Não, não é uma montagem. É uma foto do início dos anos 30, da construção do edifício Empire State. Claro que muitos operários morriam. Dizem que centenas. Mas os construtores admitiram apenas 5 mortes. Os trabalhadores, em sua maioria emigrantes da Europa e do Canadá, não tinham qualquer equipamento de proteção, cintos, cordas, etc. A foto é de Lewis Hine.
Não sei por que, mas em décadas passadas os homens pareciam mais machos, mais corajosos, mais fortes. Eu me baseio na maneira como tratavam as mulheres e como jogavam futebol. Esta foto é de dar vertigem, mas documenta bem o controle do medo. Talvez estivessem se borrando, mas aprendiam que homem que é homem morre e não grita.:-)
Milton, o cara mais à direita – com a garrafinha vazia ! – entrou certamente nas estatísticas dos ditos voadores, não é vedade?
errata: é óbvio que é “verdade”.
Não é a construção do Empire State Building, é do Rockfeller Center, mas o texto cabe para aquele também.
http://historiadoframe.wordpress.com/2009/09/21/11-operarios-no-69º-andar-do-rockefeller-center/
Milton, voando em abobrinhas metafísicas…
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POR QUE SER ARTISTA?
by Ramiro Conceição
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Por que ser artista, esse existir incerto?!
Simplesmente, porque vivemos num mundo onde nos ensinaram desde pequeninos certas coisas ditas corretas mas que, na realidade, com o passar do tempo, revelaram-se incorretas.
Assim, o mais sadio é desconfiar e desaprender esse status quo: para poder sadiamente compreender dentro do possível processo histórico aquilo que, efetivamente, é novo.
Por exemplo, para provar que não existe o livre-arbítrio: durante certo período no Brasil, ensinaram às crianças uma ferramenta matemática denominada “a prova dos nove”; isto é, na adição, por exemplo de: 3876 + 6895 = 10771; extraindo-se os 9 da primeira parcela, obtemos 6; extraindo-se os 9 da segunda parcela, obtemos 1; somando-se os números inferiores a 9 obtidos e extraindo-se os 9, obtemos 7; extraindo-se os 9 do resultado, obtemos 7; como 7 = 7, então, a adição teria sido realizada corretamente /1/. Ou, na multiplicação, por exemplo: 78 X 45 X 33 = 115830; extraindo-se os 9 do primeiro fator, obtemos 6; extraindo-se os 9 do segundo fator, obtemos 0; extraindo-se os 9 do terceiro fator, obtemos 6; multiplicando-se os números inferiores a 9 obtidos e extraindo-se os 9, obtemos 0; extraindo-se os 9 do produto, obtemos 0; como 0 = 0, então, a multiplicação teria sido realizada corretamente /1/.
Contudo, se no caso da adição realizada acima, em vez de se chegar ao resultado correto 10771, alguém tivesse chegado ao resultado incorreto 10861, a ‘prova’ dos nove não teria acusado o erro!! Ou: se na multiplicação acima, em vez de se chegar ao produto correto 115830, alguém tivesse chegado ao produto incorreto 115551, a ‘prova’ dos nove não teria acusado o erro!! /1/. Deixo aos sadios curiosos a consulta à complexa prova matemática, que a prova dos nove é totalmente falsa /1/.
Por que estou a escrever isso? Ora…: o que é uma boa literatura? O que é um bom filme? O que vem a ser a boa música? E o amor, o que vem a ser isso? E a família, o Estado, a política, a ética e etc.?
/1/: http://www.cempem.fae.unicamp.br/lapemmec/cursos/el654/alunos/kleber/provadosnove.pdf
errata: onde se lê:
“para poder sadiamente compreender dentro do possível processo histórico aquilo que, efetivamente, é novo.”
Leia-se, por favor:
“para poder sadiamente compreender dentro do possível o processo histórico, aquilo que, efetivamente, é novo.”
Põe os créditos. Eu mesmo pensava que essa foto era de Eisenstadt, não fosse o link no comentário acima.
A do Vertigem I, nunca tinha visto.
Acho mesmo que a turminha aí da foto, sabia mesmo voar.
Tipo assim… super herói.
Vou usar a fotografia nas minhas turmas de segurança do trabalho.