Um comentário sobre os fatos ocorridos em Santa Maria

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É difícil imaginar um cenário mais terrível do que o da Boate Kiss, de Santa Maria, na madrugada de ontem. O local pode receber até 2000 pessoas — lotação só alcançada em sua inauguração — e apresenta bandas e música eletrônica. Ontem, estavam programadas várias bandas e o preço era de R$ 15, o que atrai a presença de muitos  jovens.

Como em todas as tragédias, há participação e culpa de muita gente. Segundo depoimentos que ouço desde a manhã de hoje, tudo começou com o show pirotécnico da banda Gurizada Fandangueira, coisa rotineira em seus espetáculos. Aqui está o primeiro erro: (1) um show pirotécnico em ambiente fechado e altamente inflamável.

Uma fagulha teria alcançado a espuma de isolamento acústico da boate que estava sobre a banda. Era um fogo de nada e, sempre segundo vários depoimentos, um dos vocalistas da banda tentou jogar um copo de água no princípio de incêndio. Como não deu certo, ele pegou o extintor de incêndio, (2) estava vencido, descarregado. O fogo se alastrou e (3) ficou tudo escuro. Caiu a luz da boate. Todos nós sabemos que existem luzes de emergência cujas baterias são carregadas quando há energia e que ligam automaticamente quando há falta de luz. Onde estavam? Tenho uma no banheiro de casa e não tenho fantasias com incêndios, apenas acho legal enxergar quando falta luz.

O que ocorreu depois foi infernal. No escuro, assustados e desorientados, os jovens procuraram a saída. No prédio há 4 saídas, mas (4) apenas uma estava aberta e servia também de entrada. Era um corredor. Às cegas, muitos encontraram portas para fugir e morreram em banheiros. Outros encontraram a verdadeira saída e (5) foram impedidos de sair pelos seguranças. Mesmo com a falta de luz, eles queriam ver as comandas pagas. Depois, sentiram o cheiro forte da fumaça e liberaram a saída. (Eu odeio autoridades, ainda mais quando são falsas).

Um médico entrevistado pela Band, disse que, nestas circunstâncias, qualquer ser humano perde a consciência e morre em aproximadamente 3 minutos. Então, tudo tinha que ser muito rápido, as pessoas deviam estar sentindo o perigo e muitos caminharam uns sobre os outros no escuro, tropeçando em busca de ar.

(6) O Plano de Prevenção de Incêndios de boate Kiss estava vencido, o estabelecimento pedira a renovação, mas (7) estava liberado para funcionar até nova perícia. Lembro que, faz dez anos, houve um caso assim em Buenos Aires e o prefeito recebeu um merecido impeachment. A atuação de Cézar Schirmer no episódio é digna exatamente disso. Só punições deste calibre — foram 232 mortes, certo? — fará com que as autoridades concluam que alvarás, licenças, saídas amplas e planos de contingência são coisas sérias. Depois, vamos ao dono da boate, para chegar até a banda e seus fogos em ambiente fechado.

Todos os meus amigos da região de Santa Maria — a maioria deles é muito jovem — estão bem. Fico embargado ao pensar que é pura casualidade. São universitários que poderiam estar lá dançando e bebendo como qualquer pessoa da sua idade. Um deles, cuja família é de Ijuí, foi dormir e deixou o celular sem som. Quando acordou, havia umas 40 ligações não atendidas. Esta é uma cena de final feliz, mas há outras como esta: a de celulares tocando sem parar no IML sem os funcionários saberem como agir.

Agora, apenas punir é muito bonito. Há que punir e trabalhar na fiscalização. E, enquanto tudo não estiver OK, tem que fechar — e não abrir temporariamente. Afinal, como disse, o meu amigo Eugênio Neves no Facebook, chega de “cultuar a fatalidade”.

