Excesso de temas

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Quando comecei meu blog, pensei que o grande desafio seria o de arranjar assuntos para escrever 3 ou 4 vezes por semana. Consequentemente, protegi-me intitulando meu blog com temas bem gerais, dos quais gostasse muito, sem esquecer de um salvador “qualquer coisa” no final. Hoje sei que isto não é problema, pois sofro é de excesso de temas. Aqueles 3 ou 4 partos semanais ameaçam precipitar-se a cada momento que venho dar uma olhada nos e-mails, tenho é que impedir a superfetação (*).

Neste momento, debato-me entre 5 temas: um post dedicado ao livro inédito do Marcos Nunes que já está metade escrito, uma descoberta notável que fiz lendo o livro O Leitor, uma crítica ultraelogiosa ao filme O casamento de Rachel, uma divulgação das assinaturas do Guión Center de Porto Alegre (ideal para publicar no feriado?) e, afinal, a revisão do último capítulo publicado de meu Monólogo Amoroso, que um dia estará finalizado, não? Ah, e hoje escrevi mentalmente uma homenagem àquelas pessoas que me convenceram que ir a restaurantes é uma bobagem, tal a qualidade dos pratos que podem produzir em casa. Talvez devesse chamá-lo de “As Mulheres que me Alimentam”. Há os homens também, mas os deixaria de fora, por enquanto. Afinal, gostei do título.

Resolvi então fazer um protesto que terá de ser medido em escala Richter na rede mundial. Não vou escrever mais nada hoje! Foda-se!

(*) Palavra pouco utilizada, né? Superfetação significa, segundo o Aurélio, “Concepção que ocorre quando, no mesmo útero, já há um feto em desenvolvimento” ou “Coisa que se acrescenta inutilmente a outra; excrescência, redundância”.

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9 comments / Add your comment below

  1. Mesmo sem escrever mais nada hoje, você fez um novo post. Esta é uma das coisas que eu gosto no seu blog, Milton, a regularidade. E, claro, a surpresa. Não sei se você irá falar de música amanhã, ou de algum livro interessante, ou colocar fotos de mulheres ou defender seu amado Inter. Estou sempre curioso para o post seguinte.

    Grande abraço!

  2. Sugiro deixar esse anônimo submergente do Marcos Nunes de lado, para começar.

    De cara, quero ler a crítica superelogiosa para O casamento de Rachel, pois este foi o único filme dos últimos dois anos que me forçou retirada estratégica (ou isso ou começaria a rir e berrar em meio à sala cheio de sofridos espectadores) do cinema antes de finalizada a projeção.

    Quanto aos assuntos bloguísticos em geral, é engraçado. Rachel (não a do casamento, mas a minha dona) disse que faria um blog e que contaria com minha ajuda ocasional para preencher dias sem assunto. Ok, concordei. O problema é que eu tenho trinta assuntos por semana, ela uns seis. Fico empurrando minhas coisas, sob protesto dela, obrigada a discutir com alunos leitores do blog coisas que ela não escreveu. Não partirei para blog próprio, e também não quero colocar meu nome lá como “parceiro”, mas adoro ter um espaço para descarregar meus ódios e sarcasmos contra amigos e desafetos políticos. Portanto, ela e seus leitores continuarão sofrendo minhas ingerências, pois não adianta ela me pedir – não assino embaixo.

    Comer em caso? Ótimo. Se você se dispõe a cozinhar todos os dias… Mas, olhe bem, economicamente é pior. É mais barato comer na rua que em casa. Experimente fazer um peixe no forno e seus acompanhamentos devidos (saladas, legumes, cereais, molhos, etc.). Sai mais caro que um excelente prato em um restaurante caro. Pode conferir.

  3. Às vezes essa superfetação me acomete, Milton.
    Mas ao contrário de você que consegue escrever sobre não escrever, os meus fetos se embanam todos e no final não nasce nada.
    Um abraço.

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