Copiado do blog português O homem que sabia demasiado.
Quando pensamos que hoje existem celebridades no mundo do espetáculo e do cinema, nem sempre nos lembramos que este não é um fenômeno recente. Desde o período do cinema mudo que grandes estrelas do cinema arrastavam multidões de fãs e seguidores.
Foi assim, por exemplo, com o gênio de Charlie Chaplin. Depois da primeira década de trabalho ter sido de pouco reconhecimento (1910), a fama chegou em força a partir do final da mesma década e no início dos anos 1920.
Esta fotografia é espantosa pela forma como se revela aos nossos olhos: nela vemos Chaplin em trajes “civis” aos ombros de um homem para que toda uma incrível multidão de pessoas o possa admirar. Foi tirada em Londres em 1921, uma cena em total apoteose popular, quase parecendo que foi encenada de tão perfeita ser.
Uma imagem como hoje não há mais (clique na imagem para ampliar).
Fantástico..Maravilha de foto..
Fiquei em dúvida se a foto foi mesmo tirada em Londres, pois há muitas bandeiras americanas pelos mastros ao longo da rua….
aos ombros de Mr. Douglas Fairbanks:
http://www.retronaut.com/2011/10/douglas-fairbanks-boosting-charlie-chaplin-to-boost-the-liberty-loan-1918/
e aparentemente é de 1918, em Nova Iorque:
http://www.moma.org/collection/object.php?object_id=58797
PERGUNTA MACABRA
by Ramiro Conceição
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Muita coisa, na rede, diz que
“a poesia política… morreu,
após a bala…de Maiakovski.”
“Crítica social? Ora,
vire um jornalista!”
.
Dessa maneira,
em uma zoeira,
abortados, nasceram publicitários,
apresentadores de TV, astrólogos,
comentaristas de futebol, e até,
pasmem…, gurus sentimentais.
Alguns receberam até a chave
da respectiva cidade. Pasmem!
.
O lirismo foi proibido a não ser
quando…travestido com ironia.
Dessa maneira, abandonou-se
a última e matou-se o primeiro:
um pastiche…: não deu pra ler.
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Separaram-se palavras. Uniram-se palavras.
Inventaram-se aquelas… projetadas ao céu,
à noite…: era a idade do silício em que
nunca tantos… se comunicaram tanto
em um silencioso batuque de teclados.
Todavia, de fome, milhões morreram na Somália
e, a todo custo, tentou-se privatizar a Amazônia.
.
Por isso,
diante dessa construção global do cu do mundo,
por não ter conseguido separar a arte da política,
às vezes… a olhar-me no espelho, pergunto-me
com terror:
.
“Naquela noite, quando cães
fugiram do inferno, de qual
lado da gritaria eu estaria
naquele gueto de Cracóvia?”