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  1. Milton,
    em nossas discussões “filosóficas” nos bares eu sempre comentei o mei espírito cético (inclui-se aqui o agnoticismo).
    Não escreverei sobre assuntos chatos para muito como ceticismo, pirrônico, empiriocriticismo ou epistemologia, mas vai um comentário,
    A frase Veja, mas não creia, além de um chiste deveria ser o nosso lema. Válido não apenas para a revista em questão, mas para TUDO o que vemos, quer o sol girando sobre a terra, quer textos da Veja ou do Nassif.
    Embora crendo (tá, alguma coisa temos que crer) que toda informação, toda consciência é subjetiva (Husserl, de uma maneira simples) e daí ser impossível isenção de opinião, constato que a imprensa brasileira tornou-se quase panfletária (esquerda, direita, acima, abaixo…), talvez por vender mais, talvez por baixa qualidade, talvez por ranço. Os artigos em BLOG também estão assim (claro, há exceções como nós, hehe!) e , assim como a escrita é subjetiva a leitura também se tornou.
    Assim, ao ler Veja, Carta Capital (o mensalão não existiu), Piauí (nunca lí), Caras (não vais ao dentista?) e blogs, devemos procurar eliminar o conteúdo opinativo, concordando ou não conosco, analizar fatos e coerência. Veja (ops), que não referi aqui à honestidade do autor. Tornei-me óbvio!

    Preocupa-me, no entanto, e não é o teu caso (afirmo por conhece-lo há 30 anos) o fato de muitas vezes a agenda na crítica à Veja, Folha, Estadão, Caros Amigos, Carta Capital, Blog do Nassif etc. pode ser a diferente da demonstrada. Muitas vezes, a desqualificação do contendor (digamos assim), é uma manobra de escamoter a discussão. Quase um fascismo. O radicalismo de hoje pode nos levar a isto. Li, um tempo atrás de um jornalista da ZH, que o artigo da Veja sobre o Che fez com que ele deixasse de acreditar nas denúncias dela, como o mensalão.

    Este último parágrafo não é uma crítica à crítica da Veja, mas uma reflexão neste meu post comprido e chato

    Abraços

    Branco

  2. Branco, sabes o quanto te respeito; então, numa boa: quando é que termina tua assinatura? Não dá para trocar outra coisa?

    Eles são uma revista de direita. Ponto. Têm colunistas como Reinaldo Azevedo e Mainardi. Ponto. São jornalisticamente desonestos. Ponto.

    É o que basta. Gostaria que os blogs fossem fortes o suficiente para colocarem um ponto de interrogação na cabeça de todos que lessem Veja. Tu sabes diferenciar o Joio do trigo, tem inteligência e humor, mas isso é raro. Deixemos o restante para um jantar lá em casa, OK?

  3. “Eles são uma revista de direita. Ponto. Têm colunistas como Reinaldo Azevedo e Mainardi. Ponto. São jornalisticamente desonestos. Ponto.”

    Certissimo!!!

    Uma pena que nem td mundo sabe diferenciar o joio do trigo, ne?

    Eu gostei da camiseta!!! hihihi

    beijocas

  4. Milton,
    pois é, passei atestado de nossa velhice! Por outro lado podemos dizer que somos experientes e já discutimos bastante.
    A questão não é cancelar a assinatura, meu sogro fez isto com Veja por considera-la demasiadamente … esquerda!
    Justamente, não desprezo alguém por ser de direita. O que irrita no RA não é sua posição católica conversadora , mas o fato dele ser direita trotskista (hehe) e o Mainardi faz o genero torre de marfim o que o salvaria de qualquer opinião que diga. Não é direita, é covardia.
    Agora, é difícil abrir a CC e ler artigos do Delfim Neto, por exemplo. Ler o PHA é uma dor no fígado (tu o considerate, lembra!). tem ocorrido muita desonestidade jornalistica por aí. Deviamos fazer campanha pela boa educação na imprensa como um todo.
    Na realidade, leio todos os citados e, criticamente, separo joio do trigo.
    Abçs.

