Ontem, O Empresário, de Mozart

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Ontem à noite, assistimos a uma pocket ópera que talvez tenha sido o mais estimulante, bonito, eufônico e engraçado espetáculo que vimos em 2019 em Porto Alegre. Com quatro das melhores vozes da cidade — por ordem alfabética, Daniel GermanoElisa LopesFranciscco Amaral e Raquel Helen Fortes, com o pianista Daniel Benitz, todo mundo sob a direção de Flávio Leite –, vimos ‘O Empresário’, de Mozart. A opereta foi escrita para participar de uma competição musical, em 1786, no Palácio de Schönbrunn, em Viena. O tema era o mundo dos cantores líricos.

Deste modo, mini-ópera trata das confusões de um empresário às voltas com duas primadonas vaidosas, estressadas e enlouquecidas para obter papéis de destaque em uma produção musical. Ninguém mais apropriado do que Mozart para fazer um retrato fiel e pertinente do meio operístico. A ação, em sua parte falada, foi trazida para os dias de hoje em concepção do Flávio Leite. A música é de altíssima qualidade com árias muito difíceis que foram levadas com arrebatador virtuosismo por parte dos cantores. Uma delícia ver estes grandes cantores exercitarem um insuspeitado — e imenso — talento cômico. Divertimo-nos um monte!

Estive lá graças à Elena, que viu o anúncio e sentenciou: nisso aqui a gente tem que ir! Guardei lugar pra ela, que teve que sair correndo de uma aula que estava ministrando para chegar à tempo.

Rimos muito e estamos cantarolando as árias até agora.

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