Nadine Labaki tem no mais alto grau todas as qualidades, à exceção de uma.
É linda, talentosa, é diretora de cinema que realiza excelentes filmes
— como E agora, aonde vamos?, há semanas em cartaz em Porto Alegre —
e ainda, como se não bastasse, é muito boa atriz.
O problema de Nadine Labaki é que ela não tira a roupa…
triste característica que quase a excluiu de nossa coluna sabatina.
Ela é libanesa e talvez haja uma influência cultural que apresente como resultado
mais aparente
o excesso de panos.
Esta linda e inteligente mulher nasceu em Baabdat em 18 de fevereiro de 1974.
Tem 39 anos, que é um belo número para as cada vez mais jovens
mulheres de nosso tempo.
Seus filmes, e aqueles onde trabalhou apenas como atriz,
mostram uma pessoa tranquila, segura,
e totalmente, absolutamente, implacavelmente magnética.
Quando Nadine está em cena
é impossível olhar para qualquer outro lugar da tela onde ela não esteja.
Seus olhos puxam, absorvem, sorvem e apaixonam nosso olhar.
Mesmo de preto, como viúva,
mesmo em roupas civis dirigindo outros atores,
ou vendo o resultado de seu trabalho.
.oOo.
No Sul21 recomenda:
E agora, aonde vamos? (****)
(Et maintenant, on va où?), de Nadine Labaki, França / Líbano / Egito / Itália, 2011, 110 min
Um filme excepcional. Arrasador na abordagem do absurdo da guerra no Oriente Médio. À medida que a guerra se acentua no país, as mulheres da aldeia, fartas de fazer o luto pelos seus maridos e filhos, decidem boicotar as informações que lhes chegam, destruindo rádios e televisões comunitárias. Até então, e apesar das divergências religiosas, os seus habitantes vivem pacificamente a sua fé. Contudo, um evento vem contrariar aquela tranquilidade e os homens começam a disputar direitos e deveres, criando uma divisão entre os dois grupos religiosos num ambiente de tensão que cresce de diariamente. É então que as mulheres, habituadas a conduzir os seus homens de uma maneira peculiar, resolvem desviar suas atenções dos conflitos que ameaçam pôr em causa as boas relações entre todos: decidem contratar um grupo de dançarinas ocidentais e drogá-los com bolinhos de haxixe enquanto escondem todas as armas da aldeia. Excelente filme da diretora libanesa Nadine Labaki.
Que mulher magnífica! Árabes, persas e judias me encantam.
Gosto muito da Nadine, mas com o magnetismo dela isso é lugar comum.
🙂
Vejo aqui que ela atuou em um filme chamado “Bosta”. Será que presta?