Comprovado! Bach tinha um pé na África!

… por isso, tanto ritmo, pulso e malemolência.

BERLIM (Agência Estado) – A antropóloga escocesa Caroline Wilkinson reconstruiu digitalmente o rosto do compositor alemão Johann Sebastian Bach, a pedido da Casa Museu de Bach, com sede em Eisenach (centro da Alemanha), com uso de técnicas digitais e legistas. Os resultados de sua pesquisa, que serão apresentados na segunda-feira em Berlim, relacionam os dados obtidos de retratos, medições de seu crânio e da máscara mortuária do músico (1685-1750).

Duas dúvidas:
1. Se será apresentado segunda-feira, por que as fotos já estão aí?
2. Esse Bach tá mais para gospel do que pruma boa missa luterana, não?

Obs.: Roubei a imagem acima do Hermenauta.

E, mudando de assunto, embriague-se com a finesse da revista Veja na despedida de Fidel. Seguem as lições de mau jornalismo: “Fidel se desmancha lentamente dentro daquele ridículo agasalho esportivo”. É tudo uma questão de contexto – no caso de Veja, de descontextualização: o que nos pareceria bom num conto de horror de Horacio Quiroga, aqui é autêntico jornalismo de esgoto.

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  1. Me perdoa a franqueza mas este BACH está para um alemão nascido na Alemanha. Não sei onde encaixa-se o “pé na africa”. Talvez a foto esteja escura demais, mas a recompilação da face em relação a pintura conhecida é quase identica. Imagina se o mestre tivesse tido contato com a Africa. Teriamos Jazz de primeirissima linha já em 1700.

    Não coloca capa da VEJA no teu belo site. Este lixo deforma qualquer coisa!

    Saudações!

  2. Foi uma brincadeira, né, Marco? O engraçado que ele tem pele escura em todas as fotos.

    Essa do jazz foi muito boa, Bach era um tremendo improvisador, principalmente ao órgão, onde ficara horas e horas.

    Quanto à Veja, sem comentários. Meu problema com ela nem é mais ideológico, é de gosto mesmo! Onde já se viu uma manchete dessas? Nem técnicos de futebol a merecem.

    Abraço.

  3. Você deve se lembrar…naõ sei sua idade. Mas, na década de 80, a Veja fez a chamada de capa assim “Cazuza agoniza em praça pública”.

    Que nojo desta revista!

  4. Você deve se lembrar…naõ sei sua idade. Mas, na década de 80, a Veja fez a chamada de capa assim “Cazuza agoniza em praça pública”.

    Que nojo desta revista!

  5. Você deve se lembrar…naõ sei sua idade. Mas, na década de 80, a Veja fez a chamada de capa assim “Cazuza agoniza em praça pública”.

    Que nojo desta revista!

  6. Caro Milton, um bom contraponto à matéria de capa da Veja é a da Carta Capital da mesma semana, que usou a mesma foto. Claro, muitos dirão que é só o avesso da primeira, mas será uma simplificação vulgar.
    Enquanto a da Veja é assinada pelo jornalista Diogo Schelp (o mesmo que assinou uma “matéria” sobre Che Guevara e depois levou um passa-fora do Jon Lee Anderson, autor de uma das mais sérias biografias sobre o próprio Che) e de antemão avisa que só fará desancar o Fidel, a matéria assinada por Antonio Luiz M. C. Costa, longe de um perfil laudatório, traça um bom panorama do que vem sendo a figura de Fidel na história de Cuba, permitindo que o leitor chegue as suas próprias conclusões.
    Enfim, ler as duas matérias dá uma boa medida sobre o que é fazer bom jornalismo e o que não é. Seria tão bom que a Veja voltasse a ser uma referência de jornalismo de qualidade, não é?

    P.S. Cheguei até aqui a partir do blog do Idelber. E já coloquei este seu blog entre os que visito cotidianamente.

  7. Milton,
    como sabes, não acho a Veja pior que qualquer outra revista brasileira do gênero e não gosto do Fidel, mas te dou razão. Nem técnico merece esta capa. Não é uma questão de opinião, mas de mau gosto mesmo, ou educação.
    O interessante é que a capa é bem pior que a reportagem , como ocorreu na capa do Tropa de Elite.
    A questão é que o jornalismo no Brasil está ficando panfletário, parece que o modelo Hora do Povo venceu. A manchete fácil agora dá o tom. Acho que um meio de comunicação pode e deve ter opinião, acho que a informação passada jamais é objetiva (nem a ciência o é), mas há um estilo de fazer isto.

    Acredito, todavia, que o comentário sobre o Sarney (outro que não engulo) não passe de uma brincadeira. Pois, em caso contrário, o que causaria incomodação não seria o mau gosto, mas a opinião contrária. Aí é censura.

    Abraços
    Branco

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