Amizades

Ontem, a Caminhante publicou um post sobre a finitude das amizades. Essa coisa de amizade eterna, guarida permanente, resistente a chuvas, trovoadas, empréstimos, traições e discordâncias funciona muitas vezes entre homens, casais de todo gênero ou mulheres, porém sua natureza é semelhante à dos casamentos – ou seja, podem acabar, com maior ou menor dor, maior ou menor convicção. Dentre as frases que Caetano Veloso escreveu, muitas delas ficaram em nossa memória por sua poesia e outras ficam apenas na memória de Dona Canô… Uma do primeiro grupo é esta de Língua:

E sei que a poesia está para a prosa assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior
E quem há de negar que esta lhe é superior
.

Pois é. A amizade talvez seja superior por sua pureza. Ela não é uma empresa como o casamento. Não costuma envolver patrimônio ou filhos, as traições são contornáveis, os ciúmes são raros ou menores, mas a amizade é uma forma de amor e acaba sim. E bem acabada.

No último dia 26, fez aniversário uma ex-grande amiga minha. Conheci-a por ela ter repentinamente surgido como namorada de um de meus melhores amigos, amizade esta preservada até hoje. Eles casaram, separaram-se e convivi mais com ela do que com ele no período após a separação. Nós, na verdade, tornamo-nos inseparáveis desde o primeiro momento. Penso que tenha contribuído para a amizade o nenhum interesse físico que nutríamos um pelo outro. Ela, uma baixinha que fazia questão de homens altos; eu, um nanico (1,71 m) sempre gostei de mulheres do meu tamanho. Ela, loiríssima de olhos azuis, era muito branca para meus padrões; e eu certamente não a atraía de modo nenhum. Não obstante a falta mútua de tesão, ambos tínhamos, separadamente, movimentada vida amorosa, tanto que, em mais de 20 anos de convivência, nunca pudemos sequer pensar em algo entre nós, pois quando um estava desocupado, o outro não estava, o que nos impedia de abrir o tal bar.

(Quando o processo histórico se interrompe, quando a necessidade se associa ao horror e a liberdade ao tédio, a hora é boa para se abrir um bar.

W. H. Auden.)

Sabíamos tudo um do outro, fazíamos visitas telefônicas a cada acontecimento importante, a cada bom filme, livro ou música. Os jantares a quatro eram semanais. Eu acompanhava o desenvolvimento de sua tese sobre linguagem e dava palpites. O mesmo acontecia em sentido contrário. Tínhamos liberdade para tocar em qualquer assunto, pessoal ou não, discutíamos o que convencionalmente não se fala, como as melhores posições sexuais na opinião de cada um, etc. Tive dois filhos, me separei, casei, ela teve uma filha com o novo marido e tudo ia muito bem entre jantares e telefonemas até que a houve a surpresa. Minha filha quis morar comigo e contei a novidade para ela. A recepção que ela deu à notícia foi inexplicável, ainda mais tratando-se de uma psicóloga ultraliberal (pero no mucho). Disse que os filhos eram da mãe e fim. Como sabia que seu novo casamento já estava aos cacos e que sua posição talvez estivesse sendo “ditada pela dor”, ouvi toda a absurda argumentação quieto, por mais que me ofendesse ouvir aquilo. Passados alguns dias, tudo voltou ao normal, mas a nuvem não sairia dali; demorou um pouco, mas logo começou a despejar seus raios.

Eu voltei ao assunto e ela pediu que eu não falasse naquilo. Só que eu estava monotemático. Pensava que, se não admitisse a vontade da Bárbara e lutasse por ela, estaria causando um mal indelével à nossa relação de pai e filha. Além do mais, aquilo era mais fácil de prever do que a vitória do Flamengo sobre o Grêmio no fim de semana. Tinha que agir, mesmo que tivesse pedido seis meses para que nós dois pensássemos. O resto foi o resto. Ganhei a guarda da Bárbara e tenho certeza de que foi bom para nós; porém, neste ínterim, o afastamento para com minha amiga foi aumentando de tal forma que hoje nem nos falamos.