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30 comments / Add your comment below

  1. Esse seu post deveria estar no Sul 21 (não sei se está), para maior visibilidade ainda. Estou profundamente chocado com isso que eu não considero como fatalidade; fatalidade seria algo que dependesse unica e exclusivamente da aleatoriedade, que não é o caso; isso foi um homicídio trabalhado, um atentado promovido pelo estado e com diversos graus intermediários de corrupção passiva e ativa, envolvendo proprietários. Já trabalhei durante anos em serviço estadual de fiscalização, e sei o quanto o suposto controle que a sociedade acredita ter em relação a tudo que ocorre nesse país é pura balela, é a mais descabida mentira. Falo de saneamento e fiscalização de alimentos, mas isso é extrapolado para alvarás de funcionamento de boates, que sofre da mesma insuficiência fiscal criminosa. Tal boate, pelo que vi, é uma das maiores de Santa Maria: ou seja, se a mais notória casa de shows de uma cidade universitária se encontrava completamente fora dos padrões de segurança, imagine as outras, não só da cidade, mas do país inteiro. Aventuro afirmar que se fosse fazer uma varredura, a percentualidade de estabelecimentos assim na mesma situação seria quase absoluta. Isso só tem um nome: a velha, mas agora com a nova roupagem atualizada, corrupção nacional: a ultra-corrupção nacional. Agentes públicos e empresários mantendo rios de propinas. O que vai acontecer? Por umas semanas, os jornais e televisões irão promover matérias sobre alvarás, caçar-se-á culpados para maior audiência e maiores patrocinadores, e depois tudo será esquecido. Lembra do edifício Joelma, em que centenas morreram porque simplesmente não havia uma legislação mínima sobre prevenção de incêndios nos prédios de São Paulo? É lamentável esse assassinato em série.

  2. Lembrando que semanas atrás a boate do DCE foi fechada justamente por não apresentar os elementos de segurança necessários. Procedimento correto. Por que a Kiss pôde continuar funcionando, então? Por que não foi suspendido o seu funcionamento? Fora que uma saída apenas para um local que recebe cerca de mil pessoas parece impossível de atender a um plano de segurança de verdade.

  3. Situação terrível.
    Além de investigar as causas, deve-se principalmente aprender com as tragédias, o que parece não ser nossa cultura.

    Quantas casas similar à estas – e muitas “da moda” – funcionam aqui mesmo em Porto Alegre? Basta ver a fachada do cenário da tragédia no Google
    Maps, somente com a porta de entrada, e comparar com o que temos espalhado por aí.

    Li um comentário muito interessante no site da CNN: enquanto o povo se sujeitar a ser tratado como gado, aglomerado em locais que não comportam um terço da capacidade ocupada, teremos tragédias como essa.

  4. Milton,
    como engenheiro que sou, as questões de segurança sempre foram minha preocupação e incomodo-me com a estranha mania nossa de achar que tudo vai dar certo ao fim (copiei o Putin falando sobre os russos, mas que serve ao nosso povo).
    Os anos desconsiderando o conhecimento técnico fazem o acúmulo de fogos de artifício, Ts em tomadas (que não os tem?), fusíveis adaptados por cobre, carros e agora bicicletas acima da velocidade máxima.
    Precisamos criar uma cultura de consequências e riscos, entender que nossos atos podem ser bons ou desastrosos e que probabilidades baixas não indicam que não ocorrerá. Somos uma sociedade infantil.
    Lembro-me do desconforto quando as discussões sobre a interdição do Beira Rio fizeram diversas pessoas, de proeminência até, pensar clubisticamente, ignorando os engenheiros. Agora ainda se enchem de razão: viu não aconteceu nada. Quanto noite se passaram nesta boate sem também não acontecer nada?
    Por fim, acho que o sim é oportunismo falar sobre o impeachment do prefeito. Em primeiro lugar, ele assumi há pouco dia (não sei se foi reeleito). Segundo, o alvará do PPI é fornecido por um órgão independente da prefeitura, o Corpo de Bombeiros, subordinado ao governo do estado, mas não é o caso de condenar o governador, certo?
    Por fim, tanto aqui como no Beira Rio quem liberou não foram os bombeiros? De novo?

