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  1. Acho que acertei na minha aposta – mais uma poeta desconhecida cujo nome só acertarei no futuro por causa do futebol: Hertha, de Hertha Berlin, e Müller, dum dos maiores atacantes que a Alemanha já teve (no nível dum Dario, se bem me lembro, mas…). Vai ver que também ela é uma poeta falida, restando-me aguardar o não cumprimento da profecia seguinte – que dona Hertha sobreviva anos e anos após o recebimento do laurel, etc. Poderiam dar um prêmio póstumo à Cora Coralina…

  2. Li agorta em O Globo. O sobrenome certo seria Mueller; na verdade é romena que exilou-se no período Ceaucescu (é assim que escreve?) e publicou prosa também, inclusive um livro em 2004, no Brasil. Nem tão hermética e secreta assim.

  3. A cada ano, o Nobel me convence de que sou ignorante em Literatura. Nunca ouvi falar em Herta Müller. O ganhador do ano passado, Le Clézio, conhecia-o apenas de nome. Sem contar que os mais cotados nunca vencem. Acredito que Philip Roth, Vargas Llosa, Carlos Fuentes, Amós Oz e outros menos cotados (minha torcida era para Ernesto Sábato) deveriam receber o prêmio. A Academia Sueca quer divulgar autores ou premiar os melhores?
    http://cassionei.blogspot.com/2009/10/nobel-de-literatura-de-2009.html#links

  4. Essa vai ficar na extensa turma da Elfriede Jelinek, Jaroslav Seifert e companhia, que não precisaram morrer para continuarem esquecidos. Minha torcida era para o grande Cees Nooteboom.

    1. No mesmo tom

      A mordaça é um objeto indireto
      aplicado com diligência
      depois de percorrer os trâmites
      com discrição e silêncio.

      Duas aplicações: olhos, boca
      Nos olhos, para a disposição de ver
      na boca, para a de contar
      para o resto, não se cogite (por deus!)

      Eficiência moderada: enquanto
      cala, estimula a imaginação, enquanto
      mira, não atinge seu alvo, equanto
      suprime, não percebe o gesto da mão

      Muitas limitações: aplicação individual
      multiplica duas, três, mil vezes
      a palavra que não se quis ouvir
      o retrato que se preferiu ignorar

      No mesmo tom, com iguais objetivos
      cada um aplica em si mesmo, diretamente
      a mordaça, instrumento tal e qual
      um outdoor, autofalante, anúncio no jornal

  5. Os dois únicos livros de Herta Müller traduzidos no Brasil são o mais recente O compomisso, com tradução de Lya Luft, e O homem é um grande faisão sobre a Terra . Além disso, seu conto A canção de marchar, foi publicado no livro Escombros e caprichos: o melhor do conto alemão no século 20. Ele pode ser lido no Mundo Livro, blog literário do jornal gaúcho Zero Hora.

    Recorte de artigo na The Economist de hoje p/ o crasso (segundo Milton) do Marcos Nunes

    There are plenty of sceptics, not least in São Paulo, Brazil’s financial and industrial centre, where Rio is often dismissed as a party town. (With Brazil scheduled to host the football World Cup in 2014, Paulistas joke that Cariocas, as Rio’s residents are called, are planning to take 2015 off.) The Pan American games held in Rio in 2007 reportedly cost ten times the official budget, and left behind underused arenas.

    But there are reasons for hoping that Rio might just succeed, where other places have failed, in imitating the achievement of Barcelona, which used 1992’s games to reinvent a city. Rio has been declining for half a century, since it lost its status as the national capital to Brasília. For most of this time, the city and surrounding state have been poorly governed and brutally and badly policed. Manufacturing and banks moved to São Paulo, favelas multiplied and the only growth industries seemed to be drug-trafficking and gang warfare. One in six Cariocas is poor.

  6. (Milton, mil desculpas pelo off topic, por isso comento em um post mais antigo, depois de ler por favor apague. é que realmente não encontrei teu e-mail por aqui. você pode me dar um retorno? quero te falar algo. aguardo.)

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