É imenso. Dura 2 horas, mas é muito interessante. Foi gravado em setembro de 2007 e tem o título de Discussions with Richard Dawkins, Episode 1: The Four Horsemen. Para quem não me entende e gosta de me atribuir opiniões, digo que acho que a religião é algo INEXTIRPÁVEL da humanidade, mas que sua presença pode e TEM DE SER em muito amenizada. Aliás, é que já vem acontecendo lentamente através dos séculos. Há estudos, isto também não é opinião.
Divirtam-se com o civilizadíssimo debate.
http://www.youtube.com/watch?v=0xO8mTLEnik
Ou clique aqui.
Olá bonito tópico , adorei bastante, talvez poderiamos tornar-nos blog palls 🙂 lol!
Tirando as brincadeiras sou o Diogo, e como tu publico blogs se bem que o tema da minha página é bastante diferente deste….
Eu estudo blogs de poker sobre bónus sem depósito sem teres de por o teu capital……
Apreciei imenso aquilo vi escrito!
Milton,
a religião é tão inextipável que até os ateus tornam-se uns.
O pensamento religioso não consiste apenas em crer num deus de barbas brancas, mas deriva em manifestações mágicas, como ideologias, politicamente correto, racismos e assemelhados.
O ser humano opera com uma explicação paterna e finalística. É muito difícil escapar disto e a fé no extra-humano. memso Nieztche que denunciou isto foi aproveitado pelo Nazismo, que criou sua própria “religião”
Branco
Sugiro um livrinho interessante:
Em que crêem os que não crêem.
Um debate epistolar , se não me engano no Corriere d’ella Sera, entre o cardeal Martini, arcebispo de Milão e Umberto Eco.
Ao menos para ouvir um debate de gente de alto nível e também ver a diferença entre este prelado e o papa.
A tese de uma progressiva secularização do Ocidente, oriunda em Weber, popularizada por muita gente boa como o sociólogo de Chicago Peter Berger e o filósofo centenário Charles Taylor, é muito mais wishful thinking do que descrição exata do estado de coisas.
A bem da verdade, quem parece que vem ganhando no debate se a religião tem ou não perdido espaço na esfera pública; se tem ou não se recolhido para o mundo do privado (como queria o primeiro Peter Berger); é a turma que capitaliza feras como o antropólogo Clifford Geertz e o sociólogo Rodney Stark. Representativo do novo espírito (abusando aqui do figurado que vai contra a tese do post) é o excelente e já datado (embora de 1999) texto do Rodney Stark, espirituosamente entitulado Secularization R.I.P (Secularization Rest in Peace).
O artigo pode ser encontrado na íntegra aqui http://walldorf.typepad.com/politics_economics_and_ot/files/secularization_1.pdf
e representa (mesmo) o status da questão na atualidade (Charles Taylor é uma das poucas vozes solitárias no deserto que ainda mantém o messiânico canto de que a religião vem perdendo o seu lastro no público)
Parafraseando o Geertz, Fatwas, o Budismo Varajna que alimenta o conflito China-Tibet, 9-11, o debate ad nausea educacional nos EUA sobre criacionismo/inteligent design, o fortalecimento da face mais nefasta de um neopentecostalismo reacionário na América Latina, tudo isso pode só representar algo alienado da bem-aventurança de um mundo cada vez mais laico – tá muito mais para o retorno (with a vengeance) do recalcado que nunca esteve de fato no recalcado. Abusando daquela piadinha manjadíssima, é a volta dos que não foram.
Por Nicolas Timoshenko
Fanatismo religioso, mal do mundo
O fanatismo religioso segue sendo o principal responsável pelas atrocidades cometidas no mundo. Já foi assim com o 11 de setembro nos EUA e foi da mesma forma nesta sexta-feira no Afeganistão. Assim como também o foi a 20 de março, quando o pastor protestante Wayne Sapp queimou um exemplar do Corão em uma igreja da Flórida. Foi o ato radical do pastor americano que levou a massa ignara da cidade de Mazara-I-Sharif, no Afeganistão, a atacar a representação da ONU e matar oito funcionários da organização. Sendo dois decapitados, segundo as informações. Ato inconcebível. Os funcionários da ONU estão lá para tentar ajudar o país e acabam sendo agredidos de forma covarde. O episódio é a prova maior de que não há o mínimo controle por parte das forças de segurança. Dizia-se que o Afeganistão sob o domínio do Talibã vivia nas trevas. Percebe-se que não é preciso o nefasto regime estar no poder para a população mostrar que ainda vive na Idade Média.
No Iraque, onde a representação da ONU também foi para os ares, vitimando o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, não passa uma semana sem que aconteça um atentado que mata 40 ou 50 pessoas. Brigas entre xiitas e sunitas. Com as guerras nesses dois países – Iraque e Afeganistão -, os EUA já gastaram 1 trilhão de dólares. E o resultado é este que se vê. Vão ter que deixar aqueles países sem ter conseguido estruturar segurança para os governos aliados que deixam no poder. Ou melhor, deixam no cargo, porque o poder eles não detêm.
MUDANÇA NA LÍBIA
Os EUA tiraram o corpo fora e passaram para a responsabilidade da Otan o comando das ações na Líbia. Na prática, não muda muito, porque os comandos e os maiores contingentes da organização, tanto em termos bélicos quanto humanos, são americanos. Então, serão esses que continuarão a desenvolver as ações, só que, não em nome dos EUA, mas da Aliança Atlântica. Envolto na contradição de ser o ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2009 e de ter autorizado uma nova guerra, o presidente Barack Obama foi à televisão para dizer que as forças americanas ajudaram a salvar vidas de civis do Leste da Líbia que iriam morrer em função dos ataques das forças de Kadhafi. É verdade, mas, em compensação, conforme denunciou a Igreja Católica em Trípoli, estão ajudando a matar os civis do Oeste, que são atacados pelas forças que são contra Kadhafi. Assim como também morrem civis nos bombardeios feitos contra aviões e tanques líbios. Embora o alvo seja militar, é muito difícil realizar um ataque sem efeito colateral.
Outro problema que desponta é saber quem irá governar a Líbia, após o afastamento de Kadhafi. Obama diz que os árabes devem seguir os exemplos de Brasil e Chile, que saíram de ditaduras para a democracia. A diferença é que brasileiros e chilenos já conheciam a democracia antes e trataram de reconquistá-la. Os árabes nunca conheceram democracia. A composição de seus países, de um modo geral, é feita por tribos ou facções religiosas, que costumam brigar entre si. Para manter a ordem, só um regime de força. Quando tentam impor democracia vira bagunça. Basta ver Iraque. Com a Líbia, possivelmente, não será diferente. Já há especulação de que as tribos vencedoras em Benghazi podem não ser aceitas pelas tribos de Trípoli. Conforme ressaltou o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, as intervenções estrangeiras só tendem a aumentar ainda mais as divisões internas dos países árabes. Assim é que a Líbia poderá ser mais um país que o Ocidente terá que ficar tutelando, como o Iraque e o Afeganistão, a um altíssimo custo, tanto em termos políticos e militares, quanto em vidas humanas.
PREOCUPAÇÃO EM ISRAEL
Israel está acompanhando de perto a crise na Síria e vê com apreensão uma possível queda do presidente Bashar Al-Assad. As autoridades israelenses temem que uma liderança mais conservadora assuma o poder, o que seria um risco para a segurança da fronteira no Norte de Israel. Os dois países, que já se enfrentaram três vezes, vivem uma espécie de guerra fria, já que a Síria mantém uma aliança com o Irã, e apoia o grupo Hezbollaz no Líbano. Da mesma forma, há grande preocupação com quem irá assumir o governo no Egito. Pois pode surgir um apoio maior para o grupo radical palestino Hamas. São as pedras do dominó do Oriente Médio que seguem balançando.
Milton,
Pra mim o problema dos seus ateus de gabinete (Dawkins, Dennett, Hitchens) é o de que eles se propõem a falar sobre o destino do religioso a partir da empáfia (que normalmente acompanha o ateu proselitista), sem “descer” para observar onde o religioso se manifesta.
O desmonte contra o fanatismo é muito necessário.
Mais ele é colocado de forma equivocada pelo atheist all-star.
Impressões subjetivíssimas sobre a coisa por si mesmas, prefiro ficar com o engraçado Bill Maher, que pelo menos não faz tempestade em copo d’água sobre a circuncisão e nem dá faniquitos com o Rabino de plantão da hora, como o Hitchens.
[…] Um bom debate entre Richard Dawkins, Daniel Dennett, Sam Harris e Christopher Hitchens – Milton Ribeiro […]
Concordo… o impacto da religião deve ser amenizado.
Milton ,
concordo contigo sobre os males do fanatismo religioso. Feynman uma vez disse (mais ou menos assim): Sempre os homens bons fazem coisas boas e os homens maus fazem coisas más, Apenas religião permite com que homens bons façam coisas más.
Isto , na minha interpretação, é o que significa o “Sacrifpicio de Abraão” bíblico.
Hoje a hipótese divina é desnecessária , assim como a metafísica. (Não estou dizendo que não existe, apenas irrelevante ou inalcançável).
No entanto, um Pol Pot, por exemplo, era ateu e tu lá estarias morto pelo simples uso do óculos (certamente o abandonarias antes…). A URSS segregrou Darwin pois sua teoria parecia-lhe fortemente capitalista.
Insisto na questão cerebral que o ser humano tem algo parecido com religião em seu cérebro e, infelizmente, ao acabar com uma, cria outra forma. E age igualzinho.
Perseguir religiosos é tão “religioso” quanto o oposto.
Branco
Terá mesmo necessidade de sermos assim tão complicados ?
As mais antigas religiões eram mais simples, pelo que me parece.
O que faz mal não é religião, e sim a complicação que se cria em torno dela.
Simplificar, é a chave para a felicidade