A internet e as relações humanas

Os compositores de obras musicais costumam dar indicações quanto ao modo como deve ser tocada esta ou aquela peça. Entre cronistas não existe este hábito. Mesmo assim, aviso aos meus leitores que esta crônica deve ser lida con amore.

HERBERT CARO

Talvez esta seja uma experiência comum a muita gente, talvez não. Antes da Internet e, principalmente, dos blogs, eu utilizava muito o telefone. Conscientemente ou não, reservava horários noturnos para fazer longas visitas telefônicas aos amigos. Eram comuns os telefonemas de mais de uma hora onde exercitava meu razoável dom de escutar e minha discutível oratória. Nesta época, já ouvia uma crítica interna que advertia ter sido um erro grosseiro o quase ter abandonado as conversas que antes tinha em sebos e livrarias nos finais de tarde, assim como a tradicional discussão sobre música erudita na King`s Discos dos sábados pela manhã (onde recebia verdadeiras aulas quando jovem). O telefone, pensava, substituíra pobremente a observação da postura, do olhar e dos gestos dos amigos. É certo que tenho a sorte de possuir muitos amigos e nunca deixei de encontrá-los. Porém aqueles civilizados, alegres, gentis e “casuais” encontros em locais onde se podia jogar conversa fora sem maiores objetivos foi pouco a pouco substituído por vozes ao telefone.

O telefone impedia que se abrisse o leque de amizades como acontece nas livrarias e discotecas. Aos que já estão pensando que foram meus filhos os culpados disto, respondo que a utilização do telefone foi pré-prole e aos que acusarem nossos relacionamentos amorosos de exigências exclusivistas não posso responder, pois não lembro de meu primeiro casamento, tendo até esquecido se o nome de minha esposa era Suélen ou Pâmela…

Já viram que hoje estou em ritmo de conversa… Continuemos. As mudanças foram um sinal dos tempos? Acho que não. Ainda hoje, dia desses, fui passear por algumas livrarias do centro ao final da tarde e encontrei — sempre fora do âmbito das horrendas mega — pessoas falando em livros e contando casos. (Para quem mora em Porto Alegre, posso indicar a Ventura Livros como um local com enorme potencial para se comprar livros e para boas palestras. Os donos são acolhedores e conhecem muito bem aquilo que vendem. O Gustavo e seu sócio são representantes de uma raça que as mega-livrarias – sei lá por quê – parecem desejar extintas: são leitores de primeira linha, sabem muito e são civilizados, solidários, dando até descontos aos amigos…)

Também a Sala dos Clássicos é um local em que pode-se encontrar apaixonados debatedores defendendo o vulgar Concerto Nº 5 para Piano e Orquestra de Beethoven em detrimento do maravilhoso Nº 1 de Brahms. (Importante: eu amo Beethoven, mas este Concerto cujo primeiro movimento é pura ornamentação é de matar. Concordo: há gosto para tudo — no mundo há, inclusive, vegetarianos e pessoas que só ouvem Wagner.)

Voltemos a nosso assunto, pois quero lhes falar que, após abandonar o olhar, o ambiente e o gesto, troquei a voz pelos e-mails e blogs. Hoje, quase não falo mais ao telefone, só o utilizo para recados e conversas curtas. Mesmo as consultas que fiz a alguns amigos e, principalmente, àquela psicanalista formada pela Sorbonne, acerca da interpretação “do tal post da cizânia” resultaram curtíssimas; todos têm computadores conectados à rede em suas casas e as conversas foram esclarecedoras e exclamativas, mas breves. O grosso foi por MSN.

De qualquer forma, os novos vínculos formados pelos blogs e pala rede são muito fortes e creio que este seja um dos maiores elogios que possam ser feitos aos textos numa época em que a literatura fracassa diante de outros meios de expressão. E o leque de amizades potenciais guardado pela rede é aparentemente inesgotável. Não ousaria listar aqui os novos amigos com receio de ofender alguém pelo esquecimento, mas digo que, se eles têm a desvantagem de estar longe, têm a vantagem de nunca terem me decepcionado quando os conheci pessoalmente — ao contrário! Mas não me convenço muito: é raro vê-los, ouvir suas vozes, apertar suas mãos, beijar as bochechas ou alcançar-lhes um copo. Acho triste.

