Bom dia, Falcão (com os melhores lances da quinta derrota consecutiva)

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Falcão: belo casaco
Falcão: belo casaco

Nada do que está acontecendo no clube, Paulo Roberto, é culpa tua. Recebeste um time em estado de degradação e destreinamento e, para reorganizá-lo, levará algum tempo. Aos torcedores que ontem agrediram jogadores e dirigentes, tenho a dizer o seguinte: sou inteiramente a favor dos protestos e vaias, mas contra a violência. E mais: não adianta protestar contra os jogadores, mas contra os responsáveis pelo departamento de futebol, ou seja, contra gente como Derrotório Piffero e Carlos Pellegrini. Secundariamente, valeria a pena protestar contra a massa de torcedores anônimos e parvos que se enganaram com nossa liderança sem ver o que ocorria em campo — um golpe de sorte ao estilo Santa Cruz.

Afinal, se hoje ganhamos incrível e inédito 1 ponto dos últimos 21 disputados, os responsáveis são aqueles que mantiveram Argélico na virada do ano — já se sabia tudo sobre sua incapacidade — e o deixaram fazendo bobagens até meados de julho. O time, hoje, joga um arremedo de futebol. 1 ponto em 21 é para chamar a SAMU, a Unimed, o viagra, o álcool ou qualquer coisa que nos reanime.

Hoje estamos a 12 pontos do líder, a 6 do G-4 e apenas 5 pontos à frente do Z-4.

Certo, nossos jogadores não são Brastemps, mas não ficam abaixo da maioria da concorrência. Falta articuladores — Alex é um ex-jogador, Anderson cultiva uma barriga de aposentado e D`Alessandro foi expulso do clube pelo Derrotório — e parece que não vamos tê-los, a não ser que Seijas surja como solução ou que Anderson dedique-se finalmente a seu ofício. Entrar em campo com Andrigo, Ferrareis e Sasha mais parece piada.

Se eu fosse tu, Falcão, jamais entraria com o citado trio na armação. Como dali não sai nada mesmo, colocaria o problema na mão de raposas mais velhas, como Alex, Anderson e Marquinhos. Nada por nada, é melhor queimar quem tem grande salário. Outra coisa: acho que Dourado tem que ficar atrás. Sua presença ofensiva é dispensável e falta proteção aos zagueiros.

(Olhando o grupo de jogadores do Inter, é incrível o número de jogadores ruins. Quem um nome? Allison Farias.)

A ruindade na armação começa a estourar lá atrás, onde não está Dourado. Por exemplo, os antes bons William e Paulão começam a vazar e o cenário atual é de um Inter que vimos raramente e que, para nossa sorte, ainda não vingou, um que é franco favorito ao rebaixamento.

O primeiro tempo de ontem foi lastimável. O Beira-Rio assistiu silencioso a um time muito bem estruturado e treinado destruindo uma equipe menor e indefesa. Aquele primeiro tempo podia ter sido um 0 x 3 sem grande exagero. Melhorou um pouco no segundo, mas chance de gol que é bem, nada.

No próximo jogo, domingo, às 11h, contra a Ponte Preta em Campinas, o Inter poderá ter de volta o goleiro Danilo Fernandes e o meia Seijas, ambos em fase final de recuperação de lesões. Por outro lado, Rodrigo Dourado e William, convocados para a seleção olímpica, desfalcam a equipe, se podemos utilizar este termo para o que temos.

Obs. final: Nico López seria um belo reforço. Ele e a Udinese aceitaram a proposta do Inter, mas o esperto Pellegrini acha impossível que dê tempo para que sua documentação esteja pronta antes de terça-feira, data em que fecha a janela europeia. Se isso acontecer, será mais um episódio ridículo desta diretoria de circo. (Lembram quando Quintero foi anunciado? Cadê Quintero?)

https://youtu.be/0oMgh6GxI5c

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4 comments / Add your comment below

  1. Milton: como sempre concordo com quase tudo que escrevestes. Só algumas pequenas questões: quando o Inter foi até lider do campeonato, não tinha um volante que esquece de defender (o Dourado). Até o Anselmo chegou a jogar. Os primeiros minutos de ontem foram emblemáticos: a defesa do Inter estava totalmente aberta. Saímos daquele primeiro esquema “ferrolho” dos primeiros jogos para o estilo faceiro do Falcão. Por isso, preferia um técnico mais “defensivo” como o primo do Phillip Roth, o Celso. Com o Falcão, vamos continuar perdendo com elegância, com entrevistas ponderadas no final dos jogos. Quem sabe, como última esperança, o Valdivia seja aquele meia que leve a bola para as proximidades da área e apareça um cara (poderia ter sido o Vitinho) com vontade de fazer gol. Não precisa ser craque, só que tenha a velha mania de chutar em gol. Até o Coritiba tem um (o Kleber). Será que fora os Baios e os Maurides, não exista um atacante doBeira Rio? E esse Brener? No Juventude gostava de fazer gol.

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