Museu Iberê Camargo: mais um absurdo da provinciana e atrasada Porto Alegre

Quando certa manhã Álvaro Siza acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se pensando que aquilo que lhe passara pela cabeça seria uma maravilhosa realidade: um gigante pilotando uma enorme pá, enterrando fundo seu instrumento de trabalho na beira do Guaíba, para depois erguer do chão o Museu Iberê Camargo e perguntar para onde deveria levá-lo. A resposta seria óbvia: para uma cidade que desse um mínimo de atenção para a cultura.

Foto: Elvira Tomazoni Fortuna
Foto: Elvira Tomazoni Fortuna

Não sei como Álvaro Siza Vieira foi construir uma de suas mais belas obras em Porto Alegre, o que sei é que a cidade não a merece. Trata-se de um museu de arte, um lindo prédio branco e iluminado na mais bela região da cidade com estacionamento no subsolo… Mas vejam só — funciona apenas dois dias por semana, sexta e sábado. Talvez os ônibus nem parem mais na frente do Iberê. Não sei de vocês, mas eu sofro com isso. Como minha cidade pode descuidar tanto de seu patrimônio cultural?

A obra é um achado. Espaçoso, privilegia a entrada de luz e a visão das águas do Guaíba. Deveria estar sempre lotado, com escolas durante o dia, mais visitantes e turistas. Em quase todos os lugares do mundo, os museus abrem todos os dias, exceto às segundas-feiras. São importantes não apenas para arte e sua memória, mas para o turismo. Só que aqui, no provinciano e cada vez mais cu do mundo chamado Porto Alegre, não há empresas, mecenas ou governo que possam assumir o local.

Só o prédio de Siza já seria uma atração para o turismo cultural. Foi vencedor de vários prêmios internacionais. Aliás, Siza é o mais premiado dentre os arquitetos vivos. Mas, daqui alguns anos, sua obra porto-alegrense deverá ser uma ruína cheia de vazamentos e pintura gasta. Já estou até me imaginando, velhinho, olhando o pôr do sol sentado na frente do bar — talvez igualmente fechado –, contando como aquilo foi maravilhoso durante uns poucos anos.

Não gosto nem de passar na frente. Para piorar, tem um pardal que faz com que todos os carros reduzam a velocidade quando passam por ele, o que faz com a gente observe bem a obra. E não entre.

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114 comments / Add your comment below

  1. Sabe Milton, eu desisti de Porto Alegre, como desisti da arrogância gaúcha em todos os aspectos, mas o mais grave é o cultural. Gaúcho posa de culto, diz que é o estado em que há mais leitura, mais isso e mais aquilo. Não vejo isso, e quando falo, vem meia dúzia de lambe-cus sem opinião ( ou com medo dela, me criticar). Reafirmo: isto é província, é terra de jagunço também, sem opinião, sem vontade de nada a não ser obedecer e ganhar migalhas com isso. Vejo na literatura, vejo em algumas coisas das artes plásticas também. Nossos museus são ridículos, mal aproveitados, mal frequentados e tudo o mais. O acervo permanente do Margs é muito bom, mesmo. E é um museu às moscas. Talvez as moscas sejam mais atentas que os provincianos que só sabem fazer selfies. Vejo isso em eventos literários que os olho brilha quando vêem um escritor, e debatem-se como peixinhos em pouca água para chegar perto. Vejo isso aqui no facebook (simulacro da vida) uma lambeção de bolas e cus que dá nojo, só para garantir quem sabe, uma noticiazinha no caderninho de cultura, ou quem sabe uma curtidinha do tipo na sua página. Vejo isso o tempo todo. Porque seria diferente com um museu?É belíssimo e deveria sim estar sempre com muito movimento, aproveitado, visto, curtido e mantido com todo o respeito. Já que arrotam “somos os mais europeus do Brasil”, ai já começa o erro, somos Brasil. E se queremos ser igual a Europa, podíamos começar a não reparar no que o outro veste quando entra num restaurante, ou a respeitar o silêncio num lugar de leitura ou manter uma praça limpa e também a arte e quem a produz. Peraí, devemos começar pelo melhor: não forçar uma identidade que não se tem.

    1. Gabriela. Você falou tudo. Basta sair do RS pra ver que estamos muito aquém do que acreditávamos estar. Acho que essa arrogância é mero verniz pra disfarçar a fragilidade do material do qual somos feitos. Não se trata de sermos piores, mas acho que já passou do tempo de aceitarmos o óbvio, que não somos melhores que nenhum brasileiro e estamos sobre a egide da mesma miséria.

      1. Totalmente de acordo , somos tâo metidos que tenho até pena dos argentinos que sempre levam a fama (merecida também ) de querer ser melhor do que os outros. Estas coisas só sâo possíveis de ver com um distanciamento físico e vendo outros lugares, cada um com seus problemas, porém com mais vontade de resolvê-los.

      2. De uma cidade que nem valoriza suas tradições, churrascarias precárias,falta de interesse cultural,totalmente contrária as grandes capitais que prezam por turismo , o que podemos esperar desta Porto Alegre? Um mundinho fechado anti turismo e cultura.!!!

    2. -Fácil resolver seu problema.Mude-se.Agora,não venha querer empurrar um elefante branco,sem utilidade alguma,goela a baixo.Se fosse um Posto de saúde ou um hospital,te garanto que estaria lotado,todos os dias.

      1. Falou tudo e mais um pouco, João Batista Goettens, os comentários acima Gabriela fala em cultura mas usa. Palavras de baixo calão, bom o Milton também as usou. Sou Gaúcho não sou melhor que ninguém , mas prezo pela boa educação, quem não gosta daqui saía, vá viver os costumes de outro lugar, mas se ficar não pague de pseudo culto boca suja, mais saúde , segurança , trabalho e aí a parte cultural vêm com naturalidade.

      2. Uma cidade não é só feita de hospitais. Os elefantes são belos animais não os use como insulto. E mais, escoe sua raiva, deixe os excessos irem p o ralo. Talvez quando ficar mais tranquilo consiga até apreciar a beleza do Iberê por dentro, por fora e de modo subjetivo. Você está muito concreto, amoleça!

        1. Nem todos que tem o corpo doente , tem a cabeça doente também . Não é a existência de Museus , Teatros , Bibliotecas , Salas de Cinema e outros , que impedem a existência de hospitais e outras tantas necessidades nossas . As razões são bem outras

      3. Concordo 100%, João Batista.
        Um lugar com uma das mais belas vistas de Porto Alegre, onde poderia haver terraços maravilhosos com café colonial, construiram um bunker horroroso com uma mísera janelinha !
        E esse pobre povo, sem capacidade crítica nenhuma, acha “lindo”, só porque alguém falou no jornal que aquele despautério ´ma-ra-vi-lho-so !