Soube que hoje está separada do pai de sua filha, minha afilhada. Deve ter outra pessoa. Mas não sei quem é e hoje não há mais jeito. Foi demais. Ou seja, a amizade acaba. Acho que um casamento não acaba por pequenas diferenças, as pequenas diferenças são contornáveis, ele acaba por diferenças que tornam impossível o convívio. O mesmo ocorre com as amizades. As pessoas mudam e as linhas paralelas que deixavam com que os amigos pudessem sorrir um para o outro de forma reconhecível, às vezes afastam-se, fazendo com que se desconheçam.

Amizade para sempre é bobagem. Concordo com a Caminhante quando ela diz: “Quando as amizades chegam ao fim, não vejo como fracasso ou culpa”.

16 comments / Add your comment below

  1. Três anos numa só palavra

    Ele apareceu vindo em minha direção, sem notar que eu me encaminhava justo na direção dele, como é óbvio, mas deixou de ser, ao menos para mim, porque ele não me notou.

    Certo, já se passaram dez anos. Éramos mais jovens, mas não somos assim tão velhos. Talvez seja apenas aversão, tipo ele não quer me ver, está fingindo que não estou à sua frente, se aproximando bem rápido e… bom, ele pode ter mesmo esquecido de mim.

    Não foram tantos anos assim. Ficamos juntos três, três aninhos. Neles, cada qual tocava lá seu projetinho de vida. Juntos, talvez mais pela empatia sexual do que por qualquer outra forma de aproximação. Gozávamos na cama, ficávamos abraçados, felizes, trocando beijos, toques, afagos, afetos, tudo em silêncio.

    No final, viajei com uma bolsa do CNPq, e ele ficou à procura de emprego, o que conseguiu bem rápido. Trocamos números de telefone (na época os e-mails não eram difundidos, quase ninguém tinha Internet), ligamos algumas vezes, a coisa foi se perdendo, as obrigações aumentando.

    Sei, é uma história banalíssima. Nem sei por que a conto. Ah, sim! Deve ser porque, quando ficou a dois metros de distância de mim, nos sorrimos, apertamos nossas mãos, notamos as alianças nos dedos, fomos cordiais e trocamos cartões com telefones, e-mails, logotipos (o dele, de uma empresa bancária, o meu, de uma universidade pública)…

    Lembramos um do outro, afinal. Tanto que joguei fora o cartão dele na primeira lixeira. Ele deve ter feito o mesmo com o meu. Pentelho, tantos anos juntos e só ficaram trepadas para contar nossa história. Nem um cordão de bijuteria, sem um anel de noivado, nada. Um livro que fosse. Ou um sorriso especial, só meu. Nada. Pensando bem, deixe-me lembrar… ah, não consigo? Você pode me dizer, afinal, qual é mesmo o nome dele?

  2. Sim, amizades começam e terminam, ou mesmo se fortalecem ou enfraquecem. E querendo ou não, fazem de maneira circustancial.

    Algumas se foram por entre os dedos e nem vi;normalmente ficam lembranças boas dessas. Noutras o assalto foi mais doloroso, e essa parte triste pesa…

  3. GEOMETRIA
    by Ramiro Conceição

    Tanto o amor
    quanto a amizade
    obedecem
    a geometria.
    Às vezes,
    no mesmo plano,
    são alegrias.
    Em outras,
    em paralelos,
    são agonias.

    RUAS
    by Ramiro Conceição

    Duas ruas entrelaçaram-se
    durante várias primaveras.

    Na primeira: um poema imortal.
    Na última: um tumor terminal.

    Duas ruas.
    Dois silêncios.
    Dois avessos.

