Veja explica a questão das cabras

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  1. Gente, é impressionante como eles não conseguem ver como o texto foi preconceituoso e homofóbico. O próprio vídeo continua acrescentando comentários homofóbicos. Uma vergonha nacional. Eu já deixei de ler a Veja há muito tempo pois há tempos percebi o lixo editorial que eles publicam. Espero que este “incidente” faça com que as pessoas abram os olhos e realmente VEJAM a porcaria que a revista é.

    1. A tamanha ignorância do persongaem do vídeo, como também do redator, não tem como se discutir. Simplesmente o vídeo frisou o preconceito e falta sutileza da revista Veja.

  2. Fiquei pasmo com a resposta do “jornalista”.
    Mais ou menos foi dito o seguinte: “ … a escravidão, o racismo, o voto feminino ocorreram porque, necessariamente, tinham de acontecer…”
    Tal argumentação vinda dum jovem “jornalista”, em pleno século XXI, é, para dizer o mínimo, de colossal desinformação ou brutal cinismo (não no sentido grego original, é lógico). Ora, qualquer inexperiente estudante de ciências sociais sabe que tais processos foram gerados sob contextos históricos. Tais processos foram conquistas reais – de seres humanos reais; não de uma social vontade metafísica que nucleia e cresce, por geração espontânea no interior do tecido social. Tal visão idealista é própria lá, do século XIX, entre os positivistas que acreditavam que qualquer fenômeno físico ou social estaria subordinado à leis deterministas, imutáveis; e, consequentemente, o desenvolvimento humano estaria condicionado à descoberta de tais leis por seres brilhantes, neutros, que poderiam ser classificados de cientistas.
    Ora, ora, ora: a natureza, a ciência, os seres humanos não são assim, mas ao contrário, ou seja: a natureza é misteriosa; a ciência é incerta; e os seres humanos por essência, inacabados.
    Trocando em miúdos: a resposta do rapaz da Veja é alienante. Nem vou comentar a defesa do dito cujo associada à “cabra” como metáfora à proteção dos animais e/ou da natureza; aqui se está diante da estupidez: por isso, me calo.
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    PS: não farei qualquer análise semiótica: por exemplo, sobre o quadrinho na parede; sobre o início do vídeo (em que a “personagem” está a fumar…); sobre a demonstração da aliança como “comprovação de ser casado”. Paro por aqui, pois não vale a pena!!!

      1. Recentemente a Caminhante me mandou um link de um site de uma convertida pentecostal que havia levado uma vida de completa devassa. Meus emails de assombro diante os textos desta suposta mulher deixaram a Caminhante constrangida em me dizer que tudo não passava de uma grande piada. Isso acontece. Eu também sou um profundo ingênuo. Só alertei vocês por compadecimento classista.

      2. Certa feita, quando era coordenador de tecnologia da Abifa (Associação Brasileira de Fundição), numa reunião com especialistas em controle de qualidade, após uma palestra dum dito cujo renomado, houve a distribuição de um questionário aos membros presentes. Inocentemente, comecei a responder o questionário. Acreditei que estava diante de algo sério, pois sério sempre foi meu cotidiano de cientista e poeta. 10 minutos se passaram, e eu, comecei a ouvir um murmurinho… Aquelas risadinhas… Aquela coisa dos ditos: espertos!
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        Tudo não passara duma galhofa do apresentador, pois na última parte do documento vinha a informação: tudo que você respondeu anteriormente não vale pra nada. Gargalhadas gerais… Estavam diante um bobo da corte. A lição de moral do ilustre palestrante era a seguinte: antes de começar a responder qualquer documento o leia, a priori, por completo.
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        Puxa, que lição de moral aprendi naquele instante!: fui feito de bobo por alguém que, por exemplo, pregava que o melhor sistema de controlar um grupo de operários era o seguinte: colocar um grande painel, onde constava o nove de todos os funcionários de uma determinada seção; assim, quando cada funcionário chegasse à empresa deveria proceder da seguinte forma: se estivesse muito contrariado naquele dia, deveria colocar adjacente ao seu nome na tabela uma tarja vermelha (previamente confeccionada); se estivesse com um humor mais ou menos: uma tarja amarela; e se estivesse de bem com a vida e, principalmente, com a empresa: uma tarja verde.
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        Pois é, tal sistema fora adotado – com sucesso! – em uma das maiores empresas de autopeças do Estado de São Paulo. A plateia, constituída por aqueles que não responderam o dito questionário até o final porque eram sabujos treinados a abanar o rabo ao capital, mostrou-se extasiada diante de tal metodologia científica associada à produção de escala.
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        A gozação passou… O tempo passou… Nunca mais tive notícias de nenhum deles! Eu? Defendi meu doutorado. Fiz meu pós-doutorado. Escrevi mais de 40 trabalhos científicos. Ganhei dois prêmios nacionais em minha área. Escrevi dois livros de poemas, ou seja: em 2013 terei, aproximadamente, mais de 300 poemas publicados.
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        Até, 2020, se vivo estiver, terei mais de 15 mestrados orientados; se possível, 4 doutorados, no mínimo; e mais de 100 trabalhos publicados; se conseguir, talvez, um terceiro livro de poemas. É pouco no meio acadêmico, bem sei. Mas pra quem foi membro do MEP (Movimento de Emancipação do Proletariado), em meados da década de 70: é muito!
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        PS: mal sabiam, que eu sabia, aqueles insignificantes, que o tal método das cores fora aplicado na URSS, à época de Stálin. Quando me lembro de tal fato, gargalho historicamente… Naquela reunião – eu era o lúcido!

    1. Lei de Poe: sem uma indicação extra-textual de ironia (emoticon), é impossível satirizar o pensamento fundamentalista sem ser confundido com fundamentalismo por alguém.

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