        1. Isso! Também poderia ser aquele cafezinho colonial rodeado de aparelhos de TV passando BBB, o espaço cheio de janelas e maquinas de ar condicionado pra equilibrar o calor que elas deixam entrar, o que você acha?
          Sabe o que é realmente horroroso? O fato da ignorancia ser tão ousada. Você diz: “Esse pobre povo, sem capacidade crítica nenhuma”. Bom seria começar por você mesmo: O senhor não se interessou alguma vez por entender por que o “bunker horroroso” tem (mais de uma) misera janelinha? Vou ajudá-lo: porque “curiosamente”, é um museu e não um terraço, onde o importante é o que tem dentro, não fora. A ideia era gerar em alguém “normal” a curiosidade pela pergunta.
          Pare de envergonhar a sua região com esse tipo de comentários, com a falta de educação nas ruas já é suficiente.
          E não sou gaúcho, não. Nem brasileiro. Sou um estrangeiro que não acredita como uma cidade, uma região, um pais que poderia optar a se maravilhar com a sua cultura, opta pela sua pior expressão.

          1. Pablo, eu entendi que o Sérgio está argumentando contra o local e espaço e não contra a cultura. Acredito que o ponto é sobre a falta de acessibilidade e mal inserção da edificação em si.
            Em relação ao terraço citado, valorizar e apreciar o lago, talvez para ele seja mais importante que as obras de arte ali dentro, isso é razoável para mim e é uma demanda legítima de um usuário da cidade.

        1. Não, não sumirei, continuarei a criticar o que é errado. E pessoal: não sustentem a ideia de que o estado é o rancho de vocês. É a cegueira que faz as coisas não evoluírem. Não limitem um povo inteiro ao pensamento de que tudo se revolve com o peito inflado ou mandando alguém sair. É o comodismo que mata, é não usar o que se tem que condena o prédio, é não reconhecer que faz disso tudo um erro. Para mim, que faço uso da cultura sim e a manutenção dela em muitos aspectos, inclusive de forma voluntária e sem nenhum tipo de remuneração, como fiz tantas vezes é péssimo ver espaços não utilizados, é péssimo ver que podia-se ser tanta coisa boa e que nãos e faz. Bater o pé e mandar eu ir embora, só confirma esse provincianismo. E não sou de falsos moralismos: palavrão para mim é fome, estupro e ladroagem. O resto é palavra até bonita perto destas.

          1. Diversos são os motivos para que o museu funcione apenas esses dias. Pode ser ppr segurança, economia também! Já pararam pra pensar como é ruim pra chegar ali? De carro, beleza! Agora, alguém que vem da Zona Sul de ônibus, ou desce antes e caminha pra caramba, ou desce depois! A questão é: diversos são os fatores que afastam as pessoas, tanto de museu como de qq outra coisa! Não tem dinheiro, não tem segurança, a época é de economia, o estacionamento do Iberê é caro, o acesso pra quem não vai de carro é complicado.. . Não acho justo julgar e jogar todos no mesmo buraco. O maior problema mesmo, É A FALTA DE EDUCAÇÃO, O QUE DEU PRA PERCEBER EM INÚMEROS COMENTÁRIOS!

          1. Realmente “socialismo fim do mundo”, ou bastante alienada. E mais sou tão reducionista que penso que o estado é o quintal da minha casa, onde eu mando, grito com todo mundo e acho que todo mundo vai sair correndo por causa disso. Lambe-cu não me ofende nem um pouco, ladroagem, estupro, negligência, ignorância é que para mim são palavrões dos piores. E não vivo num mundo como o teu que se divide em petistas e o resto do mundo. Isso é lá do tempo das tribos citadas na Bíblia, ou ainda de chimangos e maragatos (usei uma boa expressão que se enquadra no teu gosto?). Sempre a mesma conversa sem argumento: petistas, comunistas e coisa e tal. Eu gostava mesmo de ler um comentário com alguma coisa fundamentada. Em tempo: lambe-cu é isto: medo de ter opinião e de dizer a que veio.

      4. Olha, os postos de saúde de Porto Alegre estão LOTADOS de pessoas. E VAZIOS de remédios,

        Dá uma olhada nos hospitais que atendem pelo SUS… e OLHE os valores repassados desde que o Sartorão virou governador.

        Não só de REMÉDIOS e tratamento para DOENÇAS vive a população. Também se vive de SAÚDE. E vida cultura faz muito bem para a SAÚDE.

      5. Seguramente você não teria deixado erguer a Torre Eiffel, o Louvre, a Catedral-Mesquita de Córdoba… muito menos o Vaticano.
        Hoje os museus atraem mais gente do que a indústria. Pergunte quanto deixa o Louvre, o Orsay, a Galeria Uffizi, o Prado, o conglomerado de museus de Londres (National Galery, Museu Britânico, Museu de Ciências Naturais), etc.?

      6. Se houvesse mais MUSEUS, mais Centros de Cultura, mais Teatros, mais Bibliotecas, menos hospitais seriam necessários, menos postos de saúde seriam reclamados, hospícios e manicômios perderiam sua utilidade.

    3. Olha vou ter que concordar também. Se alguém não conheceu província, que venha para POA, cidade que está virando um um lixo, um descuido total.

    4. Talvez o espaço devesse ser mais utilizado. Fazer mais exposições de.outros artista, oferecer as escolas à visitação …….Nunca vejo divulgação e nenhum evento no local. O museu é maravilhoso e só as obras do Iberê já é o melhor motivo pra ir sempre lá. Eu amo a obra toda dele. Mas divulgação já estímularia o público a frequentar mais o local.

      1. Gostaria muito de conhecer este museu que leva o nome do meu conterrâneo Iberê Camargo de Restinga Seca RS situada na depressão central, que faz limite com Santa Maria RS. Pena ser um prédio afastado do centro de Poa, bem que poderia ser mais visitado.

    5. A questão é: qual tipo de leitura a gauchada tem por hábito ler?? Parece que eles só consideram leitura Zh, Veja, Caras, Isto é e sei lá mais o que… E em vez de cinema as novelas da Globo são o entretenimento Cult da gauchada…

    6. Perfeito.
      Gabriela, Juliane e Paço. Concordo plenamente com vcs, mas acho q “fugir” não é a solução. Temos q reverter essa história para podermos sempre ter orgulho de sermos gaúchos e brasileiros.

    7. Ao meu ver, é isso mesmo Gabriela, as pessoas falam como se fossem as mais inteligentes do mundo, mas na prática é tudo diferente. Somos todos teorias, mas não somos práticas. eu acho aquela parte de Porto Alegre a mais bonita da cidade. Um dia estava passando de ônibus e uma mulher comentou que o Iberê parecia um elefante branco, mas ela falou isso com ar de desprezo.

    8. Acho interessante como ofende os brios dos gaúchos quando alguém como a Gabriela ousa falar uma verdade. Os mesmos que se ofendem não hesitam em destilar preconceito e ódio em relação a estados que nem conhecem. A frase “mude-se” foi usada na ditadura lembram? “Ame-o ou deixe-o” .Que todo esse orgulho em ser gaúcho deixe de ser uma frase vazia e passe a ser de mais auto-crítica, de mais cobrança, talvez assim deixem essa atmosfera de província (desculpem, meus caros, mas qualquer um nota isto assim que pisa em Poa)e passem a ser de verdade uma cidade moderna, e aproveitem o potencial que tem.