    1. Foi o corpo de bombeiros sim que liberou o Beira Rio. Ironicamente, muitos perguntaram porque o estádio deveria ser reformado para a Copa e preparado para evacuação das 55 mil pessoas em menos de 8 minutos. Punir quem cumpre as leis e da bons exemplos é muito pior do que a impunidade.

    2. Caro colega.
      Lembro que as legislações de sistema de segurança são legislações estaduais e municipais e que geralmente as prefeituras não tem corpo técnico para fiscalizar estas legislações.

      Temos várias normas da ABNT sobre o assunto e outros correlatos, porém, como poucos sabem, normas da ABNT não tem poder de lei.

      Outro assunto, o corpo de Bombeiros é vinculado a Brigada Militar, uma instituição que tem como principal função policiamento ostensivo, e o Corpo de Bombeiros só são profissionalizados os soldados e suboficiais, os comandantes pelo que eu saiba, não, saem de um setor para outro sem qualquer treinamento específico para exercer o comando no caso de desastres.

      Também o nosso governo do Estado somente reage aos fatos, a defesa civil pelo que eu saiba não sofreu reforço nenhum nos últimos tempos e solicitar rapidez em laudo técnico, como demagogicamente ele fez, é pedir para que o laudo não sirva para nada, pois quanto mais rápido menor será a precisão do mesmo.
      Quanto ao Prefeito de Santa Maria, nem se fala, ouvi uma declaração do mesmo, lá por volta das 20h do dia 27 que a boate estava de acordo com as normas mínimas de segurança, isto é de uma tal estupidez, porque se assim for, a única coisa que fica claro é que as normas de segurança estão COMPLETAMENTE FALHAS, o Sr. Cesar Schirmer devia nos poupar de suas besteiras.

      Agora quanto ao caso do Beira Rio, as arquibancadas superiores liberadas na época estavam completamente separadas das obras e os acessos estavam inalterados, ou melhor, como os acessos não serviam a parte inferior a área de passagem era muito maior do que anteriormente.

  5. Excelente texto! Parabéns. Em Buenos Aires foi isso mesmo, República Cromáñon, uma balada para 2000 pessoas teve o mesmo roteiro. Terminou em Impeachment do governador, prisão da banda, mas não me lembro que fim levou o dono do lugar. Foi em 2004, 9 de dezembro e lá, diferente daqui, todo 9 de dezembro eles marcham para que ninguém se esqueça destes erros. Será que aqui conseguimos nos fazer lembrar, daqui há um ano?

    1. Aqui em Argentina aconteceu a mesma coisa, sim, morreram 192 pessoas. Vou te corrigir uma coisa amigo, foi um 30 de dezembro. O dono do lugar esta preso, igual que os membros da banda de rock e otras pessoas mais. O lugar ta feixado e agora um santuario. Foi muito triste mesmo, acompanho o dor do irmaos Brasileiros desde Argentina. Desculpa meu portugues.

  6. Que tal apurar o que aconteceu para evitar repetição de tragédias e, em seguida, punir os culpados conforme suas responsabilidades, respeitados os ritos necessários e o direito à ampla defesa? Falar em impeachment do prefeito, em tom preliminar, é oportunismo irresponsável, até porque permite a vitimização de eventuais culpados – com altas chances de transformar o processo em batalha partidária, o que não interessa a ninguém (além da oposição ao atual prefeito)..

