PERU DE ESTIMAÇÃO. FAZ MAIS DE UM ANO. ELE NÃO TEM CORAGEM DE SACRIFICAR O DITO CUJO, PRA CEIA DE NATAL. O PERU TEM ATÉ NOME (VAI, LÁ, NO BLOG DO CHARLLES, DESCOBRIR O ESPERTO GLU-GLU-GLU SOBREVIVENTE). QUANTO AO MILTON, ORA, FM, VOCÊ CRÊ QUE EU ESTARIA AQUI SE NÃO NOS RESPEITASSEMOS?

    FM, ESTOU DESCONFIADO QUE VOCÊ SE PROJETOU NESTE (SEU) ESPELHO!!!!!!!!
    DAR O CU É BOM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    O RESTO É COM O SEU VELHOOOOOOOOOOOO MORALISMO!!!!!!!!!!!!!!!!

    SÉTIMO
    by Ramiro Conceição

    Não cantarei às sete
    fontes, às sete cores
    nem aos sete anéis.
    Nada direi dos sete
    amores ou dos sete
    selos do louco João
    ou dos sete pecados
    cometidos, num só dia,
    por Sete, filho de Adão.

    Do sábado? Nem falar,
    após sete cervejas!
    Não vou narrar os sete
    tiros na encruzilhada:
    seis mortos e 1 em coma.
    A coisa aqui tá branca,
    não tá pra brincadeira,
    tá pra bicho de sete
    cabeças muito doido.

    Não contarei dos sete
    tombos do demônio, nas
    sete esferas celestes,
    até o abismo, o sétimo:
    esse inferno terrestre
    onde se quebra os dentes
    e não se escapa nem com
    botas de sete léguas,
    fé ou versos de sete pés.

  11. Ao FM…

    DISCURSO DE FORMATURA À PRIMEIRA TURMA DE ENGENHEIROS METALURGISTAS DO IFES (08/12/2010)
    by Ramiro Conceição

    Ao Diretor Geral do Campus Vitória, Jadir Pella, aos ilustres membros da mesa e a todos, boa noite.

    Inicialmente, gostaria de parabenizar às mães, aos pais e a todos os amigos dos formandos aqui presentes. Gostaria também de lembrar, com muito respeito, daqueles entes queridos ausentes, que certamente estão a fazer parte do coração de cada um de vocês – meus caríssimos alunos. É bom lembrar que a nossa história é feita continuamente de passado, de presente sobre uma ponte viva – ao futuro.

    Caríssimos alunos, não é sempre que, efetivamente, se tem a certeza de que se está a fazer história. Porém, nesse instante, sem sombra de dúvida, estamos a fazê-la, porque pela primeira vez, na História Capixaba, engenheiros metalurgistas são formados pelo Ifes.

    Portanto, faz-se fundamental a necessidade de dizer que eu, paulistano da gema, doutor em engenharia oriundo da Escola Politécnica da Usp, engenheiro metalurgista e poeta, estou grato e muito honrado por ter sido escolhido como professor paraninfo, nessa noite de júbilo.

    Caríssimos alunos, gostaria de citar neste instante um pensamento de Fernando Pessoa que diz: “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.“ Sim, meus caríssimos, é dessa maneira que os vejo.

    Tal qual tudo que é vivo – um ciclo se fecha, mas outro se abre; e a porta aberta, agora, POR MÉRITO de cada um de vocês, dá para uma estrada imensa: um mundo onde, sob uma velocidade colossal, ocorre uma metamorfose extraordinária do progresso técnico e tecnológico junto a um processo econômico global; contudo, esse nosso mundo continua ainda terrivelmente injusto.

    Pois bem, meus caríssimos, é nesse teatro da história onde serão exigidas de vocês, cotidianamente, as seguintes DITAS QUALIDADES de mercado: COMPETIÇÃO, AGRESSIVIDADE, AMBIÇÃO E, PRINCIPALMENTE, A OPÇÃO SEMPRE POR SI PRÓPRIO (OU EM OUTRAS PALAVRAS: CADA UM POR SI, MAS TODOS POR MIM!!). Sim, meus… ex-alunos!, esse é o mundo do capeta (lembram das perguntas do capeta em nossas aulas?).

    Bem, exposto isso, essa nua realidade crua, desejo a vocês muito mais do que essa medíocre sobrevida no mercado, desejo que vocês sejam transformadores cotidianos dessa realidade, desejo que vocês sejam protetores do processo à CONTINUIDADE DA VIDA. Será fácil? Não, dificílimo.

    Ora, o que posso esperar de vocês, que a partir de agora passam a ser meus amigos de profissão? O fácil? O fácil é para os decoradores de cartilhas, para aqueles que se acomodam com a mentalidade de rebanho.

    Eu os ensinei não para serem frangotes ao abatedouro, mas para serem ÁGUIAS. Mas que tipo de águias? Certamente, não aquelas que são metáforas da rapinagem, dessas – esse nosso mundo está repleto e farto!

    Falo de outras, daquelas que são metáforas da SABEDORIA, daquelas capazes dos vôos longínquos, daquelas que crêem que a vida vale a pena se somente se vivenciada com AMOR, TRABALHO E CONHECIMENTO.

    Sim, meus novos amigos de profissão, os apresento agora à “ILHA DAS ÁGUIAS”, poema pelo qual os homenageio e, também, a todos aqui presentes, nesta noite.

