A migração dos cinemas de Porto Alegre (Final)

Finalizamos aqui nossas visitas aos antigos cinemas de Porto Alegre. Não obtivemos todas as fotos necessárias para se façam as comparações entre o então e o agora de cada endereço, mas acreditamos ter feito um bom levantamento acerca da situação daqueles prédios, alguns deles derrubados, outros reformados, reaproveitados ou abandonados.

Sabemos que faltaram algumas salas. O principal motivo é que não encontramos registros fotográficos de alguns cinemas. Em outros casos, havia dúvidas até acerca de seus endereços.

Como curiosidade, vale informar que, para a edição de hoje, nosso fotógrafo estagiário, Bernardo Ribeiro, percorreu, de cinema fantasma em cinema fantasma, exatos 41,5 Km em sua bicicleta.

Leia e veja mais:

— A migração dos cinemas de Porto Alegre (Parte 1 – Centro)
— A migração dos cinemas de Porto Alegre (Parte 2 – alguns bairros)

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O cinema Marrocos ficava na Av. Getúlio Vargas, no bairro Menino Deus, quase esquina com José de Alencar.

Verdadeiramente imenso, azul e absolutamente frio durante o inverno, foi inaugurado em 26 de setembro de 1953. Fechou em 30 de junho de 1994.

Hoje é uma garagem, como vemos abaixo, na foto de nosso leitor Fernando Guimarães.

Além da garagem, há uma farmácia, pequenas lojas e, sobre o velho cinema, um restaurante.

Foto: Bernardo Jardim Ribeiro / Sul21

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O Coliseu é de 1915 e ficava na Av. Voluntários da Pátria, esquina com a Pinto Bandeira, junto à Praça Osvaldo Cruz.

Esse prédio lindíssimo era um cinema para 3000 lugares

Hoje abriga a loja Du Pé, além de outras casas e salas comerciais.

Foto: Bernardo Jardim Ribeiro / Sul21

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Em 24 de junho de 1914 surgiu o Colombo, na Av. Cristóvão Colombo, nº 1370.

Nada mais resta dele.

Foto: Bernardo Jardim Ribeiro / Sul21

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Em 1952, foi aberto cinema Miramar na rua Aparício Borges, nº 2730, quase esquina com av. Bento Gonçalves, bairro Partenon.

O Miramar em 1978
O Miramar em 1978

 Hoje é uma loja da Piccadilly.

Foto: Bernardo Jardim Ribeiro / Sul21

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Em 16 de dezembro de 1957, é inaugurado o Pirajá, na Av. Bento Gonçalves. Fomos informados que ficava na  esquina com a rua Teixeira de Freitas, no bairro Partenon e que lá haveria hoje uma loja de ferragens.

Observando a foto abaixo, concluímos que o prédio não ficava exatamente na esquina, mas era o segundo. Aquele cuja foto abaixo só mostra parcialmente, à esquerda. Durante a semana substituiremos a foto.

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O cinema Rey abriu em 26 de junho de 1954, na av. Assis Brasil, nº 1894, na Volta do Guerino, bairro Passo D’Areia.

O cinema deixou de funcionar em agosto de 1980. No seu lugar foi construída a loja Empo.

Foto: Bernardo Jardim Ribeiro / Sul21

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O cinema Teresópolis é de 1953. Ficava na Av. Teresópolis, 3235.

Em seu lugar, hoje há uma agência da Caixa Econômica Federal.

Foto: Bernardo Jardim Ribeiro / Sul21

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Mesmo depois de muitas tentativas, não conseguimos fotos do valente, artístico e sofisticado Palermo, sala do centro da cidade, na Av. Sete de Setembro.  O cinema é de 1953 e não sabemos quando foi fechado. Hoje, temos em seu lugar a Garagem Ceres.

Foto: Bernardo Jardim Ribeiro / Sul21

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O Mônaco foi efêmero. Iniciou suas atividades em 1958 com Corações em Angústia e fechou em 1960. Não encontramos imagens antigas do Mônaco.

Foto: Bernardo Jardim Ribeiro / Sul21

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O Brasil era de 1943 e não há fotos suas. Ficava na Av. Bento Gonçalves, 1960, esquina Cel. Vilagran Cabrita, no Partenon.

Foto: Bernardo Jardim Ribeiro / Sul21

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O brioso e duradouro Gioconda permaneceu em atividade entre os anos de 1925 e 1972. Abriu com o pouco comercial nome do bairro: era o Cine Tristeza. Ganhou o nome da obra de da Vinci em 1934. Ficava nas proximidades da rua Armando Barbedo. Inclusive há ali uma rua chamada “Beco do Cinema Gioconda”.

Foto: Bernardo Jardim Ribeiro / Sul21

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Finalizamos com o pequeno Tamoio. Nasceu em 1957 no número 2129 da Av. Cavalhada. Casa para 600 lugares, hoje abriga os vazios e as picanhas da boa Churrascaria Kasarão”. Quem entra na churrascaria, logo nota o cinema que ali havia.

Foto: Bernardo Jardim Ribeiro / Sul21

Os atuais donos projetam imagens de TV na antiga tela.

Foto: Milton Ribeiro / Sul21