O primeiro vídeo é uma propaganda cívica da época da ditadura militar, desencavada pelo meu amigo Fernando Guimarães. Passava na TV a cada intervalo comercial e todos a conheciam de cor. Coloquei-a ontem no Facebook e um bando de gente veio dizer que lembrava da letra… “Este é um país que vai pra frente, Ô Ô Ô… De uma gente amiga e tão contente Ô Ô Ô… Este é um país que vai pra frente / De um povo unido de grande valor / É um país que canta, trabalha e se agigante / É o Brasil de nosso amor”. É inesquecível para quem tinha via televisão na época. Que morte horrível.
https://youtu.be/3H8Q5ONl3IA
O segundo vídeo é mais longo e entrava só pelo rádio, acho. Ouvíamos a toda hora “Eu te amo, meu Brasil” com Dom e Ravel (primeira versão) e depois com Os Incríveis que, aparentemente, quiseram gravá-la. Como a primeira, é uma marchinha. Fez enorme sucesso, embora jamais tocasse em minha casa, é claro. Era uma “arte” paralela incentivada pelo governo numa época de ouro de nossa MPB. Enquanto algumas rádios tocavam Chico, Tom, Caetano, Milton, etc., outras, mais populares batiam no civismo, e na promoção do amor ao país. Enquanto isso, havia o bipartidarismo que deu origem ao atual PMDB e a tortura grassava..
Meu deus…
Quanta besteira em tao pouco tempo de vídeo.
Chega a dar um desconforto físico assitir essa porcaria.
Medalha PATRIÓTICA concedida pela REPÚBLICA de Curitiba. E ela a dedica a Olavo de Carvalho. Me deu um arrepio diante a torpe ciclicidade da estupidez humana.
Eu lembro que “os trapalhões” chegaram a fazer um esquete com essa música, andando para trás.
Lavagem cerebral…
Que coisas mais tristes! Lamento muitíssimo que a banda Os Incríveis, que contou com grandes nomes, como Manito e Netinho, tenha se prestado a papelões como esses. Lançaram um compacto simples, que na época, era brinde de um sabão para lavagem de roupas, o Rinso, e continha de um lado o hino nacional e de outro o hino da independência. Felizmente, eu passava longe disso, pois apesar de ainda ser criança e não compreender os efeitos nefastos da ditadura, sintonizava as rádios de música jovem do AM, Excelsior e Difusora, que adorava. O que mais lamento é que, no ano passado, foi eleito um presidente, muito desorientado, para dizer o mínimo, que acha isso o máximo, considerando herói um abjeto torturador. Tempos complicados estes, de retrocesso.