Sim, sei que a Páscoa já passou, …
… mas também sei que não houve um PHES do feriadão.
Durante aqueles dias descansados, pensei — só pensei — …
… em como fazer um post alusivo à data.
E lembrei das famosas Coelhinhas da Playboy dos anos de minha adolescência.
Nunca dei muita bola para elas.
Mesmo que fosse um adolescente bem bobo, …
… aquela coisa de coelha não dava em fantasia nenhuma.
Hoje, décadas depois, olho aquelas antigas meninas-coelhas e acho-as …
… comovedoramente feias e ridículas. Comovedoramente porque as imagino, …
… como serão nos dias de hoje, vivendo como coelhas aposentadas.
Vejam acima como estrias não eram problema! Gostei de ver.
Céus! Acabo de consultar o Google… Soube que atualmente ainda há Coelhinhas…
É um gênero de degradação feminina que não cabe mais existir, certo?
É algo de outra era. Será que a Playboy não se modernizou com o feminismo?
Bem, já eu, nos anos 70, aqui no Brasil, fazia como todo mundo.
Preferia a Rose di Primo.
Ela realmente não precisa de orelhas postiças, né?
Acho que as coelinhas só faziam (fazem ainda?) sucesso com velho babão. E eu ainda não cheguei lá.
1) À semana,
em que o Juiz Sergio Moro, responsável pelo inquérito da Operação Lava Jato, que prendeu o doleiro Alberto Yousseff e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, tornou públicos todos os documentos da ação empreendida pela Polícia Federal; com isso, ele visa evitar vazamentos seletivos que, segundo se suspeita, vinham sendo feitos pelo deputado Fernando Francischini (SDD-PR), com foco apenas em adversários políticos; rotina dos vazamentos era organizada, com sincronização entre Veja, Folha e Globo et caterva. E, portanto, se o Brasil for um país sério, toda a canalha de jornalistas envolvidos deverão prestar esclarecimentos a Polícia Federal. E se o Padilha for esperto deve abrir urgentemente um processo contra todos os marginais que macularam a sua honra. (NOTEM BEM: EU DISSE TODOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!);
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2) À semana em que foram comemorados os 450 anos de Shakespeare; e
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3) ao PHES, que comemora as tristes coelhinhas, deixo um poeminha…
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EXILADOS
by ramiro conceição
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A primavera do contentamento
converteu-se agora em outono
debaixo da lua fria da nossa história.
Os pássaros que outrora enfeitavam
agora quietos adormecem…à janela.
E a música que acalentava sonhos,
agora, virou insônia de tormentos.
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As nossas gargalhadas compridas,
as nossas juras… ensandecidas,
a nossa inocência bendita, agora,
são cicatrizes em nossos sorrisos.
Agora, ao invés do entrelaçamento de nossos braços
ao enfrentamento de qualquer um de nossos horrores,
há somente nós… Seres incompletos… E separados.
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Porém em nós, os construtores dum jogo amoroso
não restrito a nós, mas ao mundo em que vivemos;
em nós, os exilados, os tradutores do fogo sagrado
e que por isso tornamo-nos orgulhosos, avarentos,
gulosos, irados, luxuriosos, invejosos e preguiçosos,
e que por isso perdemos a razão à continuidade vital;
ainda assim, em nós, por mentira que pareça, nascem
as libélulas-metálicas de nosso retorno… às estrelas.
Errata: é óbvio que o correto é ” toda canalha de jornalistas DEVERÁ”. Grato…