    9. Muito bom! Bem assim! Quando o Museu ficava aberto ninguém frequentava também! Um prédio lindo, sim, supernatural também! O gaúcho está longe de ser esse tão cultural que se diz, salvo algumas pessoas!

    10. Sabe, Gabriela. Fiquei chocado com a notícia e com a forma como reagiste a ela. Primeiro porque amo Porto Alegre, depois de morar por mais de 40 anos. Segundo porque ao mesmo tempo que desabafas quanto às qualidades não tão educadas dos gaúchos, e aqui me ofendes talvez por não me conheceres (talvez eu seja o único que não conheces…), também fazes uso das mesmas qualidades que te causam asco, com a verborragia utilizada. É justa tua decepção ao descaso com a a (s) arte (s) em Porto Alegre. Mas dessa forma como reages, alinha-te aos adjetivos. Não creio que sejas assim por conta da preocupação que demonstra, mas podia ser de melhor índole. E comentei porque não admito a generalização que fazes. Fraternalmente.

    11. Gabriela ! Não te conheço mas faço das tuas palavras as minhas. Assim como na política onde os gaúchos acham que são os mais politizados e os exemplos estão aí para todos verem, cultura sofre da mesma da mesma forma. Lá está o magnifico ibere diante do lago Guaiba igualmente abandonado. Mas continuamos “se achando”. Pobre província que vai vivendo do que acha que é mas está longe, muito longe do que verdadeiramente é.

    12. Gabriela, infelizmente tenho que concordar com você, morei no Sul por quase 10 anos, sou Paulista, e quando cheguei aqui enxerguei uma terra de oportunidades e com um potencial enorme de crescimento, mas fui surpreendido com uma enorme parede de bairrismo e arrogância, desta forma comecei a entender o porquê de uma terra tão promissora e com um potencial enorme está neste estado de província, o gaúcho não aceita novas e melhores práticas a não ser que seja trazida pelo próprio gaúcho, isso faz com que o Rio Grande, e especialmente a cidade de Porto Alegre seja está província sem rumo e sem perspectiva de crescimento,oportunidades e desenvolvimento em todas as áreas, Porto Alegre era pra ser uma grande metrópole, cheio de vida, cultura, modernidade, grandes empresas……mas enquanto o gaúcho não sair do seu mundinho europeu e preconceituoso e não mudar a sua visão com aquele que vem de outro estado e não o encarando como inimigo ou aquele que veio roubar o seu emprego e sim como um parceiro que veio agregar e trazer novas experiências, modelos e quer contribuir para o crescimento desta linda região!

  2. Milton, sei que ene veículos fizeram ene matérias quando o museu foi lançado. Mas as matérias foram tipo relises, né, só dizendo o que interessava à organização responsável pelo museu. E, claro, tudo era enaltecido. Como não enaltecer um espaço para a cultura, com um superprojeto de um superarquiteto com fama internacional e que iria abrigar as obras de um de nossos maiores artistas? Aí, todo mundo “esqueceu” de fazer a pergunta óbvia: como a Fundação garantiria sua continuidade?

  3. Com o devido respeito.
    Acho que foi um erro.
    Obra caríssima. Financiada pelo governo através de incentivos fiscais.
    Atrapalhou a vida de muita gente durante o longo período de sua construção.
    Não tocou o coração dos porto-alegrenses a não ser de alguns intelectuais.
    Passo todos os dias na frente. Nunca tive vontade de entrar. Não me diz nada. Nem arquiteto idealizador, tampouco homenageado me sensibilizam.
    E a construção lembra um “bunker” de guarda costeira.
    Não critico o povo da nossa cidade. O erro foi de quem idealizou o projeto achando que seria gol de placa.
    Mas alguém certamente lucrou com a obra.
    A população certamente tem outras prioridades.
    Mais uma vez, desculpem a sinceridade.

    1. Pois seu comentário é a comprovação do que diz o artigo. A cidade nao merece as instituições que possui, pois nao investe, nem sequer tem a curiosidade de conhecer sua própria arte, história… A Fundação IC tinha um belíssimo projeto educativo, direcionado as escolas e professores dá rede pública, por exemplo…

    2. Querido Carlito Zeilmann, concordo em gênero, número e grau, pois não há defesa para “malfadada construção”, pois a mesma só teve meia duzia de exposições e nunca mais teve algo de gabarito. Ainda tal obra não possui a mínima infra-estrutura para receber turistas ou visitantes, pois como citado no próprio texto, nem mesmo ônibus, lotação, taxi ou uber, conseguem estacionar na frente; os produtos servidos no café são escassos e caros. Uma construção erguida num dos pontos mais privilegiados, numa das ruas mais movimentadas, de frente para o esplendoroso Largo do Rio Guaíba, deveria ter no mínimo um belo terraço para que turistas viessem a se interessar em penetrar nas entranhas de tal elefante branco.
      O que seria da Torre Eiffel, do Empire State, ou qualquer outra obra arquitetônica se “as pessoas” não fossem a prioridade. A ideia foi genial, mas como dito pelo “Emerson Oliveira” esta cidade não tem vocação alguma para cultura e turismo, pois é inadmissível que na capital dos gaúchos, não se encontre um único gaudério dando boas vindas num local que pudesse mostrar a cara do RS. Os turistas andam que nem baratas tontas, tendo como opções somente o ônibus, alguns barquinhos, e churrascarias que nem atendem tão bem assim. Quanto a cultura, este país é um fracasso, tanto que podemos conferir na opinião dos pseudo intelectuais tupiniquins metidos a besta, que poderiam ao menos se dar ao trabalho de olharem-se no espelho para achar de quem são os comentários arrogantes postados aqui. Em minha modesta opinião, se estão cansados de sua própria arrogância, vão tarde.
      Saudações aos francos de coração e alma nobre.
      Parabéns pelas reflexões sensatas.

    3. Com todo o respeito aos que defendem a construção do museu, concordo com Carlito que a obra não “tocou o coração dos porto-alegrenses” em sua grande maioria. Por mais prêmios que tenha ganho, acho a arquitetura do edifício de gosto duvidoso e não teve o cuidado de aproveitar as belezas naturais do privilegiado local onde se encontra. Como contra-ponto gostaria de citar o café da Casa Mário Quintana, construído no topo do edifício e com uma bela vista, e isso que está a algumas quadras da orla. O edifício do Iberê está muito melhor localizado e não soube aproveitar o espaço como poderia.

    4. Carlito, concordo. Conceituar um povo a partir do que não faz é incidir no julgar o todo pela parte ou a parte pelo todo. Gaúchos tem deméritos como qualquer povo, mas também méritos. Quanto a este museu é um ovni na nossa cidade, sem contexto, sem elos, sem o “por quê”. Quando o vi, a primeira vez, as obras estavam paradas, pensei que era alguma estrutura para algum equipamento, sei lá; ora concluído, não parece estar concluído falta harmonia na sua forma.

