Porque hoje é sábado, Gael García Bernal

Atendendo a pedidos.

Gael_Garcia_Bernal_01

Domingo passado, eu vinha correndo pela Redenção

Gael_Garcia_Bernal_02

quando um casal ficou vivamente interessado

Gael_Garcia_Bernal_03

em minha pobre e decaída pessoa.

Gael_Garcia_Bernal_04

Eram dois homens de braços dados.

Gael_Garcia_Bernal_05

Não os conhecia.

Gael_Garcia_Bernal_06

Um deles,

Gael_Garcia_Bernal_07

careca e de óculos escuros,

Gael_Garcia_Bernal_08

gritou à minha passagem

Gael_Garcia_Bernal_09

enquanto balançava a cabeça

Gael_Garcia_Bernal_10

daquele jeito tsc, tsc, tsc.

Gael_Garcia_Bernal_11

— Não dá pra entender!!! Por que o ‘Porque hoje é sábado’ só tem mulheres???

Gael_Garcia_Bernal_12

E segui minha corrida,

Gael_Garcia_Bernal_13

conjeturando sobre as exigências dos sete leitores

Gael_Garcia_Bernal_14

de meu blog.

Gael Garcia Bernal Even the Rain

5 comments / Add your comment below

  1. AQUELES DOIS /1/
    by Ramiro Conceição

    Eram dois aqueles moços.
    Um, moreno, era charmoso.
    Meigo, era o outro, o louro.
    Exótica harmonia…
    Um, de pele negra, era Raul.
    O outro, de olhar azul, Saul.
    Daquela vez
    se decifraram
    aqueles moços:

    Raul, do Norte;
    do Sul… Saul.

    Que sorte!
    *
    *
    DESAFIO
    by Ramiro Conceição

    Cheguei a uma crua e incerta verdade:
    nunca saberei quem sou e nem quem é
    o outro, principalmente. É, sou apenas
    aqui um coadjuvante… Tal qual todos.

    Pelos corredores de cada personalidade,
    há portas somente abotoadas. E por fora,
    por toda parte, resta o rabisco da cidade.

    Portanto, parece muito provável
    que nunca saberemos da razão
    do nosso rancor e muito menos
    do porquê do coração às vezes,
    ao mesmo tempo, ser amoroso.

    O que nos resta é a tentativa de organizar uma festa
    ao mistério que se manifesta aos poucos, e a todos.
    Sim, quase com certeza, esse é o desafio da beleza.
    *
    *
    OFERENDA
    by Ramiro Conceição

    Por ser um ser de passagem,
    tal qual rosa de uma roseira,
    preciso inventar um perfume
    que enfeite as nossas mesas.

    Então perfume-se, comadre;
    e, compadre, se embriague.
    *
    *
    *
    P.S.:
    /1/ esse poema só foi possível devido a um post extraordinário, do Idelber Avelar, sobre o conto “Aqueles Dois”, de Caio Fernando Abreu.

Deixe uma resposta