    Entre reversas,
    não há versos:

  4. É milton. As amizades, boas ou ruins, ficam ou passam sem que possamos dizer um ai.
    O curioso é que não são as grandes diferenças que as acabam e sim os pequenos e insuperáveis detalhes.

  5. bah, entendi muito esse post.

    um amigo meu, de anos, deixou de ser meu amigo quando foi irônico e debochado quando anunciei para ele que teria a Morgana, assumiria e daria um jeito.

    além de levar toda aquela argumentação inútil de “porque tu não te cuidou”, que já não servia de nada naquele momento, ainda fez deboches com a minha situação – a minha mulher ganhava mais que eu, etc.

    nunca mais nos falamos.

    não sinto qualquer culpa disso.

  6. Em tempo: citaste um trecho duma música do velho compositor baiano que dizia que sabia que a poesia está para a prosa assim como o amor está para a amizade; gosto mais da canção de letra abaixo, na íntegra, da mesma lavra do velho compositar baiano:

    Falou amizade
    E por toda cidade ecoa
    A letra dos livros voa
    Falando amizade
    Por toda cidade boa

    O sonho já tinha acabado quando eu vim
    E cinzas de sonhos desabam sobre mim
    Mil sonhos já foram sonhados quando nós
    Perguntamos ao passado “Estamos sós?”

    Mil sonhos serão urdidos na cidade
    Na escuridão, no vazio, há amizade
    A velha amizade
    Esboça um país mais real
    Um país mais que divino
    Masculino, feminino e plural

  7. Estou duplamente honrada. Além do meu texto ter gerado outro texto (por sinal, excelente. Teria que escrever um terceiro texto para comentar), ganhei uma poesia do Ramiro todinha pra mim, lá no meu blog! o/

  8. Antes que se esqueça
    (historinha banal)

    Eram duas horas da tarde de terça-feira, o calor derretia em sua inaparente persistência milesimal o busto do marechal da praça em frente da casa de Hilírian;a pequena cidade reverberava com um silêncio de feriado da Santíssima Padroeira que servia a aumentar ainda mais a impressão de calor, enquanto Hilírian tomava um banho demorado, esfregando pela décima vez o sabonete de pacholli no rosto distraído.

    Não era o tipo que cantava no chuveiro, mas a àgua fria o relaxava de modo suficiente para poder esquecer por um momento os pequenos problemas profissionais e divagar sobre assuntos menores que, mesmo entre amigos, não era comum vê-lo dedicar uma grama de seu tempo. Pensava, por acaso, em seu amigo dentista Queimópolis Diométrio. Ria, enquanto, de olhos fechados, deixava a agua escorrer a espuma do sabonete. A começar pelo nome, Queimópolis nada tinha de confiável, pensava!; nenhuma precisa máquina de mensuração poderia dar a direção do que estava por fazer no próximo minuto. E dentista?

    As pessoas que não conhecessem Queimópolis (Hilírian pensava) , poderiam jurar que com aquela cara sisuda, aquele bigode espesso, e a circunspeção por todos os seus quase dois metros de altura, Queimópolis era o mais misantropo dos homens. E contudo, bastava um instante a seu lado, para se ter a certeza de que era um espírito farreador confinado no corpo errado, o que de já lhe potencializava involuntariamente o humor.

    Enquanto Hilírian derivava nesses assuntos, eis que à porta da casa chega ninguém menos que…Queimópolis Diométrio, de shorts e camiseta sem mangas que revelavam estar aproveitando a féria da melhor maneira possível; bate de leve umas quatro vezes à porta, olha em torno da praça desolada sobre a qual o sol ensandecido desidratava as poucas àrvores, gira a maçaneta e, a porta se entreabrindo, passa para o lado de dentro da casa de Hilírian.

    Vasculha com seu olhar de filósofo alemão carregado de suspeitas sobre a raça humana, e ouve o chuveiro ligado. Ao mesmo tempo, na abordagem de vasculhamento pela sala do amigo, dá de frente com a carteira de Hilírian por sobre uma estante de livros de Direito. Sem dizer palavra, a abre, ve o maço de dinheiro ali dentro, retira uma nota de cinquenta reais, deposita silenciosamente a carteira de volta onde estava, e sai na ponta dos pés da mesma forma que entrou: inconspícuo.