  4. Deserto intelectual que ocupa os cargos que tem em suas mãos as poderosas canetas. Elas hoje só servem para o compadrio e para facilitar a vida da gente de dentro do meio político e empresarial. Cultura e Turismo são dos mais importantes meios de circulação monetária nesse novo mundo de serviços, mas aqui em Porto Alegre teve feriadão de Carnaval até naquele singelo ônibus de Turismo, como esperar algo mais refinado de gente assim? Casa de Cultura quando não está fechada está sem programação na sua maior parte do tempo. O tal Centro Histórico entregue aos bandidos e pichadores, acham que o censo comum se resume a ir a Shoppings e bundeat na Padre Chagas. Que gentalha essa que nos governa.

  5. O projeto do Siza é de qualidade discutível.
    Já o cuidado da administração de PA com as obras de arte instaladas no espaço público da cidade é de uma incompetência indiscutível. Basta ver o estado da bela obra de José Resende junto ao gazômetro.
    É revoltante.

    1. Projeto de qualidade discutível? E será por causa disso que está funcionando meia boca?
      Sinto em PA um desejo surdo de parcelas da chamada classe média, de que as coisas não aconteçam. Não sei por que. E isso sempre vem travestido de um criticismo pretensamente arguto, mas que na verdade é fraco, pouco refletivo, confuso. Parece que se a coisa não me favorecer diretamente de alguma forma, não presta. É um egoismo tosco.

      1. É a pura verdade. Nessa nossa terra a inveja está sempre alerta para embargar projetos. Nada acontece, os investimentos param diante do olho gordo e desconfiado da nossa gente. Alega-se de tudo para impedir os investimentos. “Proteger o meio-ambiente” é um argumento campeão. Estamos cegos e não vemos que PA se tornou uma das capitais mais imundas de um país pouco asseado.

  6. Porto Alegre aparentemente nao merece uma instituição cultural como a FIC, assim como nao merece muitas outras instituições artísticas e culturais, veja-se o caso da sede dá Ospa ou a situação da maioria dos nossos museus públicos. Boa parte da classe média opta pela arrogância e por ignorar, simplesmente, qualquer investimento artístico que nao seja imediatamente “palatável”, demostrando, no mínimo, falta de curiosidade intelectual. Sobre a elite econômica, que poderia apoiar…nem falo sobre seu conservadorismo. Por fim, lembro que a Fic tinha um dos melhores projetos educativos da cidade, voltado para escolas e professores dá rede pública, para quem acha que arte e museu é só coisa de “alguns intelectuais”…

  7. Nossa Cidade de Porto Alegre, se tornou uma Cidade onde estamos a mercê da violência a cada esquina, pelo menos para mim, fazer uso de um ônibus ou lotação, me deixa aflito imaginando assalto e violência, Bares noturnos, teatros, parques, Centro, e por que não o Museu, cada deslocamento eu faço uma avaliação de riscos e nossos filhos também. Uma Cidade que foi tomada pelo desrespeito e violência com a conivência dos três poderes, não nos deixa opção nem para cultura. É uma tragédia!

  8. Mas tem problemas no projeto, eu (e muita gente) nunca entendi porque não havia um mirante para o Guaíba, imagine com o café lá então (o atual é claustrofóbico). Acho que falta auto-crítica, ouvir mais o público e ousar mais, tal como foi o projeto “Noite nos Museus”. Falo como um mero cidadão que volta e meia passa(va) por lá.

    1. “O drama, trago-o na alma. A minha pintura, sombria, dramática, suja, corresponde à verdade mais profunda que habita no íntimo de uma burguesia que cobre a miséria do dia-a-dia com o colorido das orgias e da alienação do povo. Não faço mortalha colorida.” Ibere Camargo

  9. A verdade é que os últimos e por enquanto o atual governo de Porto Alegre, pouco fizeram por nossa cultura, vou ao Iberê, além de apreciar seu acervo e exposições, quero tomar um café, e pasmem o atual locatário do café ali existente, fecha às 18h30min, e ainda tem o pôr do sol, o que esperar de empresários da gastronomia, situados em um museu tão belo, fechar às 18h30 min, em pleno horário de verão? Os empresários se acham, o máximo, falam em economia de mercado e o escambau, mas, como em um local tão favorecido pela natureza e com essa obra prima de museu, fechar esse horário. Está tudo errado em nossa outrora mui leal e valorosa Porto Alegre.

  10. A matéria está correta e é muito relevante. Se refletirmos sobre ela, veremos que na verdade há tempos que não somos capazes de educar cidadãos que admirem a cultura, sejam críticos e exercitem assim sua intelectualidade. Consumimos o lixo enlatado dos grandes meios de comunicação, assim o Brasil virou todo funk, breganejo e aché. Em contrapartida ao vazio e desdém com a bela obra que é o Iberé Camargo, lota-se qualquer apresentação dos referidos ritmos na concha acústica do guaíba. O gaúcho, esqueceu sua origens e quem sabe nem mesmo mereça Porto Alegre ou o Rio Grande, pois a tempos renegou sua herança!

      1. Concordo! Porém também gostaria de ver a cultura e a arte (erudita, tradicional, passada, histórica, velha, ou qualquer forma que se refiram) serem amplamente divulgadas e acessíveis ao povo. E isso aliás, é responsabilidade do poder público! Já o gosto popular é amplamente influenciado pela mídia… Neste caso, infelizmente, quem tem sido tratado com desdém é a cultura tradicional, a qual no mínimo, deveria ser oferecida e promovida em igualdade à “contemporânea”.

  11. Porto Alegre trata mal os seus cidadãos!
    Também desisti do lugar, depois de 36 anos de idas e vindas. As idas para ver se me livrava, vendo o que um dia já foi “legalzinho” se desmanchar em frente aos meus olhos em tempo assustador; as vindas, por ser doloroso ficar longe da família. “Porto Alegre é demais”, “A zona sul é tudo de bom” e outros jargões, são “o sol tapado com peneira” de um lugar falido, sem segurança e respeito, que varre os humildes, que come feijão e arrota camarão, que cria ciclovias que começam do nada e terminam em lugar nenhum, que faz com que seus habitantes fiquem presos em casa enquanto a bandidagem desfila por vias remendadas.
    Tenho família aí e, sempre que aparece uma oportunidade, tento (em vão) convencê-los de fazer o que fiz: ir embora! Sim, em vão pois os que aí vivem parecem ser acometidos de uma síndrome, usando argumentos como “o pôr-do-sol mais lindo do mundo”, “a rua mais bonita do mundo” (…). Ora, para chegarem ao ponto de fazer afirmações como estas, demonstram nunca nem ter passado do Rio Mampituba (aliás, o Estado vizinho nos dá um banho), o que dirá se dar ao displante de fazer tais comparações. Mas é assim e fico impressionado com as notícias que chegam daí, como esta “de agora”.
    Some-se a isto as catastróficas administrações municipais, que parecem fazer parte de um concurso de horrores, cada uma pior que a outra; para citar a mais recente, o que dizer das obras da Copa do Mundo, que mesmo três anos depois de sua realização, ainda não terminaram!?
    Uma cidade privilegiada, voltada de costas para o rio e de costas para o mínimo que se espera do tanto de alarde que fazem e que, na verdade, só faz crescer o índice de criminalidade, de pessoas frustradas e depressivas, vide o altíssimo nível de atos criminosos e o mais variado cardápio de tragédias, prato cheio para rbs’s e venda de seus jornalecos.

