Entediado, o governo de Israel resolveu bombardear a Faixa de Gaza na manhã de ontem. Mataram 224 palestinos e fizeram 700 feridos, 120 deles em estado grave. O primeiro-ministro do país, Ehud Olmert, disse que a operação militar “pode levar tempo” e uma fonte militar afirmou que a campanha pode ser ampliada e incluir forças terrestres. “Não temos limite de tempo e estamos determinados a fazer o que for preciso, incluindo todas as nossas opções, por ar ou por terra”, disse o militar a repórteres. Condoleezza achou o máximo.
Acima, um modelo profissional palestino procura obter sua compaixão, prezado leitor ocidental, durante o ataque de ontem…
É, meus amigos, a Palestina tem um inimigo que conta com incondicional simpatia no ocidente e que ainda costuma exibir-se como vítima. Isto significa que Israel pode promover suas carnificinas quando bem entender. Haverá muito mais sangue. É assim que começamos 2009.
Atualização das 18h:
Ataque israelense a Gaza
É a mesma velha técnica de Israel: poucos dias antes da posse do novo presidente dos EUA, os israelenses criam uma nova situação gravíssima, para garantir que os EUA sejam obrigados a continuar lá, fazendo o que sempre fizeram (pagando, sobretudo, tudo e todos). Os palestinos não têm qquer chance, enquanto os EUA reinarem no planeta. Leia mais aqui.
Atualização de segunda-feira, 12h:
Um post esclarecedor de Idelber Avelar aqui.
Como você e muitos e muitos outros, também fiquei indignado. Como você e muitos e muitos outros, transformei a minha dor em revolta. Um abraço.
Milton,
tirando as ironias do seu texto, resolvi leva-lo a sério e para não levar MUITA pancada aqui , fiz um post no meu O ULTIMO BLOG. Lá ninguém vai, ninguém le, e eu desabafo!
( http://elunardelli.blogspot.com/ ).
facinorroroso
Infelizmente, como vc disse, o Ocidente é ‘simpático’ (cúmplice) de Israel. A gente quer acreditar na possibilidade da convivência entre os povos, mas a realidade desanima!
é, milton, o tédio…
uma coisa tipo… porque hj é sábado…
Mas sabe de uma coisa? Acho que esse modelo não é palestino não. Era meu informante no campo da minha tese. Não posso dizer o nome, ele é menor e é muito pobre e assistia aos ataques não exatamente militares do avô materno contra sua mãe! Conheço esses olhos e às vezes acho que a Faixa de Gaza mora ao lado.
Mas é feriado do Ano Bom, dou um tempo nesse olhar e quase me consolo imaginando-o palestino.
E mergulho num mar deslumbrante entre turistas cegos e deslumbrados, alheiros a todas as palestinas!
Mais uma vez, belo post! Uma dose de realidade em meio à suspensão do tempo pré-réveillon! beijo, f
Milton, não entendi a diferença entre estrábico e vesgo. Penso que são sinônimos. Aliás, acho que vesgo é uma das manifestações do estrabismo (utilizei a referida palavra no sentido literal, sem qualquer outra conotação).
Quanto à literatura feminina, penso que existe sim. Este assunto daria um longo texto que não caberia aqui. Vou citar apenas um exemplo: quando leio os poemas de Sílvia Chueire, escuto claramente uma voz feminina adjacente; às vezes chego a sentir o hálito da poeta.
Bem, finalizando este comentário, Milton, gostaria de agradecer sua delicadeza para comigo: muito obrigado!
Milton, coloquei o comentário no post errado, desculpe-me.
Milton,
infelizmente li tarde este post.
Flávia, eu entendo teus comentários, mas o avô materno não terá o apoio formal do Ocidente e não é um estamento.
O horror do nazismo não vem apenas das mortes em si. Provém, talvez mais pela maneira racionalmente institucional em que foi perpretado. Assim como fazem os israelenses.
Branco