Há grande concentração de Pokémons na Redenção…

Há grande concentração de Pokémons na Redenção…

Na última sexta-feira, eu e Elena estávamos atravessando a Redenção em direção ao Guion Cinemas quando vimos um enorme grupo parado no jardim japonês. Havia grande silêncio, o que fazia com que parecessem zumbis. Perguntei que faziam e me disseram que o motivo era que ali havia uma grande concentração de Pokémons. Todos estavam de cabeça baixa, observando seus celulares, caçando os pobres bichinhos. Jamais imaginei ver isso e tirei umas fotos bem ruinzinhas com meu celular. Um amigo disse: “Pelo menos não estão rezando”. Olha, sei lá se não estão. Outro conhecido me disse que o mesmo ocorre no Campus da UFRGS, no Vale.

Redenção caçando Pokemon 1

Redenção caçando Pokemon 2

Redenção caçando Pokemon 4

Redenção caçando Pokemon 3

Como se faz para chamar o Batman na Redenção? Alguém sabe?

Como se faz para chamar o Batman na Redenção? Alguém sabe?

batman segurança

Precisa refletir um morcego nas nuvens como no filme, tenente-coronel Francisco Vieira, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar (BPM)?

Vou muito à Redenção, quase todo dia, e não sei como carregaria aquele imenso holofote em meus passeios por lá. Talvez nem precise ser muito grande. Afinal, a Redenção está sempre às escuras e qualquer luz que saia de lá deve ser vista, né? Levo a geringonça num carrinho? Já vi que o Whatsapp não dá para usar e, talvez, quando pensar em utilizá-lo, é provável que já esteja sem o celular. Como faço então?

Para quem não sabe, sábado à noite, lá no Parque da Redenção, ocorreu mais uma edição da Serenata Iluminada, evento que discute e estimula a ocupação de locais públicos.

batmanSegundo jornalistas presentes, grupos de assaltantes estavam aproveitando para atacar as pessoas nos locais mais escuros do parque. Os jornalistas então pediram a presença da polícia. A resposta: “Quem frequenta esse tipo de evento não quer BM perto. Agora aguentem! Que chamem o Batman! Ou o super-homem”, escreveu o comandante da BM em um grupo do Whatsapp, frequentado por outros membros da da BM e jornalistas..

E depois completou a obra: “Gente do bem está em casa agora!” Então que saiam dali. Eu não aconselho a ficar ali. Até porque se eu mandar uma viatura lá, com dois PMs, serão hostilizados”, continuou. Também disse que o evento não era autorizado.

Passadas algumas horas, o tenente-coronel voltou atrás. Escreveu que estava brincando e que a BM jamais se negou ou se negará a atender qualquer ocorrência. Mas, por via das dúvidas, tirou a dupla de jornalistas daquele grupo do aplicativo.

Mais um despreparado com poder nas mãos. Começa lá com o Sartori e vem descendo…

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2013, ano das gratuidades e das mudanças

2013, ano das gratuidades e das mudanças

Para mim foi um ano de acontecimentos gigantescos: enormes decepções, enormes dúvidas, enormes decisões, enormes responsabilidades, enormes bizarrices, enormes mudanças, enormes surpresas, enormes tristezas e enormes alegrias.
Agradeço à vida por este ano e vou pedir ao bondoso Papai Noel só uma coisa para o ano de 2014: por favor, menos. Se for possível, claro.
Feliz Natal e um ótimo 2014 para todos! Abraços!

Elena Romanov em seu Facebook

Este é o melhor resumo de 2013 também para mim, que convivi boa parte dele — infelizmente bem menos da metade — com Elena. Do ponto de vista pessoal, acrescentaria “enorme gratuidade” imediatamente após as decepções, pois houve muito disso. Com a palavra, não quero dizer que tenha sido um ano em que não paguei nada, muito pelo contrário. Uso gratuidade no sentido daquilo que não é justificado, do que é natural e espontâneo em outrem, do que é gratuito na acepção de infundado.

Mas não reclamo do ano. Afinal, todos os amigos e minha pequena família estão aí alive and kicking; o trabalho idem e a saúde surpreende após um ano tão maluco. Em junho e outubro parecia que ia me dar um piripaque, mas até o colesterol, no meu caso sempre nas nuvens, apareceu no mês passado em inéditos 169. (Obrigado, seu Lípitor!)

