5.8

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Estudos acadêmicos norte-americanos revelam que quem aniversaria muito vive mais tempo. Eu já contei 58 aniversários. E gosto tanto que pretendo seguir contando, pois as festas são cada vez melhores. Trata-se de um belo pretexto para juntar amigos queridos em torno de uma mesa. No caso de sábado, da mesa da Astrid e do Augusto. Claro, tenho de fazer um agradecimento especial a eles não apenas por noblesse oblige, mas por oblige d’amitié, uma obrigação motivada por profunda, antiga e especial amizade. Na verdade, a minha amizade com o Augusto é quase da idade da Astrid. Hum… Enfim.

Meus três últimos aniversários foram comemorados na casa deles. O primeiro deles foi realmente inesperado. Eu estava recém separado e a Elena me atraiu para lá. Era um domingo à noite e eu estava vestido com um humilhante abrigo e um blusão daqueles bem surrados e confortáveis. Na verdade, estava na versão chinelão de sempre. Quando cheguei, tinha uma pequena multidão me esperando.

As festas são boas e permanecem na cabeça da gente nos dias seguintes. Permanece o eco das conversas e das risadas, sejam benignas ou maldosas. E tínhamos assunto, nossa.

Imagem do Filé de namorado à Milton Ribeiro, por Carlos Latuff
Imagem do Filé de Namorado à Milton Ribeiro, por Carlos Latuff

A meu pedido a Astrid fez pratos só de frutos do mar, como o famoso Filé de Namorado à MIlton Ribeiro. Estava fantástico, insuperável. O Henrique chamou o jantar de megafodástico. A Iracema falou em dedicação e amor às pessoas. A Rovena não sabe onde a Astrid vai parar. O Marshall disse que houve amor, talento e generosidade e completou que ela fez do encontro cordial uma cena memorável. Eu concordo com todos.

Bem, eu não sei para que este blog serve para vocês, mas para mim serve para, entre outras coisas, que eu me colecione. Gostem os amigos ou não, aqui estão algumas das fotos tiradas pelo Augusto. Como já disse algumas vezes, tenho um raro grupo de amigos. Um grupo que dá um rodião em qualquer time. Semana passada, alguém me escreveu no inbox que estava por conhecer alguém que eu lhe apresentasse e que não fosse legal. É verdade. E muita gente que eu adoro não esteve na festa. Fazer o quê? Se eu convido meia cidade os donos da casa são capazes de aceitar mas, vocês sabem, quem exagera o argumento prejudica a causa — ou a casa, sei lá.

Abaixo, um monte de fotos.

Sylvio e Bárbara
Meu cunhado Sylvio e minha filha Bárbara. Ele reclama que não pode beber porque veio de carro.
Elena e Iracema
Elena informando minha irmã Iracema sobre coisas muito sérias. Verdade!
Liza e Nikolay
Os filhos da Elena: Liza conta alguma coisa para Nikolay, que não tira o olho da comida.
Sylvio, Milton, Vicente e Bárbara
Sylvio volta a falar que não pode beber. O Vicente fica feliz porque também estava dirigindo. Eu e a Bárbara escutamos, bêbados.
Eu, Elena e Liza
Movimentação: as cadeiras são as mesmas, mas agora ocupadas por mim, Elena e Liza
Hum...
Hum…
Hum... (2)
Hum… (2)
Henrique e eu
Henrique Bente fala sobre música ou enxaqueca, nossos assuntos preferidos.
Henrique e eu (2)
Eu falo a Henrique sobre enxaqueca ou música.
Branco
O Branco se exclama por qualquer coisinha.
Hum... (3)
Hum… (3)
Hum... (4)
Hum… (4)
Abrindo a caixa do Dario, Com Marshall e Rovena
O Dario não pode comparecer, mas mandou uma caixa de presentes. Com Marshall e Rovena.
Marshall, Rovena, eu e Astrid
Eu faço a leitura dramática do cartão que tinha uma imagem de Chagall. Com Marshall, Rovena, eu e Astrid.
Elena e BGranco se aprochegam
Elena e Branco se aprochegam, curiosos. Eu observo a caixa de gel lubrificante íntimo.
A camisinha provoca entuasmo
A camisinha provoca grande entusiasmo em Francisco Marshall. E em mim.
Mas o viagra emociona mais
Mas o Viagra (medicamento genérico) emociona mais.
Branco pega os óculos para examinar os comprimidos milagrosos
Branco pega os óculos para examinar os comprimidos milagrosos. Eu fico mais seguro com minha Freixenet.
Camisinha sabor caipirinha?
Camisinha sabor hortelã tudo bem, mas caipirinha? Abri um dos pacotes e todos cheiraram. Limão puro.
Elena feliz
A Elena ficou feliz.
Iracema e eu
Iracema sorri enquanto eu conjeturo se a Elena vai me obrigar a usar tudo aquilo.
Iracema e eu (2)
Iracema ainda sorri. Eu digo alguma coisa para o fotógrafo.
Branco e Marshall conversam sobre o custo-viagra
Branco e Marshall conversam sobre o custo-viagra.
Astrid, a autora das maravilhas
Astrid, a autora das maravilhas.
Astrid e seu auxiliar, marido e fotógrafo Augusto Maurer
Astrid e seu auxiliar, marido e fotógrafo Augusto Maurer.
Augusto não caprichou muito ao fotografar o Alexandre e a Jussara, né?
Augusto não caprichou muito ao fotografar o Alexandre e a Jussara, né?

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5 comments / Add your comment below

  1. Filhos da puta! Viagra genérico! Por isso eu digo que se pode confiar muito mais nos inimigos.

    A felicidade se faz com essas coisinhas fundamentais. Parabéns, e muitos anos de vida.

    P.S.: eu uso o Cialis. A patroa fica impressionada. Sempre me pergunta se isso é fisiologicamente possível, suspirando.

    Ri muito com essas legendas também. Post impagável.

  2. Além do dom de fazer amigos, você tem o dom de nos fazer desejar ser amigos dos teus amigos. Deu pra sentir a felicidade e descontração daqui. Tenho que mandar fazer uma camiseta: Festa do Milton Ribeiro, eu fui! (ela estaria desatualizada, eu sei, mas ainda assim é motivo de inveja).

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