  12. Muito triste. Prédio belíssimo. Sempre que podia levava meus hóspedes para conhecer.
    Eu vou de carro, mas sempre me pareceu uma pena não criarem uma estrutura para que o público pudesse visitar de ônibus (pode existir e eu não ter reparado). Não acho que seja característica exclusiva de PORTO ALEGRE desprezar museus, mas talvez falte alguma iniciativa de marketing mais agressiva para divulgar as exposições.

    1. Só de carro mesmo pra ir. E é complicado pra quem é da ZN chegar até lá. Tentar ir até o museu de ônibus é pedir pra ser assaltado ou pior. Além disto, se buscamos informações, o site do museu nem certificação possui. Realmente o descaso é grande, só não acho correto cullpar a população.

  13. Nada é por acaso se puderem olhar nas entrelinhas da vida isso é muito mais que um simples decréscimo de falta dinâmica cosmopolita de uma cidade grande, a verdade que a arrogância vem de um coronelismo que não esta presente no dia-a-dia de simples cidadãos e sim de todos aqueles que gerenciam o interesse econômico, então antes de falar de bairrismo ou localismo observe sua.cidade e veja se depende de vc alguma coisa nesse sentido de intervir na cultura(obvio que não) a província de São Pedro não acabou aqui nem o colonialismo em qualquer lugar no Brasil.

  14. Infelizmente acho que esse é um problema muito mais ligado à visão dos empresários criados pelo capitalismo no Brasil todo do que só o provincianismo de Porto Alegre.

  15. Concordo com o que a maioria falou sobre nossa estagnação econômica, cultural e social…..realmente as coisas estão difíceis. Mas permita-me discordar com relação ao prédio. Realmente é amplo, ótimo para exposições, a luz solar, deve ser melhor aproveitado e divulgado, assim como “inúmeros” outros pontos e eventos, muitos deles totalmente gratuitos… etc….mas na minha modesta opinião esse prédio é muito feio. O morro era muito mais bonito sem ele. Na cultura, economia e política estamos da mesma forma: De uma lado excludentes, gananciosos, com uma enorme concentração de poder, dinheiro e influência…de outro aquela velha arte panfletária, esquerdóide, achando pelo em ovo, apoiando uma “tipo de arte” que é feio, obsceno, muitas vezes grotesco, que empesteia os sentidos, os ouvidos, as idéias. Livre mesmo, faz tempo que a arte não é. Ou se reza para os patrocinadores ou se reza para a patrulha ideológica.

  16. Vamos lá, o pior do povo gaúcho que não foi colocado acima, pelos gaúchos que não vivem mais na província!!!! É o poder critico elevado ao cubo do nosso povo!!!!! Mas vejo pessoas de grande nível intelectual, qual seria a solução para o atual problema do Museu:
    1°- É de uma fundação e não público!!
    2°- Fechou por falta de patrocínio!!!! (privado)
    3°- A intenção da fundação em terceirizar a exploração do espaço!!!
    Vamos lá criticar qualquer um critica!!! quero ver resolver

  17. É lamentável mas essa é a Grande Verdade!! Esse Museu estar em um lugar de tão difícil acesso! Ainda não consegui ir conhecê-lo!!

  18. O Rio Grande do Sul foi criado para ser barreira de fronteira com os espanhóis. Uma terra de hunos, de bárbaros.

    A gente só se destaca no cenário nacional quando mete o terror em todo o resto do Brasil, seja tentando ficar independente, seja tomando o Rio e derrubando o governo.

    Se o Brasil fosse a Ásia nós seríamos os mongóis. Bárbaros furiosos que atacam em onda.

    Se o Brasil fosse a Europa nós seríamos os Vikings ou os cartagineses, vindos sei lá de onde com selvageria.

    Cultura nada. Politizados nada. Somos uma província. Pequena, lá no canto, e sempre propensa a explodir em mais um episódio de valentia desmiolada, para horror do resto do Brasil.

    1. Fábio, eu concordo contigo. E podíamos ser melhores. Bem melhores, mas este provincianismo é catarata: cobre os olhos e estraga tudo que poderia ser bonito.

  19. Apenas um prédio que custou demais para o retorno que está dando. Ou seja, o custo benefício não compensou. O prédio é executado em concreto armado na cor branca, ou seja, sem reboco e sem qualquer tipo de pintura. Imaginam o dia que for necessário fazer manutenções. Trata-se do objeto mais desejado na capital para os pichadores, no entanto o sistema de monitoramento tem sido eficiente.

  20. Mas o problema de falta de acesso aqui comentado, seria resolvido pela colocação de uma parada de ônibus na frente. Simples. E por que não colocam?

    1. Porque não interessa, é isso que a gente tem que entender. E é um espaço muito bonito, mesmo, em vários aspectos. Em vez de reclamar dele como um gasto tremendo deveria-se utilizar, aproveitar, estar no espaço interagindo com ele. Fui muitas vezes, gosto muito dele, sinto-me bem e gostaria de vê-lo sendo mais vem aproveitado. Victor, tens toda a razão sobre o ônibus. Ai entra uma outra questão: Porto Alegre não pensa como uma cidade que necessita muito de transporte público. E te apresento meu ponto de vista: vive-se no absurdo que usar transporte público é coisa de pobre. Quando na verdade é um direito e um modo de contribuir para a cidade. Se repararmos no funcionamento dela e no comportamento das pessoas em relação ao trânsito e a quem tem carro e quem não tem, percebe-se isso. Porto Alegre não é pensada para evoluir, nem para ser aproveitada. Usar ônibus, lotação ou até mesmo andar a pé é entendido como um status inferior. Então, numa cidade que todo mundo tem carro ou voa, porque teríamos uma parada de ônibus em frente ao museu? aliás, pra que museu?

      1. Boa, Gabriela. Concordo com tuas observações sobe o transporte público e sobre as coisas em geral na cidade. Sim, quem planeja o sistema de transportes públicos em Porto Alegre deveria estar atento (levar em consideração) questões como essa de uma parada próxima ao MIC. Eu sou frequentador do MIB e, naturalmente, gosto muito. Qualifica a cidade. Sua ocupação/uso tem que ser expandido, não restringido como está acontecendo agora.

