É, achei legal. Parece a condição da obra de arte hoje: aquela coisa nua, tosca, posta num canto, que olha de soslaio para aquele que vem chegando, e quase ameaça com seu jeitão de peça de museu.
O MEDO DE HERÁCLITO
by Ramiro Conceição
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E se o nenê gigante fosse Heráclito,
que acabara de nascer novamente
nesse rígido mundo…, a balbuciar
com medo “Panta rei… Panta rei”?
A tomar o desinteresse do blog, julgaria que nada acontece em São Paulo.
Estranho como o ardor em relação às manifestações populares arrefeceu de repente.
O café esfriou e eu seria um babaca se suspeitasse realpolitik?
Bem, Luiz Ribeiro, o que penso-sinto sobre o que está a acontecer em São Paulo, e também em outras cidades brasileiras, é a prova cabal da crise do movimento estudantil, no Brasil. Sim, Luiz Ribeiro, do movimento estudantil, pois cansei de ver nessas manifestações um ridículo, ridículo – e bota ridículo nisso, até ad nauseam – um trajinho, volto a dizer, ridículo, de tartaruguinhos e tartaruguinhas ninjas da moda (tais seres são parte daquela geração infante que assistiu xuxa, na década de 90…), isto é, com as suas muchilinhas – de grife!- às costas! Não deve ser esquecido – nunca! – outro adereço imprencidível para tais ocasiões: uma camisitinha colocada sobre a fuça tal qual o facínora veste… quando da rebelião no presídio.
Os cartazes, com palavras de ordem, são reveladores da consciência política dos ninjas: “A Turquia é aqui!”.
ALLAH…, PERDOA-LHES, POIS NÃO SABEM O QUE LATEM…
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P.S: Luiz Ribeiro, prefiro mil vezes o gigante do post…
É, achei legal. Parece a condição da obra de arte hoje: aquela coisa nua, tosca, posta num canto, que olha de soslaio para aquele que vem chegando, e quase ameaça com seu jeitão de peça de museu.
É verdade. Aquela coisa que pede permissão para existir.
Ou desculpa.
sim.
O MEDO DE HERÁCLITO
by Ramiro Conceição
.
.
E se o nenê gigante fosse Heráclito,
que acabara de nascer novamente
nesse rígido mundo…, a balbuciar
com medo “Panta rei… Panta rei”?
E se o gigante
fosse o amor?
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SERES DO SER
by Ramiro Conceição
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Além das flores, quem és?
Sou as cores.
Além das cores, quem foste?
Fui amores.
Além de amores, quem serás?
Serei o que fizeste e fazes.
Além das flores, quem eras?
Era as cores.
Além das cores, quem foras?
Fora amores.
Além de amores, quem serias?
Seria o que fizeras e fazias.
Além das flores, quem sejas?
Seja as cores.
Além das cores, quem fosses?
Fosse amores.
Além de amores, quem fores?
For o que fizesses e faças:
além das flores sê
os seres, sendo, sido,
além dos pecados idos.
Enquanto isso em São Paulo…
A tomar o desinteresse do blog, julgaria que nada acontece em São Paulo.
Estranho como o ardor em relação às manifestações populares arrefeceu de repente.
O café esfriou e eu seria um babaca se suspeitasse realpolitik?
Provincianismo, na melhor das hipóteses…
Cinismo Realpolitik na pior.
Bem, Luiz Ribeiro, o que penso-sinto sobre o que está a acontecer em São Paulo, e também em outras cidades brasileiras, é a prova cabal da crise do movimento estudantil, no Brasil. Sim, Luiz Ribeiro, do movimento estudantil, pois cansei de ver nessas manifestações um ridículo, ridículo – e bota ridículo nisso, até ad nauseam – um trajinho, volto a dizer, ridículo, de tartaruguinhos e tartaruguinhas ninjas da moda (tais seres são parte daquela geração infante que assistiu xuxa, na década de 90…), isto é, com as suas muchilinhas – de grife!- às costas! Não deve ser esquecido – nunca! – outro adereço imprencidível para tais ocasiões: uma camisitinha colocada sobre a fuça tal qual o facínora veste… quando da rebelião no presídio.
Os cartazes, com palavras de ordem, são reveladores da consciência política dos ninjas: “A Turquia é aqui!”.
ALLAH…, PERDOA-LHES, POIS NÃO SABEM O QUE LATEM…
.
P.S: Luiz Ribeiro, prefiro mil vezes o gigante do post…