Fora de tudo, mas dentro…
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ÀS MENINAS E AOS MENINOS DO BRASIL
by um estúpido poeta
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De saída, vou logo a dizer: sou um PhD em Metalurgia, portanto, um cego em Direito. Ninguém sabe tudo… Nem em sua área de expertise… Dito isso, vamos ao que interessa.
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Ontem, 16/12/2015, assisti a um voto de um Ministro do STF associado ao início do processo complexo de impedimento, da Presidenta da República, gerado pelo Presidente da Câmara. De fato, o discurso do Ministro pode ser considerado competente, pois digamos, apresentou as recomendações de Santo Agostinho que ressaltadas foram por René Descartes, na construção histórica do Direito /1/, quer dizer, um juízo justo deve conter:
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1 – A evidência – para aceitarmos alguma coisa por verdadeira, não podemos ter qualquer dúvida sobre a sua veracidade. À evidência opõe-se a conjectura, que é no essencial, dúvida, mesmo que temporária. A evidência é atingida por intermédio da intuição, aqui entendida como um conceito da mente, que no estado de pureza e de atenção, não é atingida por qualquer dúvida objeto do pensamento;
2 – A análise – as questões devem ser observadas no maior número de partes possível, simplificando-as, para que a razão possa ter um entendimento mais perfeito;
3 – A síntese – conduzir a investigação do mais simples para o mais complexo, é regra de ouro;
4 – A enumeração – o investigador deve realizar enumerações exaustivas e revisões gerais, de molde a que tenha a convicção de nada ter omitido.
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Passivamente fiquei a escutar a argumentação do Ministro: de fato, frases eruditas (desagradáveis às minhas longas orelhas… Mas… deixa pra lá), lógica impecável… Todavia, paulatinamente, comecei a perceber um palavreado frio, frouxo, técnico e, essencialmente, aético para um complexo processo jurídico-político (como, em dezenas de vezes, ressaltou o Ministro).
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Ao final do espetáculo do espetáculo restou:
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(i) Um ato criminoso foi considerado constitucional às letras da Lei;
(ii) Um contumaz ladrão foi inocentado pelo crime que cometeu de acordo com o regimento interno da Câmara;
(iii) Uma quadrilha, organizada pelo obstinado rapinante, adquiriu legitimidade constitucional para dar andamento ao processo contra a Presidenta (que não cometeu nenhum CRIME, talvez alguma FALHA DE GESTÃO…)
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Desliguei o smarphone (essa praga que registra o nosso estúpido entretenimento…) e cheguei à conclusão de que o Brasil é um país subdesenvolvido devido, principalmente, a sua Justiça prostituída secularmente por seus membros togados, digo, cafetões, subservientes ao capital – produtivo ou rentista – de plantão. (Santo Agostinho deve ter sido um idiota… E Descartes, um falastrão…).
BRINQUEDOS
by Ramiro Conceição
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Como descrever – a felicidade,
que é ver uma infância a pular
feito uma labareda a sair ou a entrar nos brinquedos
que de repente, aos poucos, se tornaram pequenos?
Como descrever o coração a compreender que a vida
é a ponte entre o nada e o primeiro grito…; e também
entre o último olhar e o silêncio contumaz do infinito?
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CALÇADAS
by Ramiro Conceição
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*
No início da manhã
janelas são abertas.
Com pés ao chão,
se reza à possível
proteção aos filhos.
As mulheres bem ou mal amadas,
no início da manhã,
varrem as calçadas… do Brasil.
Ufa!… Ocorreu um fio de lucidez na República: STF derrotou o infeliz voto do Fachin… Agora, a bola está com o governo… Começou o terceiro turno, pois o golpe escafedeu-se… Se acontecer um desastre, mesmo apesar da crise, não haverá desculpas… Espera-se de um governo o jogo de cintura necessário à reversão da crise, porque, se não houver tal superação, é melhor dizer adeus a 2018…
kkkkk
Sem comentários.
Fora de tudo, mas dentro…
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ÀS MENINAS E AOS MENINOS DO BRASIL
by um estúpido poeta
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De saída, vou logo a dizer: sou um PhD em Metalurgia, portanto, um cego em Direito. Ninguém sabe tudo… Nem em sua área de expertise… Dito isso, vamos ao que interessa.