    ILHAS DAS ÁGUIAS
    by Ramiro Conceição

    Cantam cantos antigos
    que o Mal é ardiloso
    e que, sedutor, ilude a platéia
    que, por ter os caninos escuros
    com sangue de assassinatos cometidos,
    não percebe – por medo – a insensatez.
    Cantam sonhos longínquos
    que o Mal é a raiz da culpa
    que impede esta monada,
    desde a tenra idade,
    à iluminação, à Humanidade,
    ao cuidado desta Terra única.

    Cantam que tudo em nós é fruto
    duma moral hipócrita e repressora
    e que tudo sempre termina
    num medíocre e terrível engano
    colossal de templos e religiões:
    uma manada de anões primatas,
    bambos, prontos pra assassinar
    quem ouse à Alegria de duvidar.

    Cantam cantos modernos
    que a nossa civilização
    judaico-cristã-muçulmana,
    por ser estupidamente desumana,
    possui a face dum quadro de Picasso:
    o lado esquerdo em cisalhamento ao direito
    tal qual o desespero em gritos dos ciprestes
    destorcidos das telas de Van Gogh…
    Cabe aqui uma pergunta.
    Fomos, somos e seremos somente
    caretas, caricaturas e canalhas
    dum bando de micos amestrados?
    Cabe aqui uma resposta.
    Por herança da evolução,
    somos um milagre repleto
    de coragem.
    Mas coragem pra quê?!
    Para cantar e permitir
    a continuidade da Vida
    nesta Casa bendita.
    Portanto canto
    e declaro claramente
    que somos parte
    das Consciências do Futuro,
    do Passado e do Presente
    em processos de passagem;
    canto e declaro
    claramente que a diferença
    entre um Bem-te-vi e Einstein
    é simplesmente a maneira
    diferente do bater de asas.
    O Amor é o senhor da Terra!
    E não há diferença qualquer
    entre a Mulher, que nos braços
    seus Filhos queridos abraça,
    e o Sol, que com nove braços
    seus Filhos queridos entrelaça
    (Plutão não é um bastardo!).
    Dizem que sou de aquário
    pois ao sonhar às vezes rio,
    a crer que do nosso aguadeiro
    florescerá a sinfonia do Amor
    que será cantada e amada
    em estelares línguas claras.
    Porém, confesso: sou um contumaz
    devorador de astrólogos à milanesa
    regados — é claro— à muita cerveja.
    Contudo, lúcido, continuo a declarar
    que o Amor não necessita de templos
    e que nunca será de pouquíssimos:
    pois Beethoven canta no Uirapuru!
    À frente
    das minhas asas,
    dança com graça
    a Ilha das Águias…
    Lá,
    elas procriam…
    De lá,
    elas vigiam…
    De lá,
    vêm
    o início
    e o fim…

    Eu vim… de lá!
    Pra profetizar, instaurar e mediar
    toda a forma de Amar que está ali,
    na Estelar Sala de Estar e, aí,
    dentro do teu Amor, caro Leitor.

  12. Sim, engenheiro. Ninguém vai lhe impedir de teclar e postar. Podes depor com excesso e aridez, a gosto. Milton é um gentleman, não vai deletar teus posts. Eu não tenho poder nem vontade pra isso. Portanto, nada a fazer. Abaixo assinado é histeria, exagero.

    A poesia é um sentimento misterioso, acha no lado oculto, simples ou brilhante das palavras as chaves para outras dimensões da sensibilidade, da visão do mundo, da experiência humana. Sintaxes exóticas, o artesanato do verbo. Pensamentos inefáveis, subitamente arfantes. Loucos que subsomem a razão e o corpo. Porém, como disse a Musa a Hesíodo: “sabemos dizer verdades e mentiras símeis aos fatos”. O caminho é seleto e versejar não abre encerras.
    Grande mistério o sentimento poético.

  13. FM,

    em relação ao seu comentário só uma ressalva: sou engenheiro e POETA (se sou bom, ou não, isso é uma outra história que o tempo dirá…).

    Mudando de assunto, visitei seus blogs, pareceram-me interessantes. Não entendi direito – fiz uma leitura muito rápida – se você é professor UFRG ou se está num programa de pós-graduação associado à uma universidade alemã.

    De qualquer forma, somos, ou seremos, colegas-pesquisadores (embora em áreas diferentes), diante disso jamais vou destratá-lo, posso, sim, talvez, algum dia, entrar em discussão com você sobre algum tema cultural, por exemplo: em seu blog sobre vídeos, aquele associado à Dresden, eu teria alguma coisa a dizer sobre o descalabro feito à referida cidade, no final da Segunda Grande Guerra. Tenho uma posição clara a respeito.

    Todavia, diante do que você disse por aqui, creio que lá, em seu blog, soaria – seria um ruído – tal qual uma exposição narcísica de meu ego contra o seu superego, no blog. Ou pior, teria que ler algum achincalhe de algum dos seus comentaristas, pois, certamente, meu comentário se daria em prosa associada à poesia (ou ao contrário).

    Diante disso, infelizmente, em seu blog, me calo. Isso não quer dizer que não o lerei, obviamente, se dará o contrário.

    Sou um celacanto: alimento-me do abissal-oceano-humano. (Por favor, “abissal”, aqui, não tem nada a ver com “obscurantismo”, mas com essência!).

  14. Eu sou professor do Departamento de História da UFRGS desde 1994. Em Heidelberg (2008-9), era professor visitante, bolsista Humboldt. Sou também fundandor do StudioClio em Porto Alegre, e arqueólogo clássico. Cliósofo.

    O meu superego (não é sinônimo de ego inflado), em sentido freudiano, chama-se Blanca Brites, é uma amiga que segura a outra ponta da cordinha. Sem muito sucesso, mas tenta.

Deixe uma resposta