7 comments / Add your comment below

  1. Primeiro, minha solidariedade em função do processo daquela escritora(zinha), não pelo processo em si, mas pela perda de tempo que te causarás ir atrás de defesa. Poderias, ao invés disso, continuar produzindo textos para teu excelente blog. E isso, sim, é escritura de qualidade. Em segundo lugar, citaste a melhor livraria de POA: Ventura Livros. Há anos, meu filho e eu frequentamos o espaço, desde quando funcionava na Rua da Praia, em frente à Americanas. E não só pela qualidade do acervo, mas pelo atendimento dado pelo Gustavo que, além de profissional de primeira da área, é de uma gentileza excepcional, ou seja, um daqueles seres humanos decentes que a gente lembra quando perde a fé na humanidade.
    Abraço,
    Fátima

  2. O último vegetariano que só ouvia Wagner já morreu, e se chamava Adolf.

    No mais, há uma coisa pragmática acerca da Internet: quando pagamos um provedor, reduzimos o custo de telefonia (que é, mil perdões!, muito caro). Nunca gostei de telefone (queima minha orelha, e o som repleto de interferências e alterações no tom do emitente provocam desconforto e tensão), mas não amo a Internet, o Messenger e os blogs, apenas reconheço a utilidade de um e a relevância de outro, com reservas.

    No aspecto humano, do contato físico, visual, o prazer de partilhar conversa fiada sob os eflúvios benéficos do vinho é insubstituível. E mesmo nas megalivrarias podemos contar com alguma humanidade desinteressada, apesar da ênfase comercial e dos atendentes quase nunca afins ao universo livreiro.

  3. (caí na risada com a história do último vegetariano e Wagner)

    Também abandonei gradualmente o telefone por causa da internet. Ultimamente utilizo pouco o MSN e é engraçado conversar com amigos depois de algum tempo e ouvir (quero dizer, ler) “ah, de você eu nem preciso perguntar. Eu me mantenho atualizada pelo blog”. O blog parece um pouco a questão da falsa intimidade que a gente tem com artistas, parece que ao lê-los a gente sabe de tudo da pessoa. O que é e não é verdade.

    Eu teria muita curiosidade de conhecê-lo se um dia fosse mais pro sul… Imagino um sujeito simpático, a casa cheia de gente, o cheiro de churrasco, discussões sobre futebol, música clássica (combinação estranha!) vários leitores deste blog (com quem eu vejo que você tem uma relação além do virtual), reuniões alegres e ruidosas. Mas, ao contrário de você, nunca parti do real de blog para blog então não sei o quanto dessas imagens são reais ou não. E provavelmente nem tentaria marcar nada se viajasse…

  4. Olá MIltão, Tá lá. Como você pediu, dei meu palpite. I hope you like it. Esperando o seu… Beijos Stella

    Stella Relações Humanas e Intern… Oct 9 2005

    Atrasada como sempre vim aqui sapear. Adorei como usou o “meu querido” no seu bilhete… idéias que se transformam bem assim é a escrita. Adoro Elisabeth Sue desde Uma Noite de Aventuras. E Juliette… em Chocolate e Na viúva… é perfeita. Ah sim também o paciente, enfim, em se tratando de cinema, sou uma apaixonada. Beijos de saudades Odila

    Maria Odila Relações Humanas e Intern… Oct 9 2005

    Pois é, Milton, caí no conto da internet, da globalização etc ( interessante, o tema é o mesmo do meu último post,porém com outro enfoque, maior sintonia!) o resultado é que, agora , dia 24, faço anos. Meu marido vai dar um show bárbaro, juntamente com Luli, e aí, a gente não tem 3 pessoas para convidar, pois todos os nossos amigos são distantes! Assim, como você.