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Ontem, 16/12/2015, assisti a um voto de um Ministro do STF associado ao início do processo complexo de impedimento, da Presidenta da República, gerado pelo Presidente da Câmara. De fato, o discurso do Ministro pode ser considerado competente, pois digamos, apresentou as recomendações de Santo Agostinho que ressaltadas foram por René Descartes, na construção histórica do Direito /1/, quer dizer, um juízo justo deve conter:
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1 – A evidência – para aceitarmos alguma coisa por verdadeira, não podemos ter qualquer dúvida sobre a sua veracidade. À evidência opõe-se a conjectura, que é no essencial, dúvida, mesmo que temporária. A evidência é atingida por intermédio da intuição, aqui entendida como um conceito da mente, que no estado de pureza e de atenção, não é atingida por qualquer dúvida objeto do pensamento;
2 – A análise – as questões devem ser observadas no maior número de partes possível, simplificando-as, para que a razão possa ter um entendimento mais perfeito;
3 – A síntese – conduzir a investigação do mais simples para o mais complexo, é regra de ouro;
4 – A enumeração – o investigador deve realizar enumerações exaustivas e revisões gerais, de molde a que tenha a convicção de nada ter omitido.
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Passivamente fiquei a escutar a argumentação do Ministro: de fato, frases eruditas (desagradáveis às minhas longas orelhas… Mas… deixa pra lá), lógica impecável… Todavia, paulatinamente, comecei a perceber um palavreado frio, frouxo, técnico e, essencialmente, aético para um complexo processo jurídico-político (como, em dezenas de vezes, ressaltou o Ministro).
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Ao final do espetáculo do espetáculo restou:
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(i) Um ato criminoso foi considerado constitucional às letras da Lei;
(ii) Um contumaz ladrão foi inocentado pelo crime que cometeu de acordo com o regimento interno da Câmara;
(iii) Uma quadrilha, organizada pelo obstinado rapinante, adquiriu legitimidade constitucional para dar andamento ao processo contra a Presidenta (que não cometeu nenhum CRIME, talvez alguma FALHA DE GESTÃO…)
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Desliguei o smarphone (essa praga que registra o nosso estúpido entretenimento…) e cheguei à conclusão de que o Brasil é um país subdesenvolvido devido, principalmente, a sua Justiça prostituída secularmente por seus membros togados, digo, cafetões, subservientes ao capital – produtivo ou rentista – de plantão. (Santo Agostinho deve ter sido um idiota… E Descartes, um falastrão…).
Ainda bem que sou poeta e amo os bonitos sorrisos das meninas e dos meninos que brincam debaixo do sol da inocência que os gerou…
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P.S.: /1/ https://s3b4h.wordpress.com/2012/06/16/o-discurso-do-metodo-e-as-4-regras-absolutamente-essenciais-rene-descartes/
BRINQUEDOS
by Ramiro Conceição
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Como descrever – a felicidade,
que é ver uma infância a pular
feito uma labareda a sair ou a entrar nos brinquedos
que de repente, aos poucos, se tornaram pequenos?
Como descrever o coração a compreender que a vida
é a ponte entre o nada e o primeiro grito…; e também
entre o último olhar e o silêncio contumaz do infinito?
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CALÇADAS
by Ramiro Conceição
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No início da manhã
janelas são abertas.
Com pés ao chão,
se reza à possível
proteção aos filhos.
As mulheres bem ou mal amadas,
no início da manhã,
varrem as calçadas… do Brasil.
Ufa!… Ocorreu um fio de lucidez na República: STF derrotou o infeliz voto do Fachin… Agora, a bola está com o governo… Começou o terceiro turno, pois o golpe escafedeu-se… Se acontecer um desastre, mesmo apesar da crise, não haverá desculpas… Espera-se de um governo o jogo de cintura necessário à reversão da crise, porque, se não houver tal superação, é melhor dizer adeus a 2018…
Meu não caiu. Paguei o payssandu.
bah, tamo perdendo um piadista… #sqn