Ia fazer um rescaldo dos fatos de ontem (ver post abajo), mas estou todo atrasado. Sou um apologista da rotina; ela me tranquiliza. Escrevo meus posts à noite e os reviso pela manhã. Ontem, houve a audiência e depois vi Inter x São José e Fluminense x América. Para completar, hoje, cedo pela manhã, eu e meu filho fomos para a parada de ônibus conversando animadamente sobre as possibilidades de Roger Federer, no ano em que completa 30 anos de idade, voltar a ser o número 1 do tênis mundial. Resultado: pegamos o ônibus errado. O motorista entrou pela Vila Cruzeiro — um bairro pobre e de alta criminalidade que poderia ser muito aprazível com sua vista para o Guaíba — e deu todas as voltinhas possíveis. Perguntei para o Bernardo se ele queria sair, “ah, não pai, agora estamos sentados”. OK. Agora só me resta trabajar!
Pô, sacanagem! Quantas vezes já te disse para deixar desse negócio de trabalho e se dedicar integralmente ao blog. 🙂
Estamos todos curiosos.
A Elisa Lucinda, atriz e… escritora, escreveu e protagonizou uma peça de teatro sob o título, creio, “Não me falem mal da rotina!”. Não sei o conteúdo da peça, mas a exclamação é precisa; não tem nada melhor do que transformar em hábitos os procedimentos cotidianos que, de outra forma, nos fazem perder tempo, como não ter hora certa para acordar, não observar na higiene matutina uma sequência de atos constante, escolher roupas ao acaso, não saber que caminho tomar à rua, coisas assim. Esses procedimentos padronizados libertam a imaginação para criações em outros campos, sem, no entanto, eliminar os acasos, como os de pegar um ônibus errado e, mesmo com a aporrinhação causada por isso, (re)conhecer pessoas e localidades próximas mas descartadas da geografia restrita de suas obrigações.