  7. Nossa inculta sociedade, tanto pela falta de cultura, como pela origem escravista e rapineira-estrativista que formou a nossa mentalidade profissional, despreza constantemente os alertas de especialistas e estudiosos.
    O cinto de segurança foi uma batalha de 50 anos e em cada um desses 50 anos dezenas de milhares morreram por não usar o cinto.
    O encosto para a cabeça no automóvel até alguns anos atrás era visto como item de luxo pelos departamentos de marketing das empresas.
    Veja só o lixo que nos consideravam.
    E nós assistimos a nos tratarem como lixo e deixamos.
    O prefeito não precisa ser incluído preliminarmente como culpado, mas cada vivente que olhou para o teto da boate e viu aquele material inflamável empregado como isolamento acústico, desde a faxineira, passando pelo segurança, pelos músicos, pelo dono, pelo engenheiro responsável, pelo bombeiro que aceitou o antigo plano, todos eles sabiam que estavam diante de uma gambiarra criminosa.
    Cada pessoa que viu aquele teto e não fez nada é um brasileiro que se desligou dos seus deveres de solidariedade para com a cultura de segurança da coletividade.
    E estamos rodeados deles.

  8. Aliás, experimente ter um ataque cardíaco em uma universidade, em um banco ou um lugar longe de um posto médico.
    Ninguém vai se abaixar e te fazer massagem cardíaca, ou respiração boca a boca, porque todo mundo acha que isso é responsabilidade de outra pessoa ou do governo, ou do banco, ou da universidade.
    Se o camarada depender da ambulância para se manter vivo, não pode ser parada cardíaca, ou obstrução respiratória, pois que ninguém sabe sequer colocar tua cabeça alinhada para que sobrevivas além dos fatídicos 3 minutos ao final dos quais ocorre morte cerebral.

  9. Olha, Eduardo, o isolamento acústico (espuma) foi visto pelos bombeiros, a quem compete verificar a prevenção e emissão de documento necessário à expedição do alvará – eles são servidores estaduais, mas o autor do post não deve considerar o impeachment do governador Tarso Genro.

    O isolamento com espuma, é muito, muito comum.

    O isolamento é, até onde sei, basicamente “ar”. Por isso, são usados materiais como espuma, isopor, cortiça, caixa de ovos etc. É possível ter tais materiais por entre a alvenaria. Mas não sei quais alternativas (não inflamáveis) são possíveis em locais que não foram construídos sem isolamento entre as paredes.

  10. Milton, vamos rir um pouco. Danuza Leão disse que o risco de ir a Paris e encontrar o porteiro do prédio (e outros pobres) era grande. Não valia mais a pena viajar. Na Internet, um gaiato muito espirituoso, saiu com essa genialidade: “Danuza, vá à merda. Muitos pobres estão saindo dela”.

  11. Muita calma nessa hora…
    Se levarmos as normas de segurança como sugere-se o trauma ocasionado pelo fato ocorrido na Boate Kiss, fechem o Ocidente. Fechem o Cabaret. Fechem o Opinião. Fechem o Gigantinho. Fechem vários teatros, bares, restaurantes. Esvaziem a João Alfredo. Aliás, esvaziem a Cidade Baixa e, também, os bares conhecidos do Moinhos de Vento. Isso só em Porto Alegre.
    Não é um problema de legislação. É um problema de fiscalização e responsabilidades.
    Até agora não entendo como alguém contratou a pirotecnia sabendo que havia um forro combustível. Ou não sabia que teria o show, ou não sabia que o forro era combustível ou não sabia o que é combustão? Ou não deu importância ao significado desta palavra? E, já que falaram em alvará – apesar deste não apagar ou prevenir contra incêndios – quem deu o alvará para realização de show? Ah, não tem isto? Então quer dizer que uma casa noturna inventa um evento com fogo e não precisa pedir licença? Facinho, não?
    No show pirotécnico da banda Kiss, ocorrido há alguns meses no Gigantinho, houve -segundo “me disseram”- cálculos precisos para ver a altura das chamas. Quem calculou isso pelos fandangueiros? Facinho, não?
    Como pode alguém ter um extintor e não gastar menos entre TRINTA E NOVE a CEM REAIS para recarregá-lo? Uma luminária de emergência é encontrada por VINTE reais. Difícil..
    Ao citarem os estádios de futebol, estes sofrem vistorias frequentes, mesmo que tivessem alvará. Quem fiscaliza as boates? Facinho, não?
    Por que um carro é fabricado para andar a 200 km/h e existe uma fiscalização -teoricamente permantente- para que ele não ultrapasse 80 km/h? Boates não precisam? Facinho, não?
    O que as autoridades precisam “descobrir” é que, como civilização, somos um fracasso, precisamos de vigilância, permantente.

