Adeus, Joaquim Barbosa

Para fora do STF, Barbosa apenas mostrou desejo de vingança e um ódio incompatíveis com a posição de magistrado. Internamente, deixou um legado de arrogância e falta de diálogo. Que se vá! Que tenha um belo futuro dando palestras e residindo em Miami.

Ele estava isolado na Corte. A expectativa é que a saída de Barbosa devolva ao STF ambiente mais respeitoso entre ministros. O direito deve ser valorizado e o espírito de perseguição, abandonado.

jb

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    1. Eu, particularmente, esperava realmente que ele sentenciasse bandidos à prisão. Infelizmente, quando teve essa oportunidade, enviou o processo para a primeira instância de modo que o crime possa prescrever tranquilamente…

    1. Ele não tentou. Foi o próprio Joaquim que o fez (eu NUNCA pensei que iria viver para assistir um ministro da mais alta corte do país dizendo que inflou as penas para que não ocorresse a prescrição. Eu sei, ele falou sem pensar. Mas falou o que pensa).

  1. Olha, não concordo com quase nada que tem saído de lá. O modus operandi de Barbosa é de rigorosa truculência e confusão. Basta acompanhar cada caso. E deixo a AP470 (mensalão) totalmente fora disso. Acho que o Supremo tornou-se meramente político. E, com a omissão da câmara + senado, a judicialização do estado anda a galope e o judiciário precisa ser melhor e mais técnico. É o que penso.

  2. Óbvio. Qualquer um que tenha concluído uma faculdade de Direito, e não seja um fanático antiPT, sabe que o JB é um desastre. O sujeito não superou o fato de ser escolhido para o STF por ser negro e não por seu currículo acadêmico, que é respeitável. Isso produziu nele o ódio que sempre demonstrou contra os réus da AP470. A vaidade intelectual dele foi profundamente ferida. Deu no que deu.

    1. Se o STF é ideológico, a esquerda pé-de-chinelo – principalmente a PTelhista – é religiosa. O problema de ser ateu – como o signatário deste posto diz que é – é acreditar na falsa noção de realidade das esquerdas. Ou vcs são tolos ou tendenciosos. E viva a bandidagem!

  3. “Acho que o Supremo tornou-se meramente político.”

    Eis um grande drama sobre o qual teóricos do Direito Constitucional costumam travar enormes brigas. Mas não pense você que o Joaquim é o responsável por isso.

    A Min. Carmem, quando ainda lecionava na PUC/MG, não tinha nenhum pudor em dizer, para seus alunos, que o STF é um tribunal POLÍTICO. Evidentemente, ela não queria dizer que os ministros deveriam ser capachos dos POLÍTICOS e servos da “voz do povo”.

    Isso pode ser mais palatável quando se está em discussão lides cuja decisão teriam reflexos econômicos e políticos devastadores para a sociedade. Por exemplo, o STF, muitos apostam, irá modular os efeitos da decisão que passou obrigar algumas entidades a recolher COFINS, pois, caso a decisão tenha efeito retroativo, iria provocar uma quebradeira geral. O mesmo caminho deverá tomar essa revisão a respeito do FGTS. A Caixa simplesmente não teria caixa para suportar as condenações. São decisões políticas que boa parte das vezes atingem o direito. Não concordo nem discordo disso, sinceramente. Ainda não refleti suficientemente a respeito disso. Fico pensando, por exemplo, no caso do FGTS.

    Quem quer que acompanhe as entrevistas de vários ministros verá isso de modo muito claro. Marco Aurélio relatou, certa vez, numa entrevista, quando questionado a respeito do caso mais complexo que julgou, que houve uma circunstância que precisou agir dessa maneira, pois simplesmente envolvia uma desapropriação de uma cidade inteira que já estava estabelecida há mais de 50 anos! Uma loucura. É fácil repetir o célebre brocardo romano: “Dura lex, sed lex”.

    Essa postura, eu sou obrigado a dizer, é muito criticada por inúmeros teóricos, e com bastante razão. A única coisa que extraio disso tudo é que julgar é um ato extremamente complexo. Quem quer que já tenha realmente atuado em ações criminais que envolvem “crimes complexos” (como o caso de corrupção) sabe o grande problema que passe pelas mãos de um juiz.

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