    Hilírian sai do banho, se enxuga, se veste com roupas sóbrias mas mais leves que as que costuma usar no escritório, se calça com umas havaianas floridas _ seu único e corajoso toque de humor, segundo o amigo Queimópolis_, e se prepara para ir na sessão de carteado na casa do doutor Claudeon.

    Leva uns pacientes 30 minutos para cumprir esses rituais, quando então, já à porta aberta, quase tromba com o entregador da padaria. Aliás, os DOIS meninos responsáveis pelas entregas da padaria Cinco Irmãos, que estavam parados à frente de sua casa com três cestas repletas de todos os tipos de pães e roscas.

    _ Doutor Hilírian, a sua encomenda!_ o rapaz mais velho diz,ao mesmo tempo que da as ordens para o outro desmontar a carga e colocá-la na cozinha da casa.

    _ Eu não pedi nada disto, guri!_ Hirílian fala, atônito, apontando de maneira impotente para a profusão de pães que saíam pela boca das cestas.

    Aparentemente negando a ouví-lo (não se dispondo a fazer a viagem de volta com aqueles pães e sob o calor terrível), os dois meninos entram pela casa, depositam as cestas no chão da cozinha e, antes de partirem, dizem: Preocupa não, Doutor Hilírian, que o senhor já pagou!

    Hilírian, contrafeito, fecha a porta, confere a carteira…50 reais faltando. Com o semblante dos mártires conformados, recita baixinho, como um mantra invertido: Queimópolis!

    Liga para o Doutor Claudeon e, sem contar nada, sem transparecer que algo inusitado tivesse acontecido, desmarca a sua presença para o jogo, inventando um contratempo qualquer. Antes de desligar, pergunta ao Doutor Claudeon:

    _O Queimópolis està?

    _Foi o primeiro a chegar, e já ganhou as duas primeiras partidas!

    Pelas próximas horas, Hilírian se dedica a distribuir os pães e roscas pela vizinhança,batendo às portas sentindo incomodar com aquele presente despropositado as pessoas já angustiadas pela modorra do feriado. Pela semana toda, ainda lhe restava um pão para dar a um amigo ou cliente, que aceitava com um sorriso sincero de que talvez fosse mais um dos costumes decentes que o doutor havia trazido de suas viagens pela Europa. No fim, a cidade fica sabendo da proeza pela boca falsamente lacônica de Queimópolis, e o Doutor Hilírian, já quase à beira do emputecimento, tem que balançar a cabeça num ato de contínua desistência diante as risadas e as vênias de “Ah! Esse doutor Queimópolis! Ele está para existir,… para ser inventado”

    No próximo encontro de cartas, o assunto está aceso, e o Queimópolis, expelindo o insenso negro de seu charuto, olha sério para o amigo e diz:

    _ Tu tens que se livrar dessa carranca, Hilírian! Vive-se mais!

    Seis meses se passam. Assuntos outros tomam conta da rotina da cidade. Hilírian, numa quarta-feira de velocidade à toda, interpela a secretária que estava para anunciar o próximo cliente, diz que já volta; sai pela porta dos fundos, anda apressado rua abaixo, mal devolvendo os cumprimentos das pessoas que encontra pela frente; espera aflito que os carros do cruzamento passem para atravessar para o outro calçamento, dobra três esquinas com a cara mais atribulada do mundo.

    Sem parar para respirar, entra no consultório onde a grande placa de mármore anuncia em letras arábicas indiscretas “Dr. Queimópolis Demétrio El Assal, cirurgião dentista, M.M.S., D.D.T.”;arruma a franja do cabelo, pigarreia e simula um sorriso cordial para falar com a atendente. Encontra, por obra de Deus, a sala de espera vazia;entra na ante-sala onde o dentista costumava se trocar, dá de cara com a pasta de Queimópolis; a abre, confere a carteira do amigo e, olhando para os lados para se certificar de que ninguém estava por perto, retira uma nota de cem.

