NOTA CONJUNTA DE REPÚDIO
O PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, A DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, A OAB/RJ, POR SUA 9ª SUBSEÇÃO, O MUNICÍPIO DE NOVA FRIBURGO, O DIRETOR DO IML-AP/RJ E O DELEGADO DE POLÍCIA TITULAR DE NOVA FRIBURGO, vem apresentar nota conjunta repudiando a matéria publicada na Revista Veja, edição 2200, ano 44, nº 03, de 19 de janeiro de 2011, em especial, o conteúdo do último parágrafo de fls. 54 até o primeiro parágrafo de fls. 56, em razão de seu conteúdo totalmente inverídico, conforme será esclarecido a seguir:
1) Inicialmente, cumpre esclarecer que em momento algum os corpos da vítimas fatais ficaram sobrepostos uns sobre os outros no Instituto de Educação de Nova Friburgo, local em que foi montado um posto provisório do IML, em razão da catástrofe que assolou toda esta região, mas sim acomodados separadamente lado a lado no ginásio do Instituto;
2) O acesso ao referido Instituto foi limitado às autoridades públicas e aos integrantes das Instituições inicialmente referidas, sendo certo que o ingresso dos familiares no local para a realização de reconhecimento somente foi permitido após autorização de um dos integrantes das mencionadas instituições e na companhia permanente do mesmo;
3) A liberação dos corpos para sepultamento somente foi autorizada após o devido reconhecimento efetuado por um familiar, sendo totalmente falsa a afirmação de que “ao identificar um conhecido, bastava levá-lo embora, sem a necessidade de comprovar o parentesco”. Frise-se, que mesmo com o reconhecimento, foi realizado posteriormente procedimento de identificação pelos peritos da Policia Civil do Estado do Rio de Janeiro, bem como de outros cedidos pela Polícia Civil de São Paulo, pela Polícia Federal e pelo Exercito Brasileiro, estes por intermédio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, com a análise da impressão digital, do exame de arcada dentária e exame de DNA;
4) Ademais, cada um dos falecidos foi colocado em uma urna e sepultado individualmente, não existindo qualquer tipo de sepultamento coletivo, mas sim vários sepultamentos individuas e simultâneos no mesmo cemitério;
5) Em meio a infeliz perda de 371 vidas, somente neste Município de Nova Friburgo (até presente momento) é importante registrar que houve apenas 03 (três) casos de divergência dos reconhecimentos feitos pelos parentes, os quais estão sendo devidamente esclarecidos pelos peritos do IML/Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, através do exame das impressões digitais, das arcadas dentárias e do exame de DNA. Assim, ao contrário do que a narrativa contida na matéria publicada leva o leitor a concluir, não houve uma feira livre na busca e no sepultamento de corpos, mas ao contrário, um trabalho sério realizado por profissionais exemplares, dedicados e comprometidos em minimizar, naquilo em que era possível, o sofrimento da população local, e ainda preservar, dentro das possibilidades existentes, a ordem e a saúde pública.Aliás, o respeito pelas famílias e pelos corpos dos cidadãos falecidos não permitiria que os mesmos fossem tratados pelas autoridades da maneira descrita pelas jornalistas.
Assim, é com extremo pesar, que em meio a um evento trágico e que entristeceu a todos, tenhamos que vir a público repudiar as inverdades publicadas, de cunho meramente sensacionalista, a fim de evitar que o desserviço gerado pela matéria venha a causar mais prejuízo, sofrimento e comoção aos familiares das vítimas e a toda nossa comunidade.
Nova Friburgo, 21 de janeiro de 2011.
E tem gente que ainda assina veja e põe no consultório para os clientes! Que horror!
Proponho iniciar uma campanha para que médicos e dentistas usem somente revistas de arte, decoração, moda e fofoca nas recepções.
Vejam bem, não estou elitizando, tanto faz ser a Caras ou a Bravo, mas que não seja um lixo manipulador como a Veja e suas similares…
De acordo.
A campanha tem que se estender também para as salas de espera dos institutos de beleza… acabei de chegar de um e estava cheio delas… que desgraça…
Pior que Veja nas salas de espera de consultórios são os pais de classe média que assinam Veja para os filhos se manterem informados. E a mulecada acha lindo ler a “melhor” revista do país. Conheço várias famílias assim.
Eu proponho uma outra campanha: por que não colocar Carta Capital, Piauí, Le Monde Diplomatique nos consultórios? Ou livros de contos, tinham aqueles “Para Gostar de Ler”, muito bom! Ou os do Inácio Loyola Brandão, excelentes… bom, na falta de alguma coisa boa, que coloquem bulas de remédio pros pacientes/clientes lerem, qualquer coisa menos Veja! Veja não serve nem pra fazer lenha! (faz muita fumaça, libera toxinas da tinta, etc.)
“corpos das vítimas fatais”?
A Revista Veja é publicação da Editora Abril. E prá quem não sabe como começou a Editora Abril e, de quebra, o Sistema Globo de Comunicação, é só ler “O Capital Estrangeiro na Imprensa Brasileira”, de Nélson Werneck Sodre´. Pura maracutaia, acordos escusos com o capital norte-americano, via Grupo Time-Life, com prazo “ad aeternum”, a perder de vista. Daí o “rabo preso” com inconfessáveis interesses internacionais, por isso não tendo, necessariamente, como prioridade os nossos interesses, o da Nação Brasileira.