O escritor não sabe quando aprende.
FERENC MOLNÁR
É estranha a trajetória do húngaro Ferenc Molnár (1878-1952). Autor de crônicas em jornais húngaros, de livros infanto-juvenis — é dele o clássico Os Meninos da Rua Paulo –, de peças de teatro em sua maioria muito bem escritas mas sentimentalóides, acabou emigrando para os Estados Unidos onde tornou-se requisitado dramaturgo, principalmente para a Broadway. Várias de suas histórias cômicas foram passadas para o cinema em filmes de Henry King, Billy Wilder, Michael Curtiz e outros. Não era somente popular, mas um escritor respeitado. Imaginem que este autor da Broadway recebeu adaptações de Arthur Miller para rádio e o teatro e Tom Stoppard fez o mesmo modernamente. Molnár é um raro caso de sucesso popular e literário.
Mas isto ocorria separadamente, obra a obra: há um posfácio neste O Poste de Vapor que nos explica que Molnár produziu às vezes “para a literatura” e outras vezes “para o mercado” — expressões minhas. Concordo com o autor do posfácio: certamente, este livro pertence à parte literária de sua obra. O narrador é um jovem jornalista que descreve as loucuras de certo falso capitão, seu colega numa estação de águas termais, localizada na bela ilha Margarida, que fica entre Buda e Pest, no rio Danúbio.
As inverdades e loucuras do capitão dos hussardos, em si muito engraçadas, são apenas o primeiro plano de uma demonstração da inconseqüência de muitas atitudes — boas ou maldosas — e do oportunismo de outras. Não é um livro otimista ou que promova bons sentimentos ou de final feliz, mas é curiosamente sedutor e agradável. Vá entender.
Bem, o que minha ignorância não conhece, minha burrice não comenta. Sobre teu comentário, respondi lá. bjs, f. e bjs para cláudia. Ficou faltando e deu vontade de conhecer a Bárbara e Juno, bjs p eles tb, f.
Olá, cheguei aqui via Flavia do “Palavras que caminham”. Isso aqui é um mundo pra explorar, degustar. adorei.
Ah, olha a flavia aqui em cima. Você me estimulou a ler o livro.: loucuras de falso capitão deve ser demais. E depois em que paisagem, hein?
Abraço e parabéns!
Bea
KKKKKKK
tá frito…
ai que sem graça, ele não responde comentário;(((
Pois é, nem sempre. Desculpe.
Acredito que essa seja a resposta MAIS DEMORADA a um comentário que já vi… 😛
Vou procurar O Poste de Vapor para ler também. Assim meu conhecimento da obra de Ferenc Molnár não se resumirá a apenas “Os Meninos da Rua Paulo” (que já é excelente).