Sempre arranjando mais tempo para o trabalho

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relogio-de-bolso-omega-de-prataE tirando da vida pessoal. Eu preciso urgentemente voltar a frequentar alguma academia, a escrever mais para o blog, a ler mais, a ouvir mais música. Estou me sentindo fraco e burro. Das três metades da minha vida, há uma muito feliz, outra em estado de espera e outra, a profissional, que só cresce em demanda. Mas…

Talvez seja apenas uma impressão minha. Acho mesmo que a culpa disso é minha. Quem se desorganizou fui eu. Ninguém me pediu para fazer isso. Chego em casa e sigo trabalhando. E sou uma daquelas pessoas que se deixa escravizar pela rotina. É um antigo e conhecido algoz anti-hedonismo. Só me causa desprazer. Como passo o dia no computador editando matérias para o Sul21 e tenho computador em casa, fica fácil não parar. Hoje pela manhã, às 6h45, tive que me impedir para sair não publicando uma coisinhas. Isso que não tenho smartphone, essas coisas.

Outra coisa: muita coisa que fazia por prazer acabou virando obrigação. Por exemplo, vou a um concerto para ter um bom momento, só que virou obrigação escrever um comentário a respeito. Precisa mesmo? Acho que ninguém morrerá se eu for a um concerto ou ler um livro e não escrever minha irrelevante opinião depois, certo?

Bem, tenho que me reprogramar totalmente. Então, começo por terminar este post agora.

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2 comments / Add your comment below

  1. SANTO?… VIRE PROFESSOR!

    Milton, nesse início de Primavera, estou a viver algo semelhante ao mencionado no post… Profissionalmente, em função de greves intermináveis que nunca concordei, mas que, enfim, aconteceram ditadas – pelo Sindicado…, meu período de docência, no Instituto, virou uma confusão…
    Só pra dar uma ideia: estou sem férias…; ando a dar aulas no curso técnico, na engenharia e na pós… Além disso, como se está em final de período, deslocado, em Setembro!…, começaram as defesas dos trabalhos de conclusão de curso (tcc), bem como aquelas finalizações dos relatórios de alunos, sob meu crivo, associados aos projetos de iniciação científica… Quer dizer, nessas últimas semanas, fiz (e faço) parte de inúmeras bancas…: tcc(s) e mestrados…; estou a ficar maluco!!…; pois até o final de Dezembro, no mínimo, três mestrados deverão ser defendidos, sob minha orientação, quer dizer, ando também a fazer revisões intermináveis nos textos dos mestrandos sob minha orientação… [CNPq, Capes e Fapes (Fundação de Pesquisa do ES) são deuses terríveis…].

    Ai, meu “catralho!”, nem estou a descrever as revisões de prova…:

    – Bom dia, professor…
    – Bom dia…
    – Gostaria de rever a minha prova… Tenho certeza… Fui bem…
    – Qual o seu nome?
    – Zé da Fulana…
    – Mas, Zé, você tirou um (1,0)!!…
    – Mas, professor, se eu for reprovado, perderei o emprego. Sou PAI DE FAMÍLIA…
    – Bem, Zé, a sua nota foi um…
    – Quer dizer que você vai me reprovar?
    – Não, Zé, o que está a reprová-lo e a sua prova…
    – Então, professor, vou fazer tudo de novo?
    – É… Vai.
    – Não vai ficar barato!, professor…
    – O que você tá querendo dizer?
    – Você entendeu!… Não vai ficar barato!…

    (E o espécime sai espumando da sala…).

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