O sombra e outros tópicos muito mais ardentes

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Tive aulas de português com o prefeito José Fogaça em 1975. Fiz uma semana de cursinho no IPV antes de mudar para o Mauá e ele me pareceu um bom professor. Melhor se lá tivesse ficado. Assisti duas aulas, não mais do que isso. Depois ele ficou 24 16 anos como senador em Brasília. Culpa dos gaúchos que reelegeram o autor de uma música que tornou-se uma espécie de hino informal de Porto Alegre e do pessoal do interior, sempre pronto a aderir à direita. Sou um cara que leio as notícias políticas com parcimônia e nunca ouvi nada de útil que Fogaça tivesse participado em Brasília. Acho até que ele nem foi. É muito devagar. Ontem, assisti a todo o debate entre ele e Maria do Rosário. José e Maria, Maria e José. PT x PMDB-PPS. Chatíssimo, mas Maria é melhor. A sorte dela é exatamente José que, meio cabeça de vento, não diz coisa com coisa. Há pessoas que não preservam a inteligência. Ó, M`ria, mais tu não t` aproveitasht` d`reito. Êl é um p`monha, M`ria.

Destaques para o projeto “Óleo de Cozinha” de Fogaça, o qual foi confrontado por Maria com outro projeto: o “Lixo é Luz”. Luz? Aqui em casa é cheiro. Descontente com a situação, Fogaça diz que é de seu governo o projeto “Papa Pilhas”. Deve ser mesmo. Já andei quilômetros e quilômetros em Porto Alegre atrás de um lugar onde jogar as pilhas. Acabaram no lixo seco, claro. Fogaça falou muito nos “Portais da Cidade”. Sei lá que porra é essa, só sei que Maria do Rosário andou botando mais botox que a Suélen (ou seria Pâmela?), quando pensei que esta tinha ficado finalmente torta e doente. O sorriso-só-boca de Maria está de assustar as crianças que tanto ama. Mas, pô, ela é dez vezes melhor do que o sombra.

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A FlaM comenta por e-mail que um certo Henrique Goldman, do qual nunca tinha ouvido falar, escreveu uma crônica — supostamente autobiográfica — onde conta que, aos 14 anos, forçava a empregada a transar com ele. Houve reações iradas. Henrique, mentalmente lento como Fogaça, deixou que a publicação escrevesse um notável pedido de desculpas: “Nosso colunista pede desculpas públicas à empregada da família com quem transou, contra a vontade dela, quando tinha 14 anos”. Um cara finíssimo, sem dúvida… Manteve a macheza escrota. Parabéns!

Este Goldman deveria ter utilizado a hipérbole para descaracterizar-se e não ficar na songa-monguice naturalista. Caro Goldman, sabe-se que uma das formas de se descaracterizar um tópico é recorrer à hipérbole, ou seja, intensificá-lo até o inconcebível… Você deveria perseguir todas as empregadas! Deveria ir para a cama com sua mulher sonhando com empregadas, fazer com que a mulher se vestisse de camareira para sentir tesão, tinha que sonhar com bundas de mulheres no alto de escadas, balançando fartas nádegas e peitos enquanto os vidros eram limpos… Aí sim, você tem chance de tornar-se um Hubert Hubert de domésticas. E não iria nos incomodar tanto. Mas teria que escrever assim:

Conquanto seja indispensável registrar alguns pontos pertinentes, a impressão geral que desejo transmitir é de uma porta lateral que abre violentamente numa vida em pleno vôo, deixando entrar uma negra e retumbante golfada de tempo que abafa, com suas chicotadas de vento, o grito da catástrofe solitária.

Faz aí, trouxa!

Upgrade das 16h30: Comentário da FlaM

E o babado do “colunista ficcionista” segue rendendo. Virou petição online.

O cara é uma receita para autores desconhecidos: como sair do anonimato para o estrelato da abjeção! E otário da vez!

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O criador da Hustler, Larry Flint, continua a fazer das suas. A última é um filme erótico em que Sarah Palin, Hillary Clinton e Condoleezza Rice protagonizarão cenas quentíssimas… Como uma película deste gênero requer muito roteiro e é complicadíssimo de rodar, eles iniciaram as filmagens na semana passada e esperam colocar o DVD à venda bem antes das eleições americanas… Não adianta, a gente faz uma baixaria bem grande — vide o Sr. Henrique Goldman acima — e os americanos logo nos suplantam.

Sarah Palin será vivida por Lisa Ann (36 anos) e Hillary Clinton, mais veterana, por Nina Hartley (49 anos). Não foi divulgado quem fará o papel de Condoleezza Rice. Ao lado, compare umas e outras.

Eu não inventei essa. Juro! Aqui, na Globo.com. E aqui, a notícia mais completa. Um detalhe extremamente tranqüilizador é que a obra não conterá anal scenes. Bom, baixaria por baixaria, não vejo problema algum numa anal scene com condom e muito menos com Condy. Clique no Condy aí ao lado para ver as primeiras fotos dela que aparecem no Google Images. Olha a cara de irritação! Melhor esquecer a tal cena.

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14 comments / Add your comment below

  1. É, meu querido Milton Ribeiro, não sei se hipérbole, mas algum artifício qualquer que fizesse a coisa menos naturalizada e mostrasse algum distanciamento ou crítica do cara com relação a seus atos passados ou a seu personagem “fictício”. Muito pertinente a tua análise: songa-monguice naturalista! Apenas um adendo: songa-monguice escrota!
    bjs, Flávia

  2. Milton,
    desculpe a ignorância, mas quem é a Suelen?
    “Depois ele ficou 24 anos como senador em Brasília. Culpa dos gaúchos “, Milton em um post anterior comentaste que se elegeram o PT aqui por 16 anos seu governo devia ser bom , então. Ora, os gaúchos são os mesmos e na mesma época.

    Recebeste o correio com a tartaruga?

    Abraços

    Branco

  3. hehehehe – lugar pra jogar pilha fora deve ser ainda a Ilha das Flores!!!!

    e a Sarah palin dá um tremendo caldo, mas o cara que sentir tesão pela Hillary e pela Condy é um caso perdido pela psiquiatria!

  4. corrigindo: foram 16 anos como Senador, de 86 até 2002, na eleição de 94 foram eleitos Fogaça e Emília(o César Shirmer era dado como dono certo da vaga que ficou com a Emilia)

  5. Ainda prefiro a inação do Fogaça ao botox das queridas candidatas petistas.
    Pelo menos com ele não se espera muito, então se fizer qualquer coisa é lucro. O PT costuma prometer mais e fazer menos(do que promete, não que não faça nada).

    A verdade é que o voto devia ser facultativo E opcional.
    Tanto os eleitores quanto os candidatos mudariam de nível. Intelectual, que fique claro.

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