  21. É meu direito viver em Porto Alegre ou qualquer lugar que seja, bem como é meu desejo que este provincianismo deixe de ser levado tão a sério e se possa crescer. Basta que se entenda o que se diz: é um elefante branco, podemos pensar que numa tentativa de utilizar ponto, a localização que é belíssima,assim como o edifício também o é – num referencial não só de beleza natural, como, da mesma forma de arte. Não foi devidamente valorizado, assim como o Margs também não o é. Vamos falar de educação: não apenas aquela da escola, conhecimentos científicos e específicos, mas o humano, o trato com as outras pessoas. Gostava de realmente entender o motivo dessa superioridade tão afetada quando se criticam as coisas? Qual é o problema com um palavrão? Aliás, o que o torna um palavrão? A quem está imputado o direito de me dizer onde devo ir, onde não devo morar, o que devo ou não criticar? Que eu saiba sou livre e suficientemente consciente para entender que posso emitir o juízo de valor a partir do que considero razoável. E percebo o comportamento de muitos gaúchos dessa forma, nem por isso tenho que sair do estado e da cidade que vivo, mas posso, desejar que seus moradores, nativos ou que vieram para cá, lidem com a cidade de uma forma mais saudável, isso incluí: cultura, preservação e educação. Sustenta-se essa ideia de Europa, um pensamento de colonizado, quando à frente dos próprios olhos a cidade caí, desmorona cotidianamente. A CCMQ, foi citado o café, ora, é uma vista maravilhosa. O café no entanto é caro e os serviço não é bom. O espaço é mesmo uma maravilha, salas para cursos, teatro, cinema. Pouco aproveitado, salas péssimas de cinema, café caro e mal atendimento, banheiros sem condições de uso e assim por diante. Nossos espaços de cultura viram a cada dia espaços oblíquos, olvidados até mesmo por quem gosta de circuito alternativo de cinema, teatro e arte. Porque tanta relutância em aceitar? Porque esse ódio a quem vê o que de fato somos? Uma província de pessoas que se olham de cima a baixo com ares de superioridade, que fazem a manutenção de uma identidade falida ( ou que nunca existiu) e que só sabem respeitar uma cuia de chimarrão ou camisetas de um time ou de outro. Nada do que crítico, me torna menos gaúcha, mas me mostra que a minha insatisfação, quando me dizem “mude-se, aqui não é teu lugar” se confirma e se enraiza numa superioridade que não existe. Tínhamos tudo, absolutamente tudo para sermos um estado rico em cultura e educação no sentido lato da palavra, infelizmente, o pensamento primitivo e provinciano nunca permitiu que fizessem mais do que arrotar o que de fato não se é. Lamento se o que eu digo, ofende, lamento mesmo, mas as figuras por mim enumeradas no comentário anterior, amontoam-se pela cidade e ocupam o espaço do crescimento e do despertar. Lamento mesmo que em pleno século XXI ainda exista quem se ache coronel de fazenda a botar índio a correr. A mim não botam a correr, a mim só mostram que estou certa no que percebo. E viva um museu bonito, caro e não aproveitado. Que se fizesse uso dele, que se aproveitasse cada coisa que existe nele, a começar pelo poente que dizem ser o mais bonito do mundo, do lugar de fala que percebi aqui, realmente, Porto Alegre é o centro do mundo. Pena que não é.

    1. Vou me manifestar : tenho apartamento de serra em Canela (Edificio Paludo , talvez o mais bonito de toda região )…logo que cheguei notei uma grande diferença no acolhimento por parte dos vizinhos que moram em Canela e dos Gauchos da Capital que chegam nos feriados …eita !!!! Povinho metido !!!!! Rsrrsrsrsrsrsrsffs …até eu começar a frequentar Porto Alegre e saber o porquê , vale quem “” Tem “” …. Triste ! moro em São Paulo onde respiramos cultura em Todos seus segmentos …culinária , teatro , artes plásticas , a grandiosa cinemateca …ou seja ! Tem espaço e público garantido para todo mundo …quer saber o porquê ? Ah ! Pelo enorme coração paulista que abre seus espaços para gregos e troianos …e se duvidar , gaúcho com problemas de saúde que necessitem tratamentos mais avançados , pode chegar !!! Aqui serão salvos e não perguntaremos de qual estado tá vindo …pois somos únicos como Nação Brasileira . E nem me mandem ir embora rsrsrs emprego uma Secretaria doméstica , pago impostos , condomínio , curto muito o restaurante Magnolia e seus bons vinhos …não é meia dúzia de Gauchos metidos , que me farão sair de canela …Amo as Serras e amo a gauchada digna e simples …aos metidos , deixo meu desprezo …só não quero topar com um deles pelos corredores dos nossos hospitais rsrsrsrs pensaria duas vezes no que nos falou Hipocrates .
      O Museu é lindíssimo ! Arte de primeiro mundo …Iberê Foi e sempre será um pintor de alcance mundial …pena , se fosse em São Paulo teria público garantido …a cultura tem que ser dinâmica para ter sentido….
      Podem jogar pedras na Geny rsrsrs

  22. O que o texto não conta que o local enseja que somente ricos visitem, ainda que rapidamente fale do pardal no local que é o mais inútil da história dos bichinhos. No lugar não tem semáforo para pedestres, não possui lombada para diminuição de velocidade (a permitida é de 60 km p h e um carro contra uma pessoa nesta velocidade simplesmente trucida), não tem faixa de segurança ou seja o pedestre NÃO TEM COMO ATRAVESSAR. Pior, há parada de ônibus próxima. Para que? Para algum Kamikase caso queira praticar. Só há uma forma de chegar no museu, entrando no estacionamento do local, mas aí só de carro. Clap Clap Clap, se você não tiver carro tente se matar atravessando a rua. Assim o pobre não tem acesso ao lugar. O Pardal é inútil porque o que menos é preciso ali é um pardal, trânsito só uma mão e prédios só do lado esquerdo, no direito é o rio. Fúria fiscal de um governo que só se preocupa com a sua integridade financeira e não física do contribuinte. Então toda a argumentação quanto à baixa frequência da população da cidade ao Museu esbarra na vedação de ingresso ao pobre, só vai riquinho. Isto não é provinciando, é preconceito e discriminação. Simples, é só exercer um pouco mais o interesse investigativo. Já falei sobre o tema mais de dez vezes no meu mural, já marquei vereadores. Nada adianta. Há cumplicidade em não servir.

  23. Aviso aos navegantes: Gerdau deve ,sonegação e corrupção ativa na operação Zhelotes.Entenderam o porquê do declínio do Museu? A fonte secou

  24. Vejo gente criticando o prédio sem jamais ter entrado lá, pois não se sentiu “convidado”. As pessoas ficam acostumadas a se aventurar pouco e não gostam do que lhe causa estranheza. Tivessem entrado no prédio e aberto a sensibilidade, poderiam ter outras percepções.
    O mundo tem que ter o museu do Louvre, mas também o Pompidou. Há que ter espaço pra arte antiga, e espaço pro novo.
    Van Gogh morreu pobre por causar estranheza.
    Permitam-se abrir seus horizontes!
    Se é bom o conforto do arroz com feijão, também é bom experimentar novas comidas.
    Arte vive em movimento, em abrir novas frestas na nossa percepção.
    Vi inúmeras exposições ali no Iberê. Exposições que até hoje reverberam em mim. Morro de pena da indigência cultural para a qual estamos rumando.

