Bom dia, Diego Aguirre (com os gols de sábado)

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Nilmar finaliza para marcar o único gol do Inter no Jogo, um golaço
Nilmar finaliza para marcar o único gol do Inter no Jogo, um golaço

Não se apavore, Aguirre. O desespero de alguns colorados da imprensa, como o do narrador da RBS Paulo Brito, o qual afirma que, se o Inter perder o Brasileirão e a Libertadores, será “mais um ano colocado fora com um grupo milionário”, é bastante ilógico e exageradamente apocalíptico. Chegamos a 2015 vindos de quatro anos de Giovanni Luigi, quando não tínhamos perspectiva nem de uma boa entrevista, quanto mais de ganhar algum título que não fosse o Picanhão. E 2015 está sendo um ano que pode ser chamado de tudo, menos de inútil. Afinal, estamos apenas em junho e temos duas revelações que parecem consolidadas — William e Dourado –, um jovem promissor convocado pela empresa CBF — Géferson — um interessante jogador de lampejos — Valdívia — e a recuperação de Nilmar, além do número de 130 mil sócios, que logo será alcançado. Como assim jogado fora?

A Libertadores está congelada até meados de julho e o Brasileiro vai realmente mal. Temos 9 pontos em 7 jogos, o significa um aproveitamento de 42%. Isso é pontuação suficiente apenas para ficarmos acima da linha do rebaixamento, sempre com o cu na mão. Não jogamos mal contra o Corinthians, mas o time sentiu o gol de empate como se já tivesse perdido a partida. Aguirre, tu tens que enfiar na cabeça de nossos jogadores que tudo, mas tudo o que NÃO pode acontecer é perder a compostura fora de casa. Um time perturbável e mole vai apenas perder e perder fora do Beira-Rio. E bons resultados na casa do adversário são fundamentais para quem queira vencer a Libertadores. O modo como o Inter quis seguir na partida após o gol de Jadson foi inaceitável.

Jogamos bem, concordo, mas não há justiça no futebol. Então dizer que o Inter merecia vencer ou empatar é uma bobagem. Não preciso explicar que o Corinthians venceu porque fez dois gols contra um nosso. Vencer não é um caso de merecimento, é uma simples contagem. Se o que contasse fossem os gols perdidos e as cabeçadas no poste, o Atlético-MG teria eliminado o Inter na Libertadores. O positivo é que jogamos bem fora e, se isso é promissor, o mesmo não se pode dizer do descontrole do segundo tempo.

Entrar em campo com Jorge Henrique nem sempre é fácil. O obediente JH nem sempre está bem, basta ver o gol que perdeu. Espero que Anderson entre em seu lugar contra o Figueirense, na próxima quinta-feira. E deixar Nilton na reserva, com Nico Freitas em campo, faz diferença, sim. Nilton é muito mais jogador. E o que dizer de Ernando improvisado na lateral esquerda com Artur, lateral de certidão, no banco? Às vezes é complicado te entender.

Lisandro López e Anderson, peças fundamentais, devem retornar no próximo jogo, mas os desfalques são em número espetacular. Vamos contar? Aránguiz e Géferson estão na Copa América. D’Alessandro retomou os treinamentos com o grupo na última semana, mas não deve ficar à disposição. Valdívia e Réver estão com lesões musculares. Eduardo Sasha recupera-se de uma cirurgia no tornozelo direito e também é desfalque. Paulão, graças ao bom deus, sente dores no púbis e esperamos que também fique fora. Cláudio Winck, sempre machucado, voltou aos trabalhos na última semana, após três semanas de ausência. E Wellington Martins, recuperado de uma cirurgia realizada em outubro do ano passado, será testado no Inter B antes de retornar à equipe.

Eu, humildemente, espero um meio-de-campo sem Nico nem JH. Na verdade, com todos esses desfalques, gostaria de ver algo assim: Alisson, William, Ernando, Juan e Artur; Dourado, Nilton, Anderson e Alex (Vitinho); Lisandro e Nilmar. Poderia ser, Aguirre?

Boa sorte!

https://youtu.be/i4ssnBp3VsM

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