E 2013 foi o ano da felicidade minimalista. Nada grandiosa, nada estável, mas muito satisfatória até aqui. Tanto assim que vamos fazendo planos. Li hoje uma frase incrivelmente verdadeira e aparentemente nada a ver com o que escrevo: a de que só agora estamos aprendendo a ser contemporâneos de James Joyce. Estamos chegando cada vez mais perto dele e um dia alcançaremos e entenderemos o sublime, genial, neologista, poliestilista e desbocado autor de Ulysses. O fato acontece casual ou inexoravelmente à medida que o tempo passa. No passado, lembram?, alcançamos os últimos quartetos de Beethoven, que dizia com toda a razão a seus críticos: “No futuro, entenderão”. No meu caso, 2013 foi o ano em que aprendi muito a meu respeito — mais do que a respeito de outros. E mudei um pouco. Na base da porrada, me parabenizei por alguns méritos e quase me destruí identificando defeitos. Acho que fiquei mais silencioso, mais amante da lentidão. De alguma forma muito secreta, me aproximei alguns centímetros não sei do quê. Mas é assim mesmo, a gente vai mudando de forma contínua e imperceptível, só que as crises catalisam as alterações, mesmo que não garantam rumos. Então, sejamos lentos na vida e nos passeios de fim de tarde pela Redenção, certo, Elena?

De tudo isso, a única tristeza absoluta é a de ver menos a Bárbara, mas a gente dará um jeito, imagina se não.

Joyce examina meu raciocínio sem entender porque me referi a ele.
Joyce examina meu raciocínio sem entender porque me referi a ele.

Carlota na Redenção

Carlota na Redenção

Em versão ultra-light, certamente hipócrita e insincera de tão light, o autor deste blog aparece tranquilamente dando migalhas de pão para os pássaros, peixinhos e tartarugas do Parque da Redenção, em fotos de Elena Romanov. Nas fotos, como alguns sabem, não está presente todo o ambiente envolvido, tal como, por exemplo, o calor senegalês de nossa cidade. Senti-me como a Carlota do Werther de Goethe, dando pão com manteiga às criancinhas, esperando retribuição nenhuma. É minha postagem de Natal, gente!

Ao final da tarde, o autor do blog voltara à normalidade.

Que todos se embebedem pelo Menino Jesus!

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Prefeitura mantém criadouro de aedes aegypti em pleno Parque da Redenção

Prefeitura mantém criadouro de aedes aegypti em pleno Parque da Redenção

Agentes da Prefeitura Municipal costumam bater em nossas casas a fim de verificar se não mantemos condições propícias ao surgimento do mosquito da dengue, o aedes aegypti. Acho que todos sabem que dito cujo se reproduz em qualquer lugar onde houver condições propícias (água parada limpa ou pouco poluída).

Pois ontem, após almoçar no Centro Peruano, passávamos pelo meio da Redenção, próximo ao Auditório Araújo Vianna, e encontramos um local que talvez vise substituir o zoológico retirado do centenário parque. Tratava-se do maior criadouro do mosquito da dengue a céu aberto de nossa cidade. Uma maravilha! Vejam as fotos abaixo, tiradas por este brioso repórter.

Como diz nosso prefeito, chove muito em Porto Alegre. OK, não chovia desde quarta-feira, mas não interessa.

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Minha loucura de volta

Antes, gostava de dias de chuva. Na verdade, a chuva nunca me incomodou muito e não costumo mudar de planos em função dela. Ademais, gosto do barulho dos pneus dos carros na chuva e do reflexo do céu e das luzes no asfalto. Meu gosto pelos dias plúmbeos diminuiu quando as crianças eram pequenas. Como ir aos parques ou passear com eles na chuva? Passei anos torcendo contra a chuva, acompanhando a previsão do tempo, o diabo.

Agora, tardiamente, depois que o Bernardo já chegou aos 20 anos e a Bárbara aos 16, meu gosto pelos dias chuvosos retorna. Ontem, estava bobamente eufórico. Acho que a promessa de frio que vem com a chuva também a faz simpática a mim. Por isso, gosto dos dias secos e frios do inverno e de chuva no verão. O dia de ontem, de calma chuva ininterrupta, estava ótimo. Agora já há uma nesga de sol. Espero que não esquente muito.