Porque ontem é sábado, Anne Hathaway

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Anne Hathaway (1556-1623) foi a mulher de William Shakespeare.

Ela se casou com Billy aos 26 anos. Ele tinha 18. Quando do casório, ela estava bastante grávida.

Rachel, a irmã de Kym no filme O casamento de Rachel, também.

E ela escolhe uma hora ruim para contar sobre a gravidez: …

… conta para fugir de um confronto com a irmã.

O nome da contemporânea Anne Jacqueline Hathaway é uma homenagem que seus pais …

… — aproveitando o sobrenome do papai Gerald Hathaway –, …

… prestaram à mulher de Shakespeare.

Ela começou fazendo alguns filmes bestas. Em vão, tentou mudar de vida com o acadêmico Brokeback Mountain, …

… conseguiu mais ao contracenar com Meryl Streep em O Diabo veste Prada, …

… fez boa figura numa biografia de Jane Austen, …

e matou a pau em O casamento de Rachel (as duas fotos acima).

Falemos sobre Shakespeare. Ao final do Soneto 145, ele faz uma referência à mulher, Anne Hathaway.

‘I hate’ from hate away she threw, (“Eu odeio”, do ódio ela gritou,) /

And saved my life, saying ‘not you.’ (E salvou-me a vida, dizendo – “Tu, não”.)

Quem lê o último verso assim na corrida, lê corretamente:

Anne saved my life. E quem lê “hate away” chega à pronúncia elisabetana de Hathaway.

Coisas de gênio… Mas, bem, meus amigos, ela é ou não é um tesão?

Não via muita coisa nela antes, …

… só que agora que sei que é uma atriz, apaixonei-me mais ou menos …

… como esse italiano filho da puta aí.

anne-hathaway

Post ‘escrito’ originalmente em 2008.

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16 comments / Add your comment below

  1. É, ontem foi incrível. Parecia que tudo estava combinado. Mas não!
    Foi um processo de criação coletiva ou os Deuses ficaram alegres pela notícia da mortalidade… Vai saber…
    Uma coisa é certa: Prometeu está liberto!

    1. O CHORO
      by Ramiro Conceição

      No vídeo sobre o encontro de Pepe Mujica com a Juventude brasileira, ocorrido em 27/08/2015, na Uerj, um fato, não comentado em qualquer mídia, me chamou a atenção…: num dado instante, durante a fala do sábio, um menino que fazia parte da mesa, provavelmente um líder estudantil, mas escondido da câmara delatora, começou a chorar… /1/. Sem jeito, tentou disfarçar… Todavia, a cada tentativa, mais evidente ficava, copiosamente… É…, comecei a chorar junto…

      Mujica tratava de uma questão seriíssima: a considerar o estágio atual do capitalismo, a superação do mesmo deveria vir acoplada fundamentalmente a uma transformação paulatina dos valores culturais hegemônicos; por exemplo, não é natural a obcessão de se consumir mais e mais… Ao contrário, o natural é transformar o fruto do nosso trabalho, que gera capital, em um conhecimento de si mesmo, mas com a meta de conhecer o outro, pois o público é em essência também o privado ou, em outras palavras, mais que uma conta corrente a acorrentar a nossa liberdade, o medular é o nosso amor coletivo que perpassa e respeita as faces de nosso amor aos homens, às mulheres, aos filhos, aos amigos, aos bichos, às árvores, aos rios, aos oceanos, ao silêncio estelar das estrelas idas e das novas… que ainda serão bem-vindas: Mujica tratava da única utopia que, de fato, vale a pena: a continuidade à dádiva da vida.

      Choramos juntos, eu e aquele menino… Não à tristeza, mas à possibilidade da página, na qual, apesar das horas, o poema brota.

      PS.: ao menino da Uerj, que desconheço, deixo:

      MOQUECA
      by Ramiro Conceição

      Não sou vermelho, branco, preto ou amarelo.
      Muito menos mulçumano, judeu ou cristão.
      Não cuspo no chão. Santo? Não sou não!
      Sim, tenho o estranho hábito de enterrar
      e desenterrar os ossos do nosso desatino
      e com carinho planto girassóis no quintal.
      Sim, sou um cachorrinho,
      um quase canibal, um misto de coveiro,
      jardineiro e cozinheiro que faz uma moqueca
      de estrelas aos convidados – à mesa principal.

      /1/: o menino começa a chorar, aproximadamente, 2:25:54… EVOÉ!

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