    angela Relações Humanas e Intern… Oct 9 2005

    olá Milton, Percebo tão bem o que dizes? A Internet me fez conhecer varia pessoas, felizmente quase todas são pessoas fantásticas e bons amigos, mesmo que seja à distância. Tenho usado o Skype para poder ouvir algumas delas… porque, como tu sabes, eu moro longe e muitos dos meus amigos, antigos e novos, vivem no Brasil e pelo mundo fora…. falar ao telefone durante horas seria um luxo demasiado caro! Mas eu gosto de tudo. beijinhos

    Leda Relações Humanas e Intern… Oct 9 2005

    Vim ler seus posts. Estava sem fazê-lo há algum tempo. Só não deu para comentar; a defasagem é grande demais. Tive impedimentos que me permitiram apenas pequenas incursões no meu próprio blog. Volto qualquer dia desses. Beijinhos para Bárbara, Bernardo e Cláudia. Gostei da leitura variada e feliz. Um abraço.

    Magaly Relações Humanas e Intern… Oct 9 2005

    Milton, a Poesia é um ato de doação!!!!!!!!

    Ramiro Conceição Nascimen… Relações Humanas e Intern… Oct 8 2005

    LUA-GOOGLE By Ramiro Conceição Novamente, escrevi na lua-google entre “aspas” o teu nome. E, novamente, a pesquisa respondeu que o meu amor — é o nome teu. Como consertarei tal desatino, se o coração é teimoso em ver a lua tua que flutua no caminho alumiando o sol do bem-querer? Só há uma saída: escrever um poema no cais e — num arco-íris! — lançá-lo a outros mais. Talvez assim no tempo da vida, deixemos o tempo do jamais e nos tornemos — reais!

    Ramiro Conceição Relações Humanas e Intern… Oct 8 2005

    Ai, Milton… Sei lá. Você pegou a roupa amassada dos meus pensamentos sobre o assunto e passou com ferro bem quente… De vez em quando fica um vazio. Um vazio bem cheio, diga-se de passagem. Anyway, é um prazer enorme chamá-lo de amigo… Ainda que você não tenha tido o (des?)prazer de ouvir a minha voz irritante e ver a minha insistente mania de ficar mexendo as mãos desordenadamente enquanto falo. Um abraço, de amiga. 🙂

    Karina Relações Humanas e Intern… Oct 8 2005

    Eu acho fascinantes os desdobramentos da telepresença. imagino o que ocorrerá daqui a 20, 30 anos… organizemos nuites blanches! retomemos o flanêur! ainda sobre o assunto, te deixo o link de um bom ensaio – Telepistemology: Descartes Last Stand, sobre os limites e efeitos da telepresença. Para acessá-lo… clica no meu nome! eheh. ps: o Ramiro tá fazendo spam poético, é isso?

    tiagón Relações Humanas e Intern… Oct 7 2005

    Acabo de ler um post da Maray, do Che Caribe, exatamente sobre o mesmo assunto: a perda do contato físico não substituído pela internet. Deve ser algum banzo cibernético. Na dúvida, vou ficar longe do pc no fim de semana. PS – Desteto telefone. Gosto de olhar nos olhos, tocar, sentir e dividir emoções ao vivo.

    Allan Relações Humanas e Intern… Oct 7 2005

    Esse post, da epígrafe ao “acho triste” é uma preciosidade. Quem, Milton, quem em suas vontades demiúrgicas não sente o mesmo? Meu caro, esse texto é pra afixar-se ao lado do micro todas as vezes que alguém se sentar para escrever algo. De e-mail a compêndios de física quantica. Tá tudo aí. Tudo. abçs Ilidio

    Ilidio Relações Humanas e Intern… Oct 7 2005

    Ah, mas pela Internet podemos mostrar muito mais de nós, por isso que, quando o encontro acontece, não nos decepcionamos, pq já conhecemos tudo do outro. E eu sou toda feliz por fazer parte de sua lista de amigos. Beijos, meu querido amigo

    Tchela Relações Humanas e Intern… Oct 7 2005

    Caro Milton, como sempre você vai ao x da questão e chega mais além. Creio que o email e o blog, mesmo não permitindo – na maioria das vezes -a calorosa proximidade humana, são instrumentos muito bons para reunir pessoas que têm interesses comuns. Da minha parte, por exemplo, tenho utilizado ambos como pressão política. Permita-me, inclusive, citar o endereço do blog que estou editando para tentar obter da Câmara dos Deputados – a casa do povo – respostas a muitas questões que devem ser as mesmas da população brasileira. Tenho feito a minha parte mas a resposta que tenho obtido da Câmara é apenas o eco de um constrangedor silêncio. O blog está em http://www.srparlamentar.blogger.com.br Abraço fraterno

    Luiz Coutinho Relações Humanas e Intern… Oct 7 2005

    Milton, praticamente na mesma hora que você fez o comentário em Agreste, eu encontrei casualmente Moacy Cirne na rua. Infelizmente foi uma conversa rápida, mas ele demonstrou interesse em participar das reuniões regulares que temos,as quais não são virtuais, mas em mesa de bar mesmo.

    Manoel Carlos Relações Humanas e Intern… Oct 7 2005

    Bela postagem, meu caro, em tom de agradável conversa. Aqui no Rio, por exemplo, não troco o papo na simpática, pequena e charmosa livraria Folha Seca, dos amigos Rodrigo (rubro-negro) e Daniela (botafoguense), pela frieza da internet. Frieza que se estabelece em alguns casos, quando verificamos uma verdadeira burocracia virtual do elogio mútuo. Ainda bem que há exceções, claro. Quanto a mim, não fico horas diante do computador, mas sou capaz de ficar horas, aos sábados, no Choro da Feira, ao lado da minha casa, aqui em Laranjeiras. Um grande abraço.

    Moacy Relações Humanas e Intern… Oct 7 2005

    GIRASSÓIS PRA SEMPRE By Ramiro Conceição Não cantarei os mortos de “Paris, Rio, São Paulo”, Londres ou Madri. Não cantarei os mortos de Bagdá. Não cantarei os mortos do Haiti. Não cantarei porque também morri. Ai de nós! Porque a vida estava aqui, está aqui e estará aqui, apesar de nós. Eu acuso a América de dependente química do petróleo de Alá. E de águia assassina sobre Bagdá. Eu acuso Washington de criadouro de ditadores e de abatedouro de inocentes, ao bel-prazer do ouro. Eu acuso a ilha de Manhattan de matar Lennon e Lincoln, em todos os lugares do mundo. A grandeza de qualquer civilização não está em seu mercado, em seus palácios, na quantidade de petróleo, ouro ou prata ou no tamanho da sua esquadra. A grandeza duma civilização está em seu recheio, nas condições que fomentam a geração de seres sadios, construtores de estradas entre estrelas e palavras. Somos aptos à imundice de tudo. Mas há uma navalha que separa canalhas de canários: uma ética à continuidade do Mundo.

    Ramiro Conceição Relações Humanas e Intern… Oct 7 2005

    PACÍFICO DESTINO By Ramiro Conceição No imaginário Norte, brancos cabelos à sorte. No imaginário Sul, silêncios brancos do azul. Entre os pés e a cabeça, sonhos e florestas de flores amarelas, vermelhas e azuis. Entre Norte — Sul o admirável sucedeu: conquistas, assassínios e o mistério de Deus. Entre o céu e a terra uma história nasceu: aquela em que os deuses são filhos, seus. A Pérola Azul, uma lágrima divina, gira o Ocidente ao Oriente ao Ocidente com dois corações castanhos em si: aquele à direita é a África bendita, violentada pela ganância branca e vil; o indígena à esquerda ferido é o Brasil!

    Ramiro Conceição Nascimen… Relações Humanas e Intern… Oct 7
    2005

    Posso dizer sem falsa modéstia que faço parte desse rol. É triste a distância, porém, sempre resta a esperança de recebê-los aqui. Qto ao post anterior, adoro Elisabeth Shue, ela é ultra versátil, muda de cara, corpo e olhar. Queria lembrar o nome do filme no qual ela interpreta uma menina limítrofe. Gostei tb muito de Leaving Las Vegas. Beijão

    Mônica Relações Humanas e Intern… Oct 6 2005

    SODOMA By Ramiro Conceição Negaste-me acolhida tal qual a um estranho que chegasse a tua casa e pedisse comida. Mas eu não era um estrangeiro e, se o fora, devias olhar-me, porque quem sabe um bem bem-vindo eu fosse; porém, como sempre, cheguei atrasado tal qual chegam todas as estrelas. Enfim, eis a perfídia dos carrascos de Sodoma: negar a acolhida a quem trazia luz à moradia. Você me deixou ao relento. Trancou a porta. E foi dormir no escuro aposento. Como cantarei às coisas claras feito as cigarras se você não me guitarra?

    Ramiro Conceição Relações Humanas e Intern… Oct 6 2005

    Bons tempos da King’s (fechou, né? Pelo menos não está mais na Galeria Chaves). É possível que tenhamos nos encontrado por lá diversas vezes ou não, pois eu andava com a turma do Concerto n. 5, hehehe. Outro dia estive lá naquela lojinha do segundo andar e me lembrei da King’s. Também aprendi muita coisa por lá e quase toda a minha coleção de LPs clássicos foi comprada lá. abs

    afonso Relações Humanas e Intern… Oct 6 2005

    TEMPO DOS SERES By Ramiro Conceição Além das flores, quem és? Sou as cores. Além das cores, quem foste? Fui amores. Além de amores, quem serás? Serei o que deste e dás. Além das flores, quem eras? Era as cores. Além das cores, quem foras? Fora amores. Além de amores, quem serias? Seria o que deras e davas. Além das flores, quem sejas? Seja as cores. Além das cores, quem fosses? Fosse amores. Além de amores, quem fores? For aquilo que desses e dês. Além das flores — sê! Além das cores, seres sendo, sido, além dos pecados idos.

    Ramiro Conceição Relações Humanas e Intern… Oct 6 2005

    NUNCA MAIS By Ramiro Conceição Nunca mais esses passarinhos nesse ninho. Nunca mais essa primavera e seus odores. Nunca mais essas cores iguais. Nunca mais nossas risadas e cidades. Nunca mais nossa esperança nessa estrada. Nunca mais esse instante de palavras. Nunca mais… FILHOS DO SOL By Ramiro Conceição Lembra-se daquela vez em que éramos inocentes simplesmente caminhando? Lembra-se daquela vez em que tínhamos somente o nosso frágil amor? Lembra-se daquela vez em que juramos? Lembra-se como nos amamos? Lembra como brilhamos de felicidade? Lembra-se daquela vez em que brigamos? Lembra como nos xingamos? Lembra como nos amaldiçoamos? Lembra-se daquela vez em que voltamos? Lembra como festejamos ? Lembra do cuidado com que nos reconhecemos? Lembra daquela vez em que morremos? Lembra do quanto choramos? Lembra como oramos a Deus? Lembra daquela vez em que você e eu amamos outra vez? Éramos e somos filhos do Sol!

    Ramiro Conceição Relações Humanas e Intern… Oct 6 2005

    engraçado q eu tive uma conversa sobre mais ou menos esse assunto por msn com um amigo meu e ele disse q ia fazer um post a respeito. aí eu entro aqui e leio esse e… juro, por segundos minha mente teve um bug e eu já não sabia o blog de quem eu estava lendo. o q eu quis dizer com isso? nada, não. só comentando pra dar o ar da graça, e pra avisar q eu tenho preguiça de comentar, então pode se passar meses até tu ler um comentário meu de novo, o q não significa q eu não esteja lendo. um beijo da vizinha esquizofrênica.

    fer Relações Humanas e Intern… Oct 6 2005

    Milton, pra mim os e-mails são só para me comunicar a longa distância; as pessoas com quem posso me encontrar ao vivo ou bater longos papos pelo telefone, eu continuo me relacionando da forma antiga. Inclusive, os amigos blogueiros com quem convivo há mais tempo e tenho maior afinidade, eu acabo falando por telefone, ou encontrando pessoalmente quando possível. Mas não há dúvida que as mensagens por e-mail são muito mais breves que as conversas telefônicas. Essas se estendem bem mais, ninguém tem coragem de pedir para desligar, um papo vai emendando no outro… No e-mail você manda o recado, e tchau.

    Leila Relações Humanas e Intern… Oct 6 2005

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