As estrelas do passado tinham algo que…
… talvez falte a algumas atrizes de hoje.
Eram os filmes? Era a fotografia em preto e branco?
Era o modo de se movimentar? O de seduzir?
Era a pouca informação que tínhamos delas ou, dizendo de outro modo, a presença da privacidade?
Era a sensualidade elegantemente toldada pelo pudor?
Ou seria apenas e simplesmente aquilo que aponta Jack Nicholson aos 70 anos?
Sinto falta de classe. Ele pode ter razão, mas sua frase é de rigorosa deselegância.
É natural que um homem de 70 anos passe a admirar a educação, a forma de vestir,…
… a categoria, a postura, o assunto. Afinal, os anos passam injustamente para todos…
Nicholson tem mais razão ao chamar de cruel a sociedade onde um ator de mais de 60 anos…
… não pode mais fazer papéis com apelo sexual.
Acho importante informar a vocês que não sou Jack Nicholson e, mesmo eu, sim, euzinho, …
… após perder as esperanças numa sociedade sem classes …
… me conformo em viver numa sociedade destituída de classe.
Frase que engloba o que Nicholson disse, mas também outra esfera.
Maior ou menor. Mas, para variar, tergiverso.
SÃO TODAS LINDAS, NÃO?
À exceção de Greta Garbo (abaixo), me apaixonaria facilmente por qualquer uma delas.
Quem disse que os homens preferem as loiras? Penso que haja equilíbrio, não?
Não houve planejamento. Mas por que diabos a Vitti ficou tão bonita loira?
(Minha preferida? Ingrid Bergman, claro).
Concordo que às atrizes de hoje falta glamour e um certo toque de surrealismo. As atrizes de hoje são super expostas, acessíveis e disponíveis – à imprensa, que hoje é abundante – mas, imaginando a idade das atrizes do passado que sobreviveram, se tiver oportunidade, vou preferir as super expostas de hoje.
Bem, aqui estamos no terreno da fantasia. Todas são jovens e disponíveis.
E então, ficas com quais?
Talvez seria mais uma falta da “aura” do que de classe. Se bem que uma coisa pode muito bem levar à outra. E, sem querer puxar sardinha pro meu fenótipo capilar, as morenas enchem mais a tela.
E o que constrói a aura?
Eu fico com as morenas, sem dúvida.
Não são do meu tempo…srsrs
E nem do meu…
Sim, são todas lindas. São todas maravilhosas. São todas sensuais. São todas mulheres de verdade, e não bonecas de porcelana. Claro, há – hoje como ontem – as exceções de sempre.
Um abraço.
São todas mulheres de verdade. É. Não são pré-fabricadas. Acho que é isto que queres dizer, certo?
Rita, Marylin, Ingrid Bergman, Ava… nessa ordem.
Não são mortais.
Estão no Olimpo.
Minha lista começa por Ingrid, depois Sophia e Ava…
Sobre obviedades:
Sobre a Marylin;
Eu sempre fui “do contra”. Acabava por não gostar do que a maioria das pessoas gostava. Diziam que eu tinha o gosto estragado.
Eu conhecia a Marylin por cartazes e referências passageiras. Sempre achei que não me sentiria tocado por sua beleza. Era óbvia demais. Até que vi “Quanto Mais Quente Melhor” (há uma fofoca de que ela estaria grávida nesse filme) e comecei a procurar outros filmes com ela, e prestar atenção a todas as suas imagens. Minha postura gauche foi para os ares: ela é ESTONTEANTE. Sempre!
Quando à Rita. Bem.. é clichê mas dizem que nunca houve uma mulher como Gilda.
Minha mãe tem a teoria de que antigamente as atrizes belas eram realmente belas. Eram mulheres estonteantes, acima da média, geneticamente privilegiadas. Atualmente o nosso conceito de beleza estaria tão democrático que qualquer ajeitadinha já vira musa, ainda que por alguns meses.
Pra mim faz sentido.
Excelente observação da tua mãe. Pra mim tb faz sentido.
Depende…
A Rita era morena e tinha testa curta: virou ruiva e fez eletrólise (imagino que na época devia ser bem doloroso) para ampliar a testa.
Marilyn era ruiva e ficou loura porque a moda ditava que esta era a cor dos 50.
Bacall tinha 19 anos quando atuou pela primeira vez e lhe ensinaram o andar e o jeito de usar a voz que era sua “thing” como dizem os americanos.
É claro que isso não serve para todas. Elizabeth Taylor era perfeita já aos 12. Assim, acho que a genética não é tudo e eu voto na ATITUDE (assim mesmo, em maiúscula). Esse “que” a mais que faz uma mulher feia como Marlene Dietrich ser uma deusa. Quem não lembra, a inglesa Kristin Scott Thomas a imitou em ‘O Paciente Inglês’ e esteve mais interessante do que nunca naquele filma. Aliás, acho que ela e a Scarlett Johansson nasceram na época errada.
Mas claro, há gente que prefira mulheres-frutas…
Em meio a seu comentário, a Sra. ousou qualificar la Dietrich de feia. Este foi um dos maiores absurdos que já li neste blog e a declaro expulsa do blog pelos próximos 5 minutos.
Não adianta reclamar!
(O restante de seus argumentos foram excelentes, as usual).
Expulsão: 10:56
São 00:01.
Ok? Já posso voltar?
Esse é todo o caso Milton. Dietrich é tão maravilhosa que (quase) ninguém percebe esse pequeno, minúsculo eu diria, probleminha. A criatura simplesmente inventou o significado da palavra charme. Embasbacados todos se perdem pelo Anjo Azul. Acredite, não os culpo. Na verdade, invejo Dietrich mais do que a qualquer outra. Ninguém foi capaz de tornar o real, excepcional, como ela.
Não concordo. É isso, mas há (muita) beleza. Tá bom, vou te demolir:
http://miltonribeiro.opsblog.org/2008/03/22/porque-hoje-e-sabado-marlene-dietrich/
Sim, Milton. As atrizes e modelos de hoje, em sua grande maioria, são fabricadas nos descaminhos da indústria cosmética.
Abraços.
Já que o assunto é classe… http://www.youtube.com/watch?v=Qn7YcPQgPDo
É, nem vou discutir…
falta de classe… falta de amor, de compaixão, de paixão que não seja tensão sexual ou vontade matar. bom pensar nessas coisas! obrigado!