Boa noite (aí em Abu Dhabi, no caso), Renato!

Por Samuel Sganzerla

Há coisas, Renato, que é difícil de se colocar em palavras. Faltando cerca de 72 horas para entrarmos nos campos árabes, há uma imensidão de gremistas deste lado do planeta que ainda não sabe muito bem como se sentir em relação à estreia iminente no Mundial de Clubes. A embriaguez do Tri ainda é o único remédio possível para a angústia dos que fogem de quaisquer projeções.

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Agora há pouco foi definido nosso adversário na semifinal. O Pachuca derrotou o Wydad Casablanca. Um jogo feio, que fez todos os comentaristas nos cravarem como grandes favoritos – e os secadores saírem se vacinando de CORNETA PREVENTIVA. Deixe que digam, que pensem, que falem.

Nós gremistas sabemos que não tem jogo jogado. Analisando friamente e racionalmente falando, poderíamos dizer que temos a obrigação de ganhar terça. Mas futebol não seria o esporte mais popular do mundo se não fosse o palco perfeito para tragédias e glórias inesperadas.

Aprendemos a olhar com cautela para esse jogo que precede a grande decisão do Mundial com nosso próprio coirmão (da melhor forma, diga-se). A histórica superioridade Europa/América do Sul no mundo da bola não entra em campo sozinha – e erros evidentes estão aí para não serem repetidos. Espero que os mexicanos estejam sendo muito bem estudados e que os jogadores estejam focados no treino neste momento.

Para ser bem sincero, Renato, não sei o que pensar ainda do destino que o calendário da CONMEBOL deste ano nos traçou. Otimistas, por um lado, falam no lado positivo do intervalo curto: o time preservado, encaixado, em ritmo de jogo. “Se tivesse meio ano pela frente, perderíamos metade dos jogadores”, afirmam.

Não lhes tiro a razão. Apenas gostaria de passar mais umas semanas me regozijando em loucura, alento, trago e amizade. Dez dias depois da glória libertadora e já estamos nos preocupando com o próximo desafio. Faz parte, claro! Ser gremista e não ser ambicioso é uma incoerência, um paradoxo existencial.

De toda forma, Renato, como não consegui ir ao aeroporto durante a semana, vim te desejar boa sorte. A ti e a todos os jogadores. Que estejam ENDIABRADOS como estiveram em Lanús. Que os deuses da bola estejam sorrindo novamente para nós.

Pode haver meio mundo de distância entre nós que não pudemos ou não conseguimos embarcar para os Emirados Árabes e vocês, mas estaremos todos nas milhares de vozes que estarão nas arquibancadas do Hazza Bin Zayed. Porque é como Nigri e Lupi imortalizaram: com o Grêmio, onde o Grêmio estiver.

Que seja o primeiro passo para o Bi!

Saudações Tricolores!

E segue o baile…

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