  5. Milton,
    Estava com saudade do amigo. Bom chegar aqui e encontrar uma polemicazinha. Quem é que gosta de pensar e não adora polêmica? Ontem ouvi uma frase que ficou martelando em minha cabeça: “Ideologia é uma merda!”. Vale pra todas as tendências, não há nada que acorrente mais as pessoas, e limite mais o entender das coisas, do que a ideologia. É o que nos faz usar camisetas com frases escritas, cegando nosso espírito previamente, sem discussão de conteúdo. Simplesmente adotamos comportamentos, idéias e frases, em nome da ideologia. Sem perceber nos estreitamos, limitando barbaramente nossa visão. Ser de esquerda ou direita me parece que ficou antigo, não cabe mais em nosso mundo. A questão vital, que me parece mais adeqüada, é a da ética. O importante é a seriedade do veículo, principalmente em se tratando de imprensa. O problema do Mainardi não é ser de direita o de esquerda , é ter a visão apequenada por uma opinião incapaz de ser revista, arejada, modificada. É triste não poder mudar de opinião em nome de uma ideologia. Não quero mais esse grilhão pra mim.
    Grande abraço

  6. Milton, eu fico preocupada com a marca “veja”. Acho que é mais prudente dar uma modificadinha, pois os caras podem encher o saco – duvido, mas podem – com o direito à ela.
    Quanto à ideologia, esse papo me dá fastio. Cair no conto do vigário mais cretino do final do século XX – fim da história, fim da ideologia – é de lascar. Como diz um amigo meu,”coisas da vida.”

  7. Vejam bem, amigos.

    Já eu tenho absoluta – absolutíssima – convicção de que há direita e esquerda. São visões inteiramente diferentes do mundo. Sinto isso de forma visceral. Para mim isto é inequívoco.

    O que acho inaceitável é a direita furiosa e grosseira da Veja, de Reinaldo Azevedo, de Olavo, Políbio, Pecival, etc. Assim como a esquerda furiosa de nossa querida Luciana Genro…

    Agora, discutir com os direitistas do blog Torre de Marfim, por exemplo, é uma delícia. São pessoas cultas, educadas, tranqüilas, cheias de ironia e equivocadas porque ninguém é perfeito.

    Abraço.

  8. Será que existe, em todo o planeta, revista mais direitosa do que a intragável “veja”? Acredito que não. Mudando de assunto: que golaço o do Pato, ontem, não? Mas que saudade do Brasil x Suécia de 58… Aquele sim foi um grande jogo! Abraços.

  9. Antes de mais nada, eu agradeço a deferência, mas o mérito não é meu. Apenas copiei com mais aprumo a idéia de um modelo da camiseta que tinha em algum post não tão antigo por aqui.

    Quanto às questões políticas em si, não entendo porque ressuscitaram esse conceito de esquerda x direita, que já estava batido nesse séculoestranho em que idéias paradoxalmente opostas se complementam.

    A necessidade de provar que um ou outro lado está errado acaba nublando a chance de achar um meio termo que atenda bem a Nação. O método de perder tempo desqualificando idéias ao invés de pensar modelos úteis, nunca me agradou – de parte a parte.

    Enfim, ambas as visões vão distorcer informações para endossar suas ideologias, mas é muito triste quando a coisa se torna exageradamente grosseira e mal feita como no caso da marronésima VEJA. Pior ainda quando ela recheia intercala seu sensacionalismo com as “12 maneiras de acabar com a gripe” ou “10 motivos pelo qual bater punheta dá cabelo na mão” e outras questões imbecis.

    Mas vale a crítica e a leitura.
    Nassif mandou muito bem em seu “Dossiê VEJA”.
    Pena que eles não podem publicar >:-)

    Abs!

    T§ – ainda invicto esse ano ehehehe…

  10. olá milton

    novamente escrevo, pois somente hoje entrei nos comentarios deste post, muito interessantes;

    sob meu humilde ponto de vista o mundo se divide em 3 “categorias-ideologias”: a esquerda, a direita e aqueles que estão “se lixando” (afinal o problema não é deles), c/ toda a gama de gradações de cada um, e acho que realmente a visão do mundo dos que estão em cada extremo é muito oposta.

    porém qdo nos aprisionamos por algo que o lord atrelou à ideologia ,realmente começamos a colocar vendas, a não arejar idéias ou não admitir que possamos estar errados sobre algum assunto e que uma(s) idéia do outro, inclusive da “direita” possa(m) de repente ser melhor(es) , que o equíbrio possa estar no meio, que a discussão ( não acusão infundada e burra) possa enriquecer ambas vertentes, que realmente não precisamos provar que estamos sempre certos (dá p/ perceber uma certa desilusão c/ a esquerda antiga ou será que o amadurecimento e a perda de certas inocências infantis nos abram um pouco os olhos?). O quê não dá é p/ ser anti-ético e “furioso”, tanto de um lado como de outro, p/ o bem da nação

    e sim, a veja está um horror, não dá p/ ler

    bem, acho que aqui seja um dos poucos lugares em que se possa “conversar” um assunto tão espinhoso num mundo tão desinteressado( de maneira geral), haha

    parabéns a varios comentários fantasticos, em especial do lord e do tarsis, o milton não vale que eu já sou fã

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