O blog retornou de justas, devidas, merecidas férias
e ainda está com enorme preguiça
Alonga os músculos destreinados sem sair da cama
Toma uma ducha difícil, em que a água parece furar a pele
Acorda e tenta retornar àquela programação normal, distraída e exagerada
Talvez exagerada demais, sei lá
Há que descansar das férias
Levando a vida em ponto morto
Sem vontade nem de averiguar o nome das donas das fotos.
Vontade de ver o mar, não visitado neste verão
de entrar nele.
Para não deixar desamparadas as beldades do PHES,
após os dados do Google Analytics, do último dia 12,
deixo aqui tal qual sempre um poeminha de acalanto…
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BALANÇO
by Ramiro Conceição
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Quem fez o balanço
que virou presente,
a enfeitar a cidade?
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Que coisa bem feita.
Que coisa bem-vinda.
Que coisa do Bem…
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Escalou a castanheira.
Escolheu o galho forte.
Engenhou a brincadeira.
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(Sem dúvida é um mestre,
pois se percebe, pelos nós,
o cuidado dum marinheiro).
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Ah… Com certeza, foi um carpinteiro:
a madeira da cadeira era envernizada,
sem qualquer farpa nem cantos vivos.
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O brinquedo foi deixado pra brincar por muito tempo
com graça, fantasia e gargalhadas, em movimentos
a ensinar que, com alegria, cada dia se torna…lento.
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Sim, só pode ter sido um artista:
dum balanço fez a cidade bonita.