Como poeta, Luiz de Miranda não é tudo aquilo, mas poderia fazer um excelente Shakespeare no cinema. Um dia, passei por nosso candidato ao Prêmio Nobel na Feira do Livro e fiquei pensando: “De onde eu conheço esse cara?”. Claro, né?
Como poeta, Luiz de Miranda não é tudo aquilo, mas poderia fazer um excelente Shakespeare no cinema. Um dia, passei por nosso candidato ao Prêmio Nobel na Feira do Livro e fiquei pensando: “De onde eu conheço esse cara?”. Claro, né?
Não citarei o nome… Certa feita, soube de um caso semelhante ocorrido com uma “escritora” ítala brasileira que foi indicada ao Nobel de Literatura. Não sei como… A dita cuja concorreu com Llosa…
Para que vocês tenham uma vaga ideia do perfil da candidata: em um dado texto sobre a cultura do cacau, no Brasil, havia uma apologia sobre a proteção das árvores da Amazônia. Tal apologia não estava associada, por exemplo, a uma figura de linguagem. Não!… A figurinha era metida a besta e muito, muito, muito, ignorante (a conheci pessoalmente).
errata: o correto é “ítalo-brasileira”.
Não sobre as fotos:
Vi uns tempos atrás um filme intitulado Anonymous, que trata da verdadeira autoria das obras de Shakespeare. Acho que o filme é de 2011, por aí. Começa com o ator – shakespeareano – Derek Jacobi esclarecendo que o dito William dificilmente seria o autor das peças, sendo ele filho de um analfabeto, que teria apenas a capacidade de ler, não de escrever, e que, nos últimos anos de sua vida, foi apenas um mero comerciante de grãos, valendo-se de tal profissão para criar suas filhas – todas elas devidamente analfabetas.
A hipótese do filme é que as peças e poemas atribuídas a Shakespeare – que teria sido um ator e empresário – vieram da pena do Conde de Oxford, Edward de Vere, conhecido na época como erudito e autor de peças teatrais, não restando nenhuma como sendo de sua comprovada autoria. Conforme o filme, um nobre não poderia se outorgar ares de artista em um mundo puritano, onde o teatro era visto como algo inferior, verdadeira obra do demônio, só tolerável porque… bem, divertia as massas, fazendo-as rir e viajar em fantasias, o que ajudava as razões de Estado a se constituir como tais: razões.
Achei muito crível e interessante, ainda mais porque, ao contrário do ator, Edward esteve na Itália, e deixou escritos sobre as cidades italianas, entre elas as contempladas em suas peças, como Gênova e Verona. Shakespeare jamais deixou o solo inglês, não constando que tenha superado sua origem muito humilde e construído erudição a qual não faltava vastos conhecimentos de grego e latim.
Bem que você poderia escrever um relato mais completo e divertido sobre esta hipótese. Acho interessante desmascarar a figura de Shakespeare enquanto autor seminal, tendo sido ele na verdade quem foi, e a ralidade muito menos glamourosa do que a comumente apresentada acerca dos atos de governo e da nobreza de então, e aqui uma fofoca contida no filme: Edward seria, além de um bastardo da rainha Elizabeth, pai de outro bastardo, que teve como mãe a própria rainha, isto é, o conde de Southhampton teria sido filho bastardo de Elizabeth com o primeiro filho bastardo dela mesma, Edward.