    Na padaria Cinco Irmãos, troca o dinheiro, guarda 50 na carteira e encomenda com o restante tudo que tiver de pães e roscas para serem entregues ,já, no consultório do doutor Queimópolis Demétrio.

    Liga para o escritório mandando que a secretária invente um empecilho inadiável para os fregueses à espera, e volta para casa mal se contendo. Chegando em casa, desfaz-se dos sapatos, calça as havainas floridas, se senta no sofá e, incontrolavelmente, repassa o ato inúmeras vezes, derretendo-se de lágrimas escandalosas de tanto rir.

  9. ( em vez de cancelarem a assinatura da Folha, transfiram-na para mim! Vibrei com o artigo do Celso Benjamim, “Os Filhos do Brasil”, que li na íntegra no post de ontem do blog da Madame Mean)

    1. Vibrou por causa de que?

      Vou te contar a historinha como de fato aconteceu.

      A reunião ia pra lá de enfadonha, quando Lula se deu pela presença do Cesinha, e lembrou das histórias que contavam sobre ele. Para sacaneá-lo, falou “E aí, fiquei sabendo dos teus anos de cadeia, barra né, olha, eu só fiquei 30 dias e não deu pra segurar, sabe por que? Não passo esse tempo todo sem boceta, sem comer alguém”. Olhando sorridente para a cara do Cesinha, manda essa: “Tanto que, na cana dura, pintou um menino do MEP, jovem, lisinho e tal, eu pensei logo, agora que eu tiro meu atraso”. Quanto mais o Cesinha ficava estarrecido, mas o Lula se divertia, pois sabia que estava reportando a um dos terrores do passado do outro, um bobão com cara de ingênuo e politicamente cru. “Parti pra cima dele, na boa, olha aí, menino, libera o rabo que o companheiro tá precisando duma caridade. Ah, não? Como não? Vem cá! Parti pra cima, mas o menino não era nada fraco, reagiu, me deu uns socos, machucou, tive que desistir. E olha que só foram trinta dias, imagina se fossem 3 anos!”. E ria desbragadamente, a exemplo dos outros, todos tirando sarro do Cesinha, lívido. Brincadeira sem graça? Talvez, e politicamente incorreta. Mas estávamos ainda no século XX…

      Daí que o Sesar, fora do partido, remoendo sua vontade de tirar a máscara do Lula (quer dizer, pelo menos uma), divulgou sua versão, esquecendo que Lula ficou preso numa cela com umas dez pessoas, entre elas figuras hoje politicamente divergentes dele, mas que negam categoricamente o atentado à virilidade do “menino da MEP”, já localizado pela própria Folha, um cara que hoje é casado, tem filhos, permanece filiado e eleitor do PT, também nega a história e considerou a metéria do Cesar um horror.

      Antes de comemorar, saiba mais um pouquinho. Foi mais uma canoa furada em que te meteste com teus companheiros. De presente, não irás ganhar a minha assinatura da Folha.

  10. Tive uma amiga que quando se casou se afastou de mim e até hoje não entendi e nem procurei entender… O mundo é grande e cheio de possibilidades.
    Tenho uma amizade de 25 anos, mas sei que um dia pode acabar… acho que sou pessimista; nunca pensei que amizade durasse ‘até que a morte separe’… talvez por não ter sido muito social e ter preferido livros a pessoas.

  11. Milton Nascimento escreveu também sobre a amizade “Amigo é coisa pra se guardar…”
    Sei que tenho um amigo por diversas maneiras, uma delas é ver algo interessante, bonito, curioso e pensar:
    – Ah, queria tanto que o Milton estivesse aqui pra ver…

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