Por Leandro Fortes
Parem as rotativas! A nova versão da PM de São Paulo para a presença do policial barbado na manifestação dos professores supera todas as expectativas. Questionada pela repórter Conceição Lemes, do Vi o Mundo, sobre a antológica foto de Clayton de Souza, da Agência Estado, a assessoria de imprensa da PM paulista conseguiu ultrapassar a tênue linha que separa o deboche do escárnio:
– Ele estava no local, não disse o que estava fazendo.
Sensacional. Mas tem mais. Quando Conceição quis saber o nome do cabra, a assessoria da PM saiu-se com essa:
– Por solicitação do policial, que pediu para ter o seu nome preservado, a PM não irá divulgar o nome dele.
Finalmente, um herói de verdade. Humilde, o jovem de barba não quer notoriedade nem reconhecimento. Quer apenas perpetuar sua imagem de homem do povo, a carregar uma colega ferida de guerra. Praticamente um zorro!
Atire a primeira pedra (desculpem o clichê) o governo que nunca realizou serviços de inteligência, que nunca utilizou o poder de polícia para monitorar certos movimentos da sociedade, para colher informações, sobretudo de sindicatos cujos líderes fazem protesto contra o governo e depois vão participar de comício da candidata do partido que faz oposição.
Ué, mas se é um heroi das esquerdas, cadê ele, que não se apresenta? Se não é o Zorro, é o tonto…
E tem outra coisa: policial militar à paisana é ilegal, pronto!