  12. Lembrando que o Alvará é apenas um pedaço de papel, não tem poderes mágicos. Estava vencido, mas pergunto: se o incêndio fosse há 6 meses, quando ele ainda não estava vencido, teria sido diferente?

    Faltaram saídas e luzes de emergência, isso sim.

      1. Como eu disse, alvará é apenas um pedaço de papel que segue critérios nem sempre técnicos. Além disso, legislação exige pouca coisa.

      1. Concordo, detesto isso.
        Acho horrível também o uso político que alguns blogs estão fazendo desta grossura.
        É pior que a ação do autor.

  13. Excelente artigo, Milton. Assim como excelentes alguns comentários. Infeliz a charge do Caruso.
    E, aproveitando a seriedade das pergunta e respostas deste blog, uma pergunta aos engenheiros de segurança: a questão do isolamento acústico (corredores de acesso longos ou janelas/portas fechadas para evitar a propagação do som para o exterior, por ex) não colide com as normas de prevenção de incêndio? Como resolver isso?
    Como exemplo e como sou “das antigas”, lembro do querido Encouraçado Botekim que, além de apenas uma porta, tinha sua sala principal no porão e uma escada estreita servindo de entrada e saída. Imagino que continue assim. Que se saiba, por sorte, nenhuma tragédia ocorreu lá. Mas, depois do horror de Santa Maria, acredito que é o caso de perguntar: lá assim como em tantos e tantos bares, restaurantes, boates, teatros, etc, será que vale a pena seguir apostando na sorte?

    1. Sei que virão pedras, mas eu seguiria.
      O caso de Santa Maria é um somatório de erros e adotá-lo como modelo para estabelecer novas regras é tão absurdo quanto o incidente em si. O que falta é fiscalização.
      Sem falar que esta atitude fechará a maioria dos bares que frequentamos.

  14. Segundo o comando dos bombeiros a casa poderia estar funcionando pois conforme a última visita dos mesmos tudo estava ok. A questão é que a lotação máxima determinada pelos bombeiros era de 691 pessoas se lá haviam mais de 1.000 pessoas é óbvio que algo não deveria funcionar. A ganância desses proprietários é que levou a morte dessas pessoas, mesmo acontecendo o acidente se houvessem lá apenas o número permitido de pessoas é muito provável que não houvessem vítimas pois mais de 1.000 escaparam ilesas, sem dano algum, obviamente, 691 pessoas teriam escapado como mais facilidade ainda. É claro que haviam irregularidades e responsabilidades de outros além dos proprietários, mas a superlotação é responsabilidade deles. O Mauro, um dos sócios é proprietário da Absinto Hall outra boate de SM, ótima casa por sinal, e lá tb deve estar tudo em dia mas sofre do mesmo problema, a superlotação. A regra nessas casas é só barrar as pessoas de entrar quando não houver mais espaço para se mexer, e isso inclusive estimula mais os jovens a quererem entrar nessas casas. Eu mesmo já passei muitas vezes pelo Absinto sem intensão de entrar, só para dar uma olhadinha mas acabou que pelo movimento, fui pra casa trocar de roupa e voltei correndo pra ver se conseguia entrar. É uma contradição mas é o raciocínio que o jovem faz, quanto mais cheia a casa melhor, a festa está bombando.

  15. Que Deus esteja com as famílias das vítimas desse incêndio.que fiquem as melhores lembranças e que o desejo de seguir em frente possa ajudá-los a recomeçar.

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