Ramiro
O Tim Maia disse isso, é?
Pois eu fiz quase igual. Nasci e vivi até os 13 anos em uma pequena cidade de colonização italiana. Muito católica.
Fiz catequese e me preparei para a primeira comunhão. Como parte do processo, fui fazer a confissão.
O padre era o jovem (na cidade, havia o padre velho, quase dono do lugar e uma sequência de padres jovens que não duravam mais de dois anos). Talvez fosse um inovador, pois não quis ouvir as confissões da gurizada no confessionário (que é uma coisinha assustadora), mas sim na sacristia.
Quando entrei ele me perguntou se eu pecava e quais eram esses pecados. Eu pensei por um instante e disse:
“Às vezes eu minto.”
Ele me olhou, inquisitivo: “só isso?”
“Só.” Respondi com um sorriso na alma.
“Nenhum pecado mais?”
“Não.”
Silêncio. O padre meditou por um segundo.
“Então às vezes tu mente?”
“É, às vezes eu minto.”
Outra pausa.
“Sabe rezar o Ato de Contrição?”
“Sei sim.”
“Então reza três e te arranca daqui.”
Luís, seu comentário me fez lembrar da minha primeira comunhão. Não sabia como dizer pro padre que mexia no pau. Resultado, não contei; comunguei assim mesmo… Foi terrível, aos 7 anos, sentir-se condenado ao fogo eterno.
Depois, cresci; e aprendi a conversar com os anjos que me contaram que Deus, há muito, já condenara a Igreja Católica ao reino de Belzebu.
A mulher folheava O Homem e seus Símbolos, uma compilação com artigos escritos por diversos orientados por Carl Jung e deparou-se com uma ilustração de uma mulher seminua em um clube de strip-tease; leu o texto e comentou com o marido:
“Vê só que engraçado, a mulher que escreveu esse texto enuncia que a fascinação dos homens por mulheres dançando seminuas em clubes de adultos são uma torpe extensão dos desejos infantis”
O homem olhou para a ilustração distraidamente e respondeu:
“Sim, com certeza…”
EU NÃO!
Sou igual Tim Maia:
não bebo; não fumo;
e, de vez enquanto,
digo uma mentirinha!
catrálios me mordam, essas brahmas me matam: “em quando”
Ramiro
O Tim Maia disse isso, é?
Pois eu fiz quase igual. Nasci e vivi até os 13 anos em uma pequena cidade de colonização italiana. Muito católica.
Fiz catequese e me preparei para a primeira comunhão. Como parte do processo, fui fazer a confissão.
O padre era o jovem (na cidade, havia o padre velho, quase dono do lugar e uma sequência de padres jovens que não duravam mais de dois anos). Talvez fosse um inovador, pois não quis ouvir as confissões da gurizada no confessionário (que é uma coisinha assustadora), mas sim na sacristia.
Quando entrei ele me perguntou se eu pecava e quais eram esses pecados. Eu pensei por um instante e disse:
“Às vezes eu minto.”
Ele me olhou, inquisitivo: “só isso?”
“Só.” Respondi com um sorriso na alma.
“Nenhum pecado mais?”
“Não.”
Silêncio. O padre meditou por um segundo.
“Então às vezes tu mente?”
“É, às vezes eu minto.”
Outra pausa.
“Sabe rezar o Ato de Contrição?”
“Sei sim.”
“Então reza três e te arranca daqui.”
Luís, seu comentário me fez lembrar da minha primeira comunhão. Não sabia como dizer pro padre que mexia no pau. Resultado, não contei; comunguei assim mesmo… Foi terrível, aos 7 anos, sentir-se condenado ao fogo eterno.
Depois, cresci; e aprendi a conversar com os anjos que me contaram que Deus, há muito, já condenara a Igreja Católica ao reino de Belzebu.
A mulher folheava O Homem e seus Símbolos, uma compilação com artigos escritos por diversos orientados por Carl Jung e deparou-se com uma ilustração de uma mulher seminua em um clube de strip-tease; leu o texto e comentou com o marido:
“Vê só que engraçado, a mulher que escreveu esse texto enuncia que a fascinação dos homens por mulheres dançando seminuas em clubes de adultos são uma torpe extensão dos desejos infantis”
O homem olhou para a ilustração distraidamente e respondeu:
“Sim, com certeza…”
Assim como 99% dos homens se masturbam e 1% são mentirosos …
Podiam pegar como grupo controle jovens com deficiências visuais congênitas severas… Não procuraram direito, esses cientistas… tsc tsc…