Ontem pela manhã, eu estava sozinho na National Gallery. Era uma visita lenta e anotada para quando a Elena se liberasse a fim de realizar o mesmo périplo. Sentei para descansar numa das confortáveis poltronas lá disponíveis — esses museus enormes cansam meus delicados pés — e vi uma cena incrível. O pai de uma família chinesa estava encostando o dedo numa pintura de van Dyck, Caridade (Charity), para mostrar um detalhe do quadro.
Eu vi o fato e um dos guardas também. Ele correu aos gritos de “Você não pode fazer isso!”. Mais dois guardas correram para auxiliar o primeiro e eu só assistindo a coisa, disposto a também ir lá dar uns cascudos no nobre cidadão da República Popular da China. (Que Deus, Nosso Senhor, o respeite, ame, e esconda sua estupidez).
Foi quando o primeiro guarda reiniciou seu discurso. Ele disse:
— Este quadro está aqui para o senhor, para seus filhos, seus amigos, para o mundo inteiro e para as gerações futuras. O senhor simplesmente não pode repetir sua atitude aqui e nem em nenhum outro museu que o senhor visitar em sua vida. Jamais faça isso novamente, por favor.
Todo mundo logo ficou calmo e sério. E a visita seguiu normalmente. Só o cidadão tinha um sorriso amarelo, enquanto levava uma mijada da mulher em chinês.
Ele estava tocando bem aqui, ó:
Naquela parte escura do tecido, ao lado da mão.
British standards. O guarda seguramente poderia dar uma aula sobre este e vários quadros.
Experimenta fazer como sempre faço: perguntar aos(às) guardas quais suas obraa prediletas, e te prepara para uma aula de dar inveja a doutorando UFRGS.
Fiz isso. Não somente eles sabem onde estão tal e tal quadro, como dissertam a respeito.
Que lhe caiam todas as unhas, sinoasno.
Desesperador!!!
Achei um pouco agressivo e preconceituoso o autor afirmar várias vezes a nacionalidade da pessoa que cometeu o (condenável) ato, inclusive usando a alcunha “o china”.
Aliás, como pode saber a nacionalidade, só pela aparência e/ou língua falada? Se fosse uma pessoa clara e de olhos azuis, natural de alguma cidade de colonizaração alemã do RS, diria “um alemão enfiou o dedo na tela”?
Isso pode parecer preconceito, Milton. E deve mesmo ser, mas é assustador pensar que, cada vez mais, bandos de chineses, com seus paus de selfie, estarão percorrendo cidades do mundo inteiro e logicamente seus museus, metendo seus dedos onde não devem.
Eles são campeões mundiais em falta de educação, noção e grosseria. No sudeste asiático, que eles tiraram pra Disneyland, vimos situações que dariam um livro!
O chinês tocou no quadro, e olha que o brasileiro era você. (Piadinha auto-depreciativa para expurgar qualquer interpretação de preconceito.)
Hahahahaha