Dica do Vinicius (sem acento).
Ou aqui. Um show bobinho de 1980 com Jaco Pastorius, Pat Metheny, Michael Brecker… Uf! Logo abaixo, repetida, a lindíssima letra escrita por Joni. E, lá embaixo, como extra, coloco o célebre solo de Pastorius que seguia Pork Pie no show.
Goodbye Pork Pie Hat
When Charlie speaks of Lester
You know someone great has gone
The sweetest swinging music man
Had a Porkie Pig hat on
A bright star
In a dark age
When the bandstands had a thousand ways
Of refusing a black man admission
Black musician
In those days they put him in an
Underdog position
Cellars and chittlins’
When Lester took him a wife
Arm and arm went black and white
And some saw red
And drove them from their hotel bed
Love is never easy
It’s short of the hope we have for happiness
Bright and sweet
Love is never easy street!
Now we are black and white
Embracing out in the lunatic New York night
It’s very unlikely we’ll be driven out of town
Or be hung in a tree
That’s unlikely!
Tonight these crowds
Are happy and loud
Children are up dancing in the streets
In the sticky middle of the night
Summer serenade
Of taxi horns and fun arcades
Where right or wrong
Under neon
Every feeling goes on!
For you and me
The sidewalk is a history book
And a circus
Dangerous clowns
Balancing dreadful and wonderful perceptions
They have been handed
Day by day
Generations on down
We came up from the subway
On the music midnight makes
To Charlie’s bass and Lester’s saxophone
In taxi horns and brakes
Now Charlie’s down in Mexico
With the healers
So the sidewalk leads us with music
To two little dancers
Dancing outside a black bar
There’s a sign up on the awning
It says “Pork Pie Hat Bar”
And there’s black babies dancing…
Tonight!
Ou aqui.
Muito obrigado pela referência, Milton (sem acento).
Contexto: como sabemos, “Goodbye pork-pie hat” (1959), de Mingus, era um tributo ao então recém-falecido Lester Young, o qual está representado no título da composição pela menção ao chapéu em forma de “pork pie” que usava.
História: Em 1979, Joni Mitchell, por sua vez, gravou um disco inteiro em homenagem ao ainda vivo Mingus, e com algumas composições do próprio – executadas por músicos “elétricos”, entre eles o grande Jaco Pastorius (há, aliás, outros bons álbuns de Mitchell com Pastorius, sendo “Hejira” [1976] uma excelente pedida para iniciantes e iniciados).
Derivação: quanto ao Pastorius, já dizia Pat Metheny: “Se originalidade pagasse royalties, Jaco seria um dos homens mais ricos do mundo.” Metheny disse isso porque muitos contrabaixistas elétricos passaram a usar, sem escrúpulos, o timbre fretless de Pastorius, que todos bem conhecemos. Até mesmo nas plagas porto-alegrenses, o bom André Gomes (quase sempre um “Stanley Clarke man”, devoto do slap onanista) não deixou de copiar descaradamente o timbre de Pastorius [ouçam a composição “Speechless” do Weather Report e depois “Nosferatu”, do bom e velho, mas já extinto, grupo gaúcho Cheiro de Vida]).
Atualização: para maiores detalhes e entrecruzamentos, vejam, por exemplo, o site de um certo PQP Bach – e baixem o CD “Mingus”, de Joni Mitchell, de lá. Lamento, contudo, que PQP Bach não disponibilize cd algum de Pastorius, cuja morte, diga-se de passagem, completará 22 anos amanhã… Deve ser ressentimento familiar, afinal Pastorius gravou “Chromatic fantasy” de Johann Sebastian, e nada de PQP Bach.
Um abraço,
Vinicius
Milton, aceita um bonus track ?
com Jeff Beck, um dos grandes da guitarra:
aqui, ao vivo. Beck nao usa palheta. magnifico.
e aqueles brucutus que mataram Jaco, deviam ser condenados à audição perpétua de toda a obra do baixista Paulo Ricardo.