  25. Olha, se tem alguém que realmente aprecia a arte e a cultura, com certeza essa pessoa não tem interesse no Iberê Camargo, pobre de conteúdo com umas porcarias que ousam chamar de arte hoje em dia. E se a pessoa apenas quer ir num lugar agradável pra passear, ela vai preferir ir no Barra Shopping que é ali perto onde tem restaurantes e bares onde se pode tomar um chopp, ou até um parque ou até Ipanema pegar o pôr-do-sol.

    Ou seja, o erro foi de quem projetou aquela merda sem utilidade e sem atrações.

    1. Mas tchê André, de que arte e cultura tu falas? Chopp tu pode tomar em qualquer lugar, e cachaça, e vinho, e vodka, e leite, e guaraná, e por aí vai. E comprar coisas, como num shopping. Aquilo é um museu, local para expressões artísticas que expressem a complexidade do momento da vida social em que estamos e da que antevemos. Shopping serve para outras finalidades, e nem só de pão e de outras bugigangas vivem os homens e as mulheres.

  26. Eu concordo com os comentários sobre o Museu ter sido desvalorizado pela cidade e de a cultura aqui não ser tão valorizada como as pessoas gostam de acreditar que é.
    Mas ao mesmo tempo, nas várias vezes que eu fui ao MARGS e ao Santander Cultural ver alguma exposição, eles estavam lotados. Tinha excursões de escola, alunos universitários e público geral curioso lá. O Museu Júlio de Castilhos eu vi fechado várias vezes, mas nas vezes que fui lá tinha um público modesto visitando. Eu me pergunto o porquê de o IC não ter chamado à atenção das pessoas. Eu conheço gente que nem sabia o que aquela construção branca “no caminho do Barra” era…

  27. Artigo burro e bitolado, próprio de quem se acha o máximo. Seu artigo confirma que não enxerga além das margens da sua petulância.
    Em nenhum lugar do Brasil existe a “cultura do museu” e muito menos os governantes se importam com isso, tanto que, com exceções raras, não existe programação, nem divulgação.
    Exemplo? Ainda recentemente quis visitar o Museu da Imagem e do Som, no Rio. Não estava aberto ao público e o acervo está espalhado por vários espaços da cidade (desde a Copa 2014).
    Voltando ao Iberê, a construção é feia e não passa de imitação disfarçada de outras pelo mundo (como também o é o Museu do Futuro, no Rio).
    Tanto faz que tenha estacionamento e outras facilidades, falta “feeling” e “appeal”.
    Antes de falares besteira (e encontrares outras nulidades que concordem contigo), te orienta, Milton.

  28. Infelizmente esta é a realidade brasileira, não somos únicos quando o assunto é descaso com nossa história, acredito que o problema seja muito maior que imaginamos e passa por todos os parlamentos, onde não se leva em consideração a educação e a cultura, e quando o assunto vira pauta a discussão é tão rasa quanto a qualidade intelectual de nossos políticos, lamentável.

  29. Impressionado com a repercussão do texto, (bom) sinal de que o assunto tem relevância. Só acho que, para extrairmos o máximo desse debate, antes de aceitarmos o rótulo fácil de provincianos, é preciso voltar ao ponto zero, ou seja, o momento em que alguém decidiu construir este prédio. Quem foi? Com base em que motivações, argumentos, estudos e evidências da sua pertinência ou prioridade? Com que perspectivas de manutenção a médio e longo prazo? Levou-se em conta a quantidade de equipamentos culturais já existentes na capital, o estado em que eles se encontram e os recursos necessários para sua melhoria e manutenção, que certamente seriam reduzidos em consequência da criação de mais este espaço? Quem sabe outros artistas, como Pedro Weingartner, Xico Stockinger ou Vasco Prado também mereceriam, pelo seu mérito artístico, que construíssemos prédios similares? Ou teria pesado, acima de tudo, a vontade e o gosto de um único e poderoso empresário, seus parceiros e, posteriormente, de governantes e gestores de estatais que ali investiram dinheiro público na proporção de 80% do custo total? Não seria o cúmulo do provincianismo o discurso de que “Porto Alegre precisava ter um projeto de um arquiteto de renome mundial” (em vez de, por exemplo, escolher tal projeto mediante um concurso internacional)? Como se surpreender com a pouca popularidade de um espaço resultante de tal processo decisório (de resto, propiciado pelas nossas singulares “leis de incentivo”)?

  30. Moro em São Paulo e não conheço a fundo o contexto local de Porto Alegre. Mas trabalho na área cultural e o que me parece é que a questão envolvendo esse museu é muito maior do que um possível descaso da cidade com a cultura. Me parece ter muito mais a ver com a falta de gestão adequada, com pensar melhor qual o papel dessa instituição num momento em que os museus do mundo todo começam a se reinventar para lidar com os novos comportamentos dos públicos e os possíveis novos papeis dos espaços culturais…aqui em São Paulo temos diversos museus e outros equipamentos culturais em situação bastante similar. Museus não atraem público simplesmente por serem museus ou por serem focados em um grande artista ou por terem uma bela arquitetura. Há muita coisa a ser trabalhada, coisa que os museus da Europa vêm fazendo (e discutindo) arduamente. Não parece que o Iberê Camargo tenha sabido fazer isso. Contratar uma consultoria para descobrir o óbvio (que o museu não estava conseguindo dialogar com a população), como foi largamente noticiado inclusive aqui em São Paulo, talvez seja um bom indício de uma má gestão. O buraco poder estar mais embaixo.

    1. Andre, concordo contigo. Morei em Portugal e a ideia do museu e da frequência do museu é muito diferente do que aqui no Brasil se faz. É uma questão de hábito e de cultura (como desenvolvimento de hábito e não como educação erudita). Lembro de uma ação em Portugal que foi levar réplicas dos quadros para as ruas, dava ao passante a vontade de ir ao museu conhecer mais. Também lá uma ou duas foram roubadas dos muros (acontece em qualquer lugar e a qualquer hora). O que me incomoda é que aqui, só se reclama, só se quer sempre um estrelismo que não confere com a realidade. O Museu foi caro? então por isso mesmo, aproveita-se, visita-se, conhece-se. Ele é bonito, em suma, ele é bonito. É longe? Mas longe para quem mora em determinada zona, e para quem mora mais perto? Assim mesmo, o museu que fica no centro da cidade, com acesso bem mais fácil, também está às moscas e é gratuito e com um acervo excelente. Uma coisa me perturba: um falso moralismo com palavrões e opiniões. Se não concordar com o que é dito, então se é baixo, se é desqualificado. A verdade é que ando cansada de um exibicionismo e de um provincianismo que não se reduz. Se os gaúchos usassem essa arrogância toda para serem melhores, ai se estaria falando uma linguagem comum.

    2. Depois de vários insultos e opiniões tresloucadas, fiat lux!
      Uma análise correta e realista sobre o museu, feita pelo Andre.
      O artista Iberê nunca foi de fácil “digestão” pela grande massa, talvez pouquíssimos saibam quem foi. Era um pintor de culto para um restrito grupo e aficcionados, entre o quais destacava-se Jorge Gerdau Johannpeter que bancou a construção do museu. E só.
      O que se viu depois foi o fiasco das gestões que sucederam-se na condução do museu e levaram ao estado em que hoje se encontra. Não culpem o todo quando o fracasso é de alguns.
      Passar bem.

      1. Eu não gosto das obras do Iberê, mas gosto do museu e considero que se foi caro, então por isso mesmo deve-se aproveitar o espaço. Mas considero também importante se observar os outros museus e o mesmo “não uso” deles. Há algo errado nisso não? Em não se frequentar, em não se tomar conhecimento…

      1. Já fui sim Milton. Como todo museu, não tem janelas não. Um museu serve ao conteúdo exposto em seu interior, não tem janelas intencionalmente, para valorizar o que está em seu interior exposto. Prédios adaptados ao mote de museu sim, tem janelas, geralmente cobertas por cortinas ou mesmo por obras e biombos. É só olhar a fachada do prédio. Não confunda escotilha ou espia com janela. Quem quiser apreciar a vista do Guaíba não entra em prédio algum, vai pra rua e aproveita a vista como se deve aproveitar. Obrigado por continuar no glorioso Sul21 escrevendo seus cus.

  31. A primeira vez que senti vergonha de Porto Alegre foi quando conheci Curitiba. O mesmo estilo arquitetônico, as mesmas árvores. Mas tudo limpo, organizado e iluminado. Nossa capital poderia ser belíssima, mas permitimos que a vaidade nos impedisse de perceber que um estado depende de cada um dos seus indivíduos. E que cada indivíduo depende de educação. Que, por sua vez, depende do investimento e capacidade de bons gestores. Infelizmente, a terra de muitos presidentes do passado, carece destas pessoas hoje. Nossa educação sucateada nunca permitirá a valorização da cultura.

  32. Porto alegre tem um problema sério de falta de identidade. Os gauchos raiz tem sua identidade, os porto alegrenses lutaram contra a revolucao. os do vale do sinos e taquari tem identidade alema, os da serra gaucha italiana, os porto alegrenses vivem em um hiato eterno, procurando identidade onde não tem. logo abraçam a figura do chimarrão etc. e brigam com o resto do país pra acharem que sao superiores e melhores por serem do sul, alem de abraçar culturas que nao sao deles. resultado: gaúchos frustrados metidos a esquerdistas. A onda cult de poa passou, sobrou só isso aí: esquerdistas frustrados que sonham em ser ou sao funcionários publicos.

  33. NINGUEM É PERFEITO… NASCÍ EM ‘POA’ BELA E LIMPA CIDADE MIL VIRTUDES… MAS…. CULTURALMENTE = ..%*&#@…” &*#@¨%$##@#< !EXATAMENTE ISTO …………NÃO PRECISO TRADUZIR OK ?
    E MUITO + A TAL BIENAL MUITO MAL FEITA, E MAL DIRIGIDA ALGUM CURADOR DE TOP NIVEL INTERNACIONAL… CADE ? ¨%*#@&¨& … ! 'POA'
    EM FUTEBOL = 100% ! TENIS 100% !VELA 100%! JUDO100% LITERATURA,HÁ UM GIGANTE, LUIS FERNANDO VERISSIMO,PREDIO DO MUSEU FRENTE A POR DE SOL,LINDO… ABANDONADO,ENTREGUE AS BARATAS E AS MOSCAS… TCHAU CULTURA ATRASADA, PODERIAM TER ORGULHO MAS TEM VERGONHA.

  34. Puxa vida, não costumo comentar nas matérias…. mas o melhor dessa matéria daqui foram os comentários. Parece uma reunião de condomínio. Como somos diferentes uns dos outros. Até aí normal. O problema é a falta de respeito pelas opiniões alheias. Nem falo dos palavrões… quem não fala, certo? Então, se todos aqui se respeitassem, e se unissem, teríamos uma Porto Alegre melhor. Adoro minha cidade, mas o povo não é unido e fala mal da própria terra. Tem defeitos, e daí? Todos os estados tem seu ranço. E o gaúcho também o tem! Ou acham que o estado ao lado tem povo melhor do que o nosso? Não tem como comparar! Sim, temos problemas para caramba, mas tem muita coisa boa aqui. É fácil ser um expert em qualquer assunto aqui nos comentários. Vejo engenheiros, antropólogos, filósofos, de tudo um pouco (#sarcástico). Usem essa especialidade toda para construir a sua cidade melhor. Mas isso não é demagogia minha: sejam pessoas melhores nas suas casas, no seu bairro, com as pessoas próximas, larguem a porra do Facebook um pouco e converse com seu vizinho.
    Sobre o museu, é puramente falha de administração. Não é culpa do portoalegrense. Agora eu sou obrigado a lembrar do museu? Já fui lá e achei do caralho, mas onde tu vê fomento na mídia sobre visitá-lo? NADA! O poder público tem o “poder” de fomentar isso, mas não tem vontade pra tal. O público não pode ser tachado de ignorante por não visitar um museu. Se o Estado fomentar e incentivar nas escolas, por exemplo, isso começa a andar. É uma cadeia de eventos que ninguém toca. Sabe quando eu conheci o Margs? quando fui numa excursão do meu colégio… pasmem: estadual, que foi demolido para dar lugar para a Arena do Grêmio… então, para vocês verem o que é prioridade para o poder público. Mas essa ida ao Margs me rendeu novas idas por lá, depois para levar minha esposa e depois os filhos. Tem que começar por algum lugar. O povo não vai fazer isso sozinho pois não tem inteligência coletiva para se dar conta disso.

  35. Me desculpe, a todas pessoas que defendem esta obra, mas eu, mesmo sendo apenas uma estudante, a vejo com os olhos do futuro, e meu caro, esta obra foi um dos deslizes do grande Alvaro Siza, suas obras são maravilhosas, mas gostaria muito que conversasse com as pessoas que realmente entendem sobre arte, para o qual a obra foi construída, é um museu de arte que não responde as necessidades para o qual foi criado.
    Porém não defendo os que acham que este museu não deveria existir. Sim, necessitamos de arte, de cultura, porém, o dever de um arquiteto é responder as necessidades, e resolver os problemas que encontramos para a criação de uma “obra de arte”.
    As grandes obras do Siza que me perdoem mas este “elefante branco” o rebaixou entre os meus ídolos

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