Tornar-se um Robinson Crusoe, uma boa ideia para jornalistas

Moyenne Island Seychelles
Moyenne Island Seychelles

As Ilhas Seychelles estão perdidas no meio do Oceano Índico. Antigamente, eram muito visitadas por piratas. Não há nada próximo. A Moyenne é uma pequena ilha do arquipélago. Tem 9 hectares e fica ao lado da maior das ilhas. De 1915 até os anos 70, o local ficou abandonado, até sua compra por parte de Brendon Grimshaw, um bem-sucedido editor de um jornal de Yorkshire, Inglaterra. O que havia na ilha? Nada nem ninguém.

Até sua morte, em julho de 2012, aos 87 anos, Grimshaw foi o único habitante da Moyenne. Ele comprou a ilha por £8.000 em 1962 e, poucos anos depois, começou a fazê-la habitável. A obra foi feita pelo ex-editor com a ajuda de um local, Rene Antoine Lafortune. Após a primeira ajeitada, eles passaram a cobrar o correspondente a 12 euros por visita, o que daria aos visitantes a chance de vagar pela ilha, jantar com Brendon e relaxar na praia.

Enquanto isso, Grimshaw e seu amigo plantavam dezesseis mil árvores, abriam 3 Km de trilhas naturais, traziam e criavam tartarugas gigantes. Fizeram tudo sozinhos. Também deram respeitosa direção à incrível variedade de vida vegetal e de pássaros naturais da região. A tartaruga mais velha das atuais 120 chama-se Desmond e tinha 76 anos de idade, de acordo com Grimshaw em 2012. Ele a chamava de seu afiliado.

Hoje, a ilha vale 34 milhões de euros. Para melhorar, Grimshaw fez duas grandes escavações e encontrou indícios de esconderijos de piratas, mas nada de ouro. Atualmente, a Moyenne é um Parque Nacional e pode ser visitada como parte de viagens organizadas.

Pois é, após 20 anos de persistência, Grimshaw e seu assistente alcançaram seu objetivo de fazer Moyenne um Parque Nacional, agora conhecido como o Parque Nacional de Ilha Moyenne. Ele abriga mais espécies por metro quadrado do que qualquer outra parte do mundo. A ilha está a 4,5 quilômetros de distância da principal ilha.

Dizia Grimshaw: “Lentamente, as árvores cresceram e consegui água, luz e um cabo de telefone. No começo, nós não estávamos fazendo isso para tornar a ilha em um parque nacional ou qualquer coisa assim. Nós estávamos fazendo isso para torná-lo habitável para mim. Desde o momento em que pus os pés na ilha, sabia que era o lugar certo para eu morar”.

Brendon não foi um recluso. Ele adorava os visitantes e lamentava não ter casado. “Como eu poderia pedir a alguém para viver aqui? Nós não tivemos água corrente durante anos!”.

moy

moy 2

Brendon e Rene
Brendon e Rene

moy 3

1 comment / Add your comment below

  1. – Que IN-CRÍ-VEL!
    Fantástica a ideia do sujeito – UM entre milhões – que fazem BEM à espécie marinha . . .
    Se eu ganhar na Mega algum dia, quero viajar para lá as FÉRIAS TODAS !!
    (Bem: primeiramente é p’ciso começar a apostar; mas isso é apenas um detalhe, ha ha